Quando penso em características marcantes sobre a minha pessoa, a primeira que me vem a cabeça é o medo. Sim, pode não parecer, mas sou uma das pessoas mais medrosas que conheço.
Não me importo muito em refletir sobre os motivos para tal fato. Sei que, de alguma forma, a baixa auto-estima devido aos inúmeros anos de preconceito sofrido quanto ao meu
Algumas semanas atrás, conversando com um amigo de longa data, tive meus olhos abertos para algo dentro desse assunto que ainda não havia atentado: mesmo sendo esse medroso irremediável, não deixei de fazer coisas que desafiam a coragem de qualquer um por conta disso. Aventurei-me por sepulcros na calada da noite durante boa parte da minha juventude, mesmo temendo
E por que sentir medo?! A única conclusão que consegui chegar foi o fato do receio. Receio de dar “um passo maior do que a própria perna”, como bem diz o dito popular. De não ser capaz de prever as conseqüências, logo, não saber como lidar com o desconhecido. Consequentemente, acabar decepcionando, tanto outras pessoas quanto a mim mesmo. Foi assim quando tirei minha carteira de motorista; quando consegui meu primeiro emprego; quando passei no vestibular; quando comecei a estagiar na Cásper.
Porém, como esse amigo que citei me disse, temer algo não significa que você é um medroso. Apenas é o artifício utilizado por alguns para congelar a cena e, assim, poder analisá-la de vários ângulos.
Isso é bom ou ruim?! Prematuramente, julgaria ruim. Mas seria uma avaliação errônea, baseada na inveja que sinto de pessoas aventureiras, que conseguem desvirtuar qualquer imagem de um futuro, aceitando o desafio de peito aberto, sem neuras ou impedimentos cataclísmicos.
Cada um é como deve ser. Impulsivo ou cuidadoso, o trajeto a seguir pode até ser bem diferente, porém, o trecho final, é semelhante para todos. Sem exceção.
H (t[r]emendo)
* Imagem retirada daqui
Um comentário:
Assim que terminei de ler o seu texto me lembrei da citação que acompanha esta imagem: http://tinyurl.com/3zkd2tc
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