No fim do caminho*
Cada percalço, uma usura
Todo motivo, uma bagagem.
Antes daqui, nenhuma miragem
Depois de lá, sempre tontura.
Aquilo que vem, parece mais além.
Daquele que vai e some, logo perto.
Do pé-ante-pé trôpego e incerto
Surge a cor, a forma, o desdém.
Se cada descaminho é uma opção,
Então quem pode ter as respostas
Para as perguntas que tanto almejo?
Ninguém. Eis aqui, então, o meu ensejo:
Leve em frente sua trajetória de apostas
Que eu sigo com minha vida de solidão.
(Agamenon Leite)
* Escrita em 31/03/2001
Um comentário:
Ressuscitou!
Acho que das poesias que vc já postou, essa foi a que eu mais gostei.
Postar um comentário