terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Regresso: o fim, o meio e o início


Toda viagem, assim como tudo mais que nos acontece, precisa de um fim. Esse post mesmo, por exemplo, enquanto o escrevo não faço idéia, mas sei que ele precisa de um fim.

E a quem cabe a responsabilidade de decretá-lo?! Quem tem culhão o bastante para elevar a voz, dizendo “é isso, acabou!”?! É, acho que esse sou eu. Digo ‘acho’ porque, sendo o mais sincero possível, minha maior vontade nunca foi essa.

O início sim, esse eu idealizei. Mas o fim.. esse ainda não me havia passado pela cabeça. E como é difícil lidar com o desconhecido! Fiquei nesse adiamento o máximo de tempo que me foi concedido. Pensando bem, eu até poderia levá-lo dessa forma mais um tempinho.. rsrs Não, não posso.. pessoas dependem e confiam no meu “regresso”.

É chegada a hora do navegador errante voltar para casa. Dizer adeus as estradas, pedras, sombras, sussurros, roteiros e cartões postais. Carregar consigo as novas bagagens, já que as antigas, gastas e ultrapassadas, ficaram pelo caminho.

Termino minha excursão pelos vales do desconhecido satisfeito com o resultado. Encontrei novas pessoas, reafirmei laços, nadei contra a corrente. Fui recebido efusivamente pelo mundo que conquistei. A seguir, deixo registrada minha carta de agradecimento, escrita, originalmente, em 05 de fevereiro do corrente ano. Lida (em partes) no último dia 09:


Primeiramente, eu quero agradecer à Margarida, bibliotecária da biblioteca da FEA, por ter aceitado tão prontamente o convite p/ compor a banca. À profa. Asa, igualmente por ter aceitado o convite. Ao prof. Marcelo, meu orientador, pela paciência digna de Jó p/ com a minha pessoa.

Além disso, gostaria de pedir desculpas a banca, porque, e ciente de que é algo fora do protocolo, eu gostaria também de agradecer outras pessoas que estão aqui presentes. Como sei que uma delas irá chorar só ao citar seu nome, então irei me ater apenas em ler algumas palavras que escrevi.

Quero muito agradecer a duas pessoas aqui presente que, tão bem quanto eu, sabem a importância que esse dia, 09 de fevereiro, tem em minha vida. Em nossas vidas! Duas pessoas que me conhecem há 6 anos e há 6 anos têm sido mais que amigos: verdadeiros irmãos mais velhos, apoiando-me sempre, não importando o quão errado eu estivesse.

Quero que vocês dois saibam que, durante os últimos dois anos, com nossa relativa e, algumas vezes, inevitável distância, fiz novas amizades.

Vocês dois, juntamente aos demais amigos que fiz, são pessoas a quem devo tudo que consegui nesse período. E quero que vocês saibam que sou muito grato, principalmente pelo fato de terem aceitado a minha amizade, mesmo essa sendo trôpega e, muitas vezes, minimalista, não exigindo nada em troca além da minha fidelidade e espontaneidade.

E se tem uma coisa que aprendi nesses longos anos juntos, foi ser espontâneo. De tal maneira que não me lembrava mais, sem me importar com o julgamento alheio, apenas com a minha consciência.

Hoje eu deixo a biblioteconomia com a certeza de que fiz aqui o melhor que podia (e desconhecia ter prática!): amigos. Meus pequenos pedaços, espalhados por inúmeros lugares.

Daqui pra frente, nossos encontros se tornarão cada vez mais escassos. E isso é natural! Afinal de contas, temos nossas demais responsabilidades, nossas preocupações, entes queridos. Alguns casarão, outros irão se mudar. Mesmo assim, quero que vocês fiquem cientes da minha perseverança quanto a nossa amizade. Jamais desistirei de vocês e sempre estarei aqui para o que precisarem.

A escassez de encontros agirá como um catalisador para que, quando esses acontecerem, possam ser registrados como memoráveis. Nossos momentos perfeitos!”

Obrigado a todos os envolvidos.


H (novos desafios...)

2 comentários:

Paloma Altran disse...

Assim vc me faz chorar! Valeu pela força, pela presença, pela consideração, pela valiosa amizade!
Engraçado como essas ocasiões mexem com a gente... também estou rascunhando um post sobre isso, o fim... ou o (re)começo...
Adoro o jeito como escreve. Bjo!

Juliana Almeida disse...

Me fez chorar de novo... ¬¬

Obrigada Aga pela convivência, paciência e companheirismo. Seu lugar aqui dentro do coração ninguém tira...mesmo com a distância...pode ter certeza.

Valeu meu grande amigo (irmão)!

Jujuba.