quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Um estudo em vermelho*



*Antes de começar, urge informar: o texto a seguir não é uma reflexão sobre o supracitado livro de um dos meus autores prediletos. Apenas fiz uso de uma pequena referência bibliográfica e, porque não, de cor. Leiam e vocês entenderão. Aliás, voltei a escrever, mas isso não é um fato digno de comemoração.


Alguns anos atrás, após um longa discussão, que não me lembro de muitos detalhes por agora, minha mãe me questionou sobre os motivos da minha insônia. Pois é, eu sofro de insônia há mais tempo do que consigo recordar.

Respondi que a causa mais provável seria o excesso de pensamentos que circundavam minha mente. Obviamente, como é o costume de toda mãe zelosa (para não dizer “curiosa”), ela quis saber quais os assuntos recorrentes de tais aforismos.


Sobre tudo, mãe. Mas sobre o nada, principalmente.


Penso tanto que já cheguei a ter “metapensamentos”. Eu sei, não sou normal.


E quando isso é feito? Bom, além da minha cama, janelas de ônibus são meus locais favoritos. Funcionam como espelhos, mostrando-me soluções inexequíveis para questionamentos inverossímeis. Por questões ambientais, evito meu horário de banho. Minhas horas de leitura também estão fora de cogitação.

Sempre procurei priorizar o factível, a maneira mais prática. Hoje, isso não basta.

Ultimamente, venho me sentando aqui, num desses bancos vermelhos, diante de tantos outros bancos iguais, procurando alento para a maior das minhas batalhas: a busca da paz.

Difícil de imaginar tal coisa, ainda mais se levarmos em conta que meu homônimo mais famoso está descrito na história por promover uma das maiores guerras da Mitologia. Novamente: eu sei, não sou normal.

Sentar aqui, praticamente todos os dias, proporcionou-me (recentemente) chegar a uma conclusão: a paz que tanto almejo só virá depois de concluir meu último projeto. O derradeiro e mais audacioso projeto que já tive em mãos. Em contrapartida, com a metodologia mais simples que já ousei refletir sobre. Que seja breve. E que eu não o tema.

"Quando você elimina o impossível, o que sobra, por mais improvável que pareça, só pode ser a verdade." (Sir Arthur Conan Doyle)


H (“Há morte em uma e vida noutra”)

2 comentários:

Anônimo disse...

mas afinal...q projeto é este?

The Owl disse...

H, estou aqui me perguntando se este projeto seria um que me parece muito familiar. E estou esperando que não seja.