Vanessa Paradis e Romain Duris
Diferentemente de um dos meus ídolos, não sou um dos mais exímios admiradores do cinema francês. Exceto um Truffaut aqui, um Godard ali, posso contar 3 (talvez até 4) obras cinematográficas de tal escola que tenham me chamado a atenção nos últimos 5 anos.
Ontem, mais como uma desculpa para preencher um tempo vago do que por gosto e/ou curiosidade, resolvi assistir uma de suas produções mais recentes em cartaz por aqui. Uma comédia romântica. Bom, pelo menos tem os seus momentos de risos (mesmo forçados). O texto é tediante e pouco inventivo. Utiliza muitas repetições e até faz uma referência completa a outro filme (que eu acho piegas demais). Não pensem que estou escrevendo isso como se não quisesse (obrigatoriamente) indicá-lo. Não.
Por mais incrível que possa parecer, gostei do filme. E o motivo está relacionado com o título do post. Durante boa parte da minha (já longa) vida, tive essa premissa de que deveria me relacionar (amorosa ou fraternamente) com pessoas que compartilhassem gostos e opiniões semelhantes aos meus. Porém, depois de assistir à cena final desse tal filme (transcrição do diálogo logo abaixo), saí do cinema pensando: qual a graça de passar os seus dias com alguém que é praticamente uma “cópia” sua?! As conversas seriam repetições; os filmes, livros, músicas, programas.. tudo igual! Logo, viria a rotina. (É, eu sei. Uma coisa bem clichê. Preciso refletir mais sobre isso).
O que realmente quero dizer, é que a graça (química, sucesso ou qualquer outro termo de escolha livre) de uma relação (e quem assistir ao filme entenderá isso melhor) não está no excesso de afinidades, mas nas discrepâncias. As experiências destoantes, os rumos diferentes, os gostos distintos. Porém, que de alguma forma, conseguem se completar.
Assistam ao filme, e vocês entenderão. Ou não.. rsrs
“Eu detesto queijo Roquefort; Nunca assisti ‘Dirty Dancing’; Acho George Michael uma merda; Sou pobre. Não tenho carro, nem apartamento; Durmo no meu escritório; A única coisa da qual estou certo é que tenho essa necessidade de te ver.. todos os dias”. (Alex Lippi – “Como arrasar um coração”)
2 comentários:
ão tenho uma teoria quanto aos gostos, mas acho que é preciso pelo menos ter o mesmo estilo de humor. Se seu/sua namorado/a não entende ou não ri das suas piadas, não dá.
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