segunda-feira, 8 de junho de 2015

Sinais de arritmia



Olá. Tudo bem?


Quanto tempo, não é? Sim, eu sei que sou o culpado pela demora. Na verdade, nem sei se este é o lugar apropriado para fazer o que estou prestes a fazer, mas preciso “colocar no papel” os inúmeros entrelaces que minha mente vem me impondo ultimamente.

Não quero dizer que isso é ruim. Muito pelo contrário. Porém, como alguns pontos acabam afetando outra pessoa, a complicação torna-se evidente. Daí minha dúvida.

Certo.. lá vai: estou apaixonado! Calma, ainda não é o momento de ir direto ao ponto. Preciso, por questão contextual, relembrar algumas particularidades do meu passado.

Seis anos atrás, escrevi um texto bobinho sobre minhas escolhas amorosas. Quase um ano depois disso, lá estava eu novamente me remoendo por uma paixonite cavalar. Pela intensidade da situação em si, decidi me fechar para essas coisas e tentar focar minha vida em assuntos estritamente necessários como minha carreira, família e amigos.

Posso até demonstrar, às vezes, um certo arrependimento quanto a isso. Mas não é assim que me sinto realmente. Esses cinco anos desde então, me ajudaram a confirmar que o sentimento alcunhado por muitos de amor, o mais puro e tocante dos sentimentos que poderíamos nutrir por desconhecidos, não passa de um embuste. Bom, essa é a minha opinião e, na verdade, já ando um pouco cansado de explica-la.

Vivi até muito bem durante esse tempo. Claro que não me entreguei ao completo celibato sentimental. Tive meus “lances”. Prazos curtos a preços irrisórios.

Porém, de uns 9 meses para cá, venho sentindo um pequeno comichão. Desacostumado a lidar com essas coisas, procurei minha terapeuta (um beijo, Dra. Regina!) e, numa das nossas últimas sessões, fui direto: seria possível nos apaixonarmos por alguém com quem (quase) não convivemos? Baseado apenas em alguns gostos correlatos e (principalmente!) por um dos sorrisos mais bonitos que já vi?

Bom, se estou escrevendo este texto, vocês podem imaginar qual foi a resposta dela. Claro que ela me deixou com os dois pés no chão. A (possível) certeza só viria quando estivéssemos frente a frente. E, depois de ensaiar por meses, tirei esse feriado prolongado para isso. EXCLUSIVAMENTE!!!

Que fique bem claro: escrevi tudo isso (depois de uma caminhada na calada da noite) apenas para reforçar o que eu já desconfiava. Continuo achando que o amor não passa de ficção. E sim, estou apaixonado. Mas não espero o mesmo de volta. Seria ótimo, lógico! Porém, o que não consigo deixar de me perguntar (se for recíproco) é ‘será que estou pronto para sair da minha zona de conforto’? E, para essa pergunta, eu ainda não tenho resposta...




H (arritmia)

Um comentário:

Anônimo disse...

"Um dia na vida vale uma carona na esquina
Um dia na vida vale qualquer tentativa..."