Alguns anos atrás, um pouco
depois de nossa reaproximação, você me disse uma frase que, lembro, no momento
achei das mais descabidas: “Você não nasceu mesmo para esse ‘jogo’.”
Ultimamente, por motivos que
não vale a pena comentar aqui, voltei a refletir sobre isso e (você adoraria
ouvir pessoalmente, eu sei!) posso afirmar: a sua versão sobre o meu verdadeiro eu não está
muito longe da realidade.
Não sei exatamente o porquê..
ou talvez eu saiba, mas não queira desperdiçar ainda mais tempo pensando sobre
isso e chegar a conclusões que me desanimariam além do possível.
A verdade é que eu certamente
não sei como se “joga” isso. E ninguém pode dizer que foi por falta de
tentativa, de paciência ou mesmo oportunidades satisfatórias. Não.
Talvez seja minha timidez excessiva..
Talvez seja o fato de não
querer mais ter aquela postura arrogante e desafiadora de outrora..
Talvez seja apenas a minha
mente lógica em conflito constante com sentimentos que, por algum motivo além
das estrelas, não consigo mensurar..
Talvez. Minha vida, de alguns
anos para cá, virou um grande “sei lá”. Parece que estou desaprendendo a jogar este também.
A única certeza que tenho
(além da óbvia) é que você está fazendo mais falta do que nunca. Você saberia o
que dizer, mesmo a milhares de quilômetros e certa de que eu não gostaria das
suas palavras. Esse era o “nosso jogo”. Eu não gostava, mas, ao menos, sabia
jogar.
H (let's poker!)
P.s.: segunda-feira vou te
visitar. Daí conversamos mais ;)
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