terça-feira, 30 de setembro de 2008

"Em busca da batida perfeita"


Como eu no último post, sábado trabalhado tem tudo para ser um dia perdido. Mas isso talvez seja só para os reles mortais que não têm a sorte de ter uma namorada como a minha! Para o nosso aniversário de 8 meses (sim, eu sou romântico o bastante para contar os meses), ela escolheu um evento que estava rolando no Theatro São Pedro (Rua Barra Funda, 171): Sampa Jazz. Porém, diferentemente do nome, a noite do sábado nos reservou grandes surpresas. O jazz foi acompanhado pelo "New jazz" da trompetista holandesa Saskia Laroo (que, aliás foi uma figuraça à parte durante a noite toda); o piano suave do norte-americano Warren Byrd também se fez presente. Fora isso, o samba e o rap também tiveram suas chances. Nada muito carregado, mas bom o bastante para não atrapalhar a verdadeira estrela da noite: a boa música.

Mas, o que contagiou as pessoas que tiveram o privilégio de estar lá foi a apresentação de Robertinho Silva e seu grupo de percussionistas. E começou como todo esse tipo de show: calmo, em tom baixo. Aos poucos, “a batida perfeita” foi tomando conta do recinto a tal ponto que era difícil acompanhar tudo sem bater palmas.


Num determinado instante, fiquei perdido. Não sabia se prestava atenção ao trompete da Saskia, a melodia do piano do Warren, a apresentação do Robertinho na batera ou ao grupo nos tambores... com certeza um dos melhores shows que já presenciei!

Sorte minha que tenho a MELHOR namorada do mundo! rs


H (estou, e ninguém tem nada c/ isso!)

sábado, 27 de setembro de 2008

A fina arte do "deixo pra depois"


Sábado. Trabalho. Taí duas palavras que não combinam. Tal como água e óleo, um sábado trabalhado é uma das maiores perdas de tempo que podem existir em toda a face do planeta. Às vezes, penso em virar Adventista do Sétimo Dia só para não ter o descontentamento de acordar cedo e jogar mais de 12 horas da minha vida entre 4 ônibus e a labuta propriamente dita.


Mas vamos ao que interessa: num dos poucos momentos em que consegui me sentar no segundo ônibus, resolvi colocar minha "leitura complementar" em dia. Folheei minha Superinteressante à procura de algo de se ler na ocasião, ou seja, que fosse legal e curto ao mesmo tempo! Logo, bati o olho em uma matéria com o título "Depois eu faço", do Eduardo Fernandes. Só a ilustração já é um capítulo à parte, me identifiquei na hora...


A matéria fala sobre a triste mania que temos de deixar tudo para a última hora, algo cada vez mais frequente nos nossos dias. Bom, não vou contar, muito menos comentar a matéria em si. Só vou comentar sobre o mais novo verbete do meu dicionário pessoal: procrastinação. Isso mesmo, procrastinação! O ato de se adiar tudo, o máximo de tempo possível para, depois, correr contra o relógio para terminar a tarefa.


Finalmente eu descobri do que sofro! Nunca teria imaginado isso. Aliás, eu não sou o único! Todo bom aluno picareta (reflexo de um professor picareta, diga-se de passagem), como de praxe, sempre deixa para fazer todos os trabalhos na última hora. Se possível, usando o laboratório do departamento, a poucos minutos da entrega do trabalho! Realmente, já fiz muito isso.. e ainda continuo fazendo! Meu TCC mesmo: eu sei que vou precisar convencer meu "co-orientador" que meu tema é válido. E o que eu fiz até agora para persuadi-lo?? Nada! Simplesmente nada. Brasileiro é um povo invejável mesmo! Não desiste nunca.. se puder, deixa sempre para amanhã... rs

E ainda mais nesses tempos de internet, email, blogs... é melhor eu parar por aqui e fazer algo de útil. Youtube!!! rs


H (aumentar meu vocabulário é uma meta)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Oscar 2009!

Duas postagens no mesmo dia! Realmente, não estou muito bem.. rs

Mas eu não podia deixar de colocar aqui essa dica para quem curte cinema e premiações. Estava pesquisando por trailer no Youtube, e encontrei três filmes que, na minha modesta opinião, deverão concorrer ao Oscar no próximo ano. "And the Oscar goes to":


http://br.youtube.com/watch?v=Ag12g4RsZ3I

Changeling: filme de Clint Eastwood, baseado em fatos reais. Na década de 1920, Christine Collins (Angelina Jolie), uma mulher moderna demais para os padrões da época, cria seu filho sozinha, até seu sumiço. Tempos depois, contrariada com a criança que lhe é apresentada como sendo sua, ela desafia a polícia e a sociedade para provar que seu filho ainda está por aí, sozinho.


http://br.youtube.com/watch?v=WW0lQrWn5VI

Milk: filme de Gus Van Sant ("Gênio indomável" e "Elefante"), tambem baseado em fatos reais. Conta a história de Harvey Milk (Sean Penn) que, em 1977, foi o primeiro homossexual eleito a um cargo político nos Estados Unidos. Um ano depois, ele é assassinado juntamente com o prefeito de San Francisco, George Moscone.


http://br.youtube.com/watch?v=GFpT_hgqQcg

Frost / Nixon: filme de Ron Howards ("Uma mente brilhante", "Código Da Vinci"), também é baseado em fatos reais (para variar.. rs). Mostra como foi a entrevista que o presidente Richard Nixon deu ao apresentador David Frost, logo após o escândalo de Watergate, em 1972.

Infelizmente, não consegui colocar os trailers. Mas coloquei os caminhos do Youtube para quem se interessar.

H

Bibliote... com o quê???

Filme "Peixe Grande e suas histórias maravilhosas", de Tim Burton.


Continuando:

Quando prestei minha primeira Fuvest, em 2002 (ano que voltei para São Paulo que, se comparada com a outra cidade onde morei, posso chamar de "paraíso com ressalvas"), eu estava 2 anos "parado", sem estudar um dia sequer. Não eram meus planos, mas meu velho insistiu para que a minha irmã e eu fizessemos. Até hoje, acho que foi um tipo de "raiva disfarçada" por eu não ter entrado no Exército.

Mesmo tendo acertado mais da metade das questões, vi que seria bem difícil prestar para Jornalismo. Daí eu me lembrei da Biblioteconomia e, pesquisando um pouco mais, descobri que os 2 cursos ficavam na mesma faculdade, o que tornaria mais fácil uma transferência interna, que um tio meu já tinha me falado sobre. Pois bem, em 2003, prestei para Biblioteconomia, mas ainda não era do jeito como eu gostaria: devido ao trabalho que tinha na época, tinha estudado pouco, lido só metade dos livros exigidos. Fui novamente junto com a minha irmã (aqui, vale ressaltar que ela tinha feito cursinho durante o ano todo!) e, para minha surpresa, consegui acertar pouco mais da metade das questões e, beneficiado pela nota de corte baixa de Biblioteconomia, passei para a temida Segunda Fase! Aquela que separa os homens dos meninos; os preparados dos inexperientes; os japoneses dos quase-japoneses... rsrs

Mas não passei.. fiquei desanimado. Naquele ano de 2004 comecei meu cursinho. Era questão de honra entrar na USP! Na verdade, era um sonho que tinha desde os 10 anos. Eu precisava daquilo! Chegada a hora, a mesma história do ano anterior. Meus professores do cursinho deram aulas intensivas uma semana antes da Segunda Fase. Fiz as provas de português e história com conjuntivite nos 2 olhos! Um sofrimento a mais. Daquele dia em diante, comecei a acreditar que nenhum bom resultado vem sem (grande) esforço...

A lista dos aprovados sairia em 10/02. Um dia antes, tinha ido no cinema ver Jogos Mortais, assim que o filme acabou, minha tia liga me dando os parabens. E ainda faltavam 3 meses para o meu aniversário! Daí ela me disse que eu tinha passado.. fiquei branco. Não conseguia acreditar! Precisei ir na casa dela e ver com meus olhos a lista completa!

Aqui vou resumir: nos 2 primeiros anos de faculdade, fiquei enrolando para fazer transferência para Jornalismo. Quando finalmente tomei coragem para fazê-la, descobri que eram 147 pessoas por vaga! Simplesmente desisti. Em contra partida, comecei a me interessar mais pelo curso (graças ao meu estágio, claro!).

Os professores, com raras excessões, ou não têm didática, ou são picaretas o bastante para fingir que não a têm quando, na verdade, são uns frustrados que estão nesse barco porque a aposentadoria já está perto. A área não é reconhecida nacionalmente, muito disso, culpa de nós mesmos. E ainda somos fadados a aguentar aquelas piadinhas infames de "estudar 4 anos para aprender a tirar pó de livros", ou "4 anos para saber colocar os livros em ordem alfabética ou por tamanho" etc. Infelizmente, organizar a informação não é o importante hoje, "fabricá-la" sim. Uma pena... Mas me sinto muito mais útil fazendo Biblio, do que fazendo Administração, por exemplo, que nada mais é do que a escolha de que está indeciso!

Voltando a Biblioteconomia: certa vez, depois de sair de uma dessas aulas picaretas ao extremo, enquanto descia as escadas do CBD (Corredor da Bobiça Dosada! rs), perguntei a todos os meus colegas que estão por ali: "Por que eu ainda tô fazendo Biblio?"... essa questão ficou sem resposta até que, um dia, uma veterana me disse a melhor de todas as respostas: "Por causa de todo o pessoal que você tá vendo aqui. É por nós que você ainda não desistiu, nem se transferiu! E assim acontece com a maioria!". Grande Irenita! Só ela para decifrar os maiores mistérios desse curso...

That`s all..


H (não acredito em Papai Noel, mas Bibliotecário-Presidente, quem sabe.. rs)

sábado, 20 de setembro de 2008

Biblio... (p) o (r) quê???

You can even prove, but what you choose, it is forever!


Antes de mais nada, digo que esse post será dividido em duas partes, devido ao tamanho que ele tomou. Ele é, não uma resposta, mas minha digressão e análise sobre um tema abordado por uma bixete em seu blog¹. Segue a primeira parte:


Quando temos 15 anos, o mundo parece uma grande bomboniere, onde você pode experimentar de tudo, até ter que decidir com qual doce ficar. Pois bem, uma figura de linguagem bem bonita. Porém, minha vida não foi assim! Com essa supra-citada idade, morava num saco de cidade, perdida no meio do nada (pior que a ilha de Lost!), com pessoas de cérebro reduzido e oportunidade de diversão e aventura ainda menores.

Ao todo, foram 7 anos da minha vida gastos naquela mer&@ de lugar, convivendo com pessoas mesquinhas e aproveitadoras. Mas também conheci algumas que valeram muito a pena: Priscila (Baianinha), Danizinha, Alais, Brunão & Juliana, Kuca e, talvez o melhor de todos os amigos que já tive, o Michel. Viramos melhores amigos logo de cara. E ele me mostrou que era preciso enxergar além daquele saco de cidade, que se você não conseguisse fazer as pessoas te aceitarem do jeito que você era, então só sobravam duas opções: ignorá-las ou ignorar a si próprio. Decidi por ignorá-las.. e assim fiz poucas amizades, mas sinceras e proveitosas.

Aqui, vou fazer uma síntese e deixar o restante para outro post.

Perdi meu avó em março de 2001, fato que mexeu demais comigo, pois tinha nele e nos nossos papos pontos de referência para o meu futuro. Duas semanas depois, o Michel também morreu... eu sei que pode soar "gay demais" o que vou escrever agora, mas eu amava aquele cara! Não só um amor de irmão, mas um amor que um filho sente pelo pai, porque foi esse o papel que ele teve para mim, me ensinando tudo que sei até hoje, moldando não só meu conhecimento da vida, mas também meu caráter.

Com esses dois acontecimentos, fui fechando cada vez mais meu mundo, tendo os livros como minha única diversão. Quando fiz 18, tinha decidido prestar vestibular para Jornalismo (reflexo da minha boa escrita, que hoje já não existe!), mesmo meu velho já tendo decidido que eu entraria no Exército (fato que não aconteceu!).

Logo postarei a segunda parte... aí sim, falei de biblioteconomia! rs


H (repensar também é viver)



¹ As horas e os Devaneios, no post entitulado "Shhhhh!"

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Quatro quintos...

Pode parecer que eu não estou levando esse blog a sério... eu sei.. até eu penso isso! Mas a falta de tempo é horrível. Às vezes acho que meu trabalho só atrapalha, que só perco tempo acordando cedo, pegando 2 busões lotados antes das 7h da manhã e se sentir deslocado e sem serventia o restante do dia.

Mas essa reflexão toda fica para outro post.. hoje é dia da quarta parte dos "50 melhores filmes que já vi":




Menina de ouro (Million Dollar baby): Clint Eastwood tem uma especialidade em mexer em feridas não cicatrizadas. Em despertar gigantes adormecidos. Pode parecer fantástico demais, porém, basta comparar “Os imperdoáveis”, “Bird”, “Sobre meninos e lobos” e os atuais “A conquista da honra” e “Cartas de Iwo Jima”. Nunca vi um filme antigo dele (não, eu não vi “As pontes de Madison”!), então só posso falar dele como diretor: ele é demais! E nesse “Menina de ouro” o elenco é sem igual. Sou fã do Morgan Freeman, não adianta! E os diálogos que foram escritos para o personagem dele são dignos de ouro mesmo. Ganhou 4 Oscars.


Crash: no limite (Crash): sabe aquele azarão? Aquele cavalo que ninguém aposta porque sabe que não tem chance de ganhar? Esse é o maior de todos! Quem apostaria nesse filme como o melhor de 2006? Gostei muito da história que, apesar de ter uma seqüência linear (diferente de “21 gramas”, por exemplo) não deixa de surpreender. É um filme parecido com a trilogia de “O senhor dos anéis”: um grande elenco, mas onde nenhum se destaca mais que os outros atores. Faturou 3 Oscars.


Forrest Gump: o contador de histórias (Forrest Gump): a melhor trilha de todos os tempos! Uma história incrível, com fatos e modificações que você fica até chocado. E aquele papo da caixa de bombons então?! É simplesmente ótima. Talvez o melhor papo em filmes que já vi até hoje. Levou 6 Oscars.


Carandiru: baseado no livro “Estação Carandiru” (livro esse que eu não li!), do (médico do Fantástico) Draúzio Varela, é um filme poderoso. Foi, durante um bom tempo, meu filme nacional “não-documentário” favorito. Tem suas pitadas de humor (negro) também. Vale muito a pena assistir.


Tropa de elite: provavelmente, junto com “Cidade de Deus”, o filme brasileiro mais comentado dentro e, principalmente, fora do país. Impactante ao extremo, porém ainda distante da realidade carioca. Foi responsável não só por um grande número de novos bordões no nosso dia-a-dia, mas também de um jeito totalmente brasileiro de merchandising: a pirataria consciente. Ou alguém duvida que o filme “vazou” de propósito? Lógico!


De repente é amor (A lot like love): não curto muito o tipo de filminho romântico, com mais mel do que colméia na primavera! E também não vou muito com a cara do Ashton! Mas o filme é bom. Foge dos clichês açucarados dos demais, criando uma história de idas e vindas que consegue chega num momento onde você não sabe se torce para eles terminarem juntos ou não. Sem contar que tem no elenco a Amanda Peet! Assisto tudo dela desde a época de “Jack & Jill” (seriado dominical do SBT de uns 10 anos atrás). A trilha é outro ponto forte.


Carros (Cars): o único filme de animação dessa lista. Assim como os filmes mais atuais (“Wall-e”, “Ratatouille” etc.), é um filme “infantil para adultos”. E uma história muito boa de reavaliação de prioridades e amizades. A trilha também é demais. Sheryl Crow cantando “Real gone” logo no começo é a cara do filme! E ainda tem a frase do Lighting MacQueen, uma das mais engraçadas: “eu desperto nos carros os instintos mais primitivos”... Catchaw!


O resgate do soldado Ryan (Saving private Ryan): quando a dupla Steven Spielberg / John Williams se une, é porque o filme vale muito a pena. ComTom Hanks então, nem se fala! Talvez o melhor filme sobre a Segunda Guerra Mundial já feito (juntamente com “O círculo de fogo”). Não vou mentir: nas cenas do cemitério, chorei sim! Afinal, “os heróis também morrem”... [M. F.]


Kill Bill: volume I & II (Kill Bill: v. I & II): Quentin Tarantino! O desgraçado mais inteligente e original que existe. Eu sei.. “Mas, e ‘Pulp Fiction’? E ‘Jackie Brown’?”! Realmente, a escolha foi difícil. Porém, não me arrependo. A trilha desse é, sem dúvida superior aos outros 2 citados. Uma Thurman está magnífica! Os duelos com Daryl Hannah e David Carradine são os melhores da minha curta vida cinéfila! O “som vibrante da vingança” nunca foi tão audível! rs

Bom, é isso.. a quinta parte eu vou demorar um pouco para postar.. uma bixete me fez pensar em outra coisa para escrever aqui.. mas não deixem de acompanhar cenas dos próximos capítulos!

H (be continued...)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A 3a fatia...

Bem, sexta à noite.. eu devia estar fazendo meu trabalho de "pré-projeto", mas não estou conseguindo escrever nada sobre! rsrs

Então, resolvi terminar a terceira parte dos "50 melhores filmes que já vi". Tive que fazer algumas mudanças de última hora, nada espetacular demais, porém, necessário. Segue a dita cuja:



Cinema paradiso (Cinema paradiso): como eu queria ter a sorte desse menino do filme. Não deixa de ser um filme engraçado. Curioso, ele aprende logo as manhas da arte de reprodução cinematográfica. Salvatore (esse menininho da foto), já adulto, depois de saber da morte do amigo Alfredo, relembra sua infância e juventude, onde tudo aconteceu graças a ajuda do amigo. Trilha do excelente Ennio Morricone.


2001: uma odisséia no espaço (2001: a space odyssey): numa época que o termo “ficção-científica” era tão desconhecido quanto o próprio espaço, Stanley Kubrick lança essa obra-prima do cinema. A jogada do nome do computador HAL foi brilhante. Esse, inclusive, é um personagem a parte do filme.



Matrix (The matrix): para aqueles que acham que os efeitos especiais são tudo e mais um pouco numa grande produção, então esse é o filme! Apesar do enredo não ser muito convincente, seus efeitos e cenas são fora de série. Uma pena que os outros dois filmes da seqüência não tiveram o mesmo sucesso. Ganhou 4 Oscars.



Boa noite e boa sorte (Good night and good lucky): eu não sou fã dos filmes em preto e branco, mas esse filme do George Clooney sobre a pressão do governo norte-americano sobre os meios de comunicação no começo da Guerra Fria não teria a mesma intensidade se fosse colorido! O discurso de David Strathairn logo no início é uma das minhas cenas favoritas de todos os filmes.



Encontro com Milton Santos: o primeiro dos 4 filmes brasileiros que vou relacionar nessa minha lista. É o típico filme que você perde a atenção de tanto pensar sobre o que está sendo mostrado. Informações valiosas e reveladoras sobre os impactos da globalização na vida de todos. Esse eu dedico a professora Dilma.. se não fosse ela, nunca teria assistido esse.



Nós que aqui estamos, por vós esperamos: lembro desse filme quando foi anunciado na TV, 10 anos atrás (Nossa! Como tô ficando velho! rs). Algum tempo depois, passou na TV Cultura.. achei sensacional, ainda mais quando fiquei sabendo como foram feitas as “colagens” das imagens: numa época de internet discada e sem muitos recursos para tratamento de imagem, Marcelo Masagão conseguiu fazer um filme totalmente digital, que conta a história da humanidade durante o último século.



Reine sobre mim (Reign on me): de todos os filmes sobre o ataque de 11/09, esse é meu favorito. Adam Sandler faz o papel mais sério de sua vida, quando interpreta um pai de família que acaba de perder as filhas e a esposa durante o ataque. Na esperança de não sofrer mais, ele se isola do mundo. Destaque especial para a trilha, desde a primeira música, “I`m a simple man” até a música título do filme, que só toca durante os créditos.



Piratas do Caribe: a maldição do Pérola Negra; o baú da morte & no fim do mundo (Pirates of the Caribbean: the curse of the Black Pearl; dead man`s chest & at world`s end): Jerry Bruckenheimer é o melhor quando o assunto é filme de ação. Não existe produtor melhor! E a trilogia de “Piratas do Caribe” talvez seja o ápice dos efeitos especiais. A história até que não é grande coisa, mas é muito engraçada. Como diria Davy Jones: “Jack Spppppppaaaaaarrooow”.


Good night, and good lucky for everybody!

H

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Os 50 melhores filme que já vi... 2a parte

Desculpem a demora.. alguns contratempos que eu não vou comentar aqui me deixaram um pouco desnorteado nos últimos dias. Mas tudo já está nos eixos agora. Como prometido, segue a segunda parte da minha lista dos "50 melhores filmes que já vi":



Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine): num primeiro momento, me pareceu um filme bobinho, quase infantil. Porém, logo percebi que o filme em si é distinto de qualquer outro que trata de relações familiares. Cada um pode até ter sua particularidade, não se dar bem ou não suportar a existência das outras pessoas, mas todos se esforçam para realizar o sonho da pequena Olive. Vide a cena da dança final, quando todos “pagam o maior mico” junto da garotinha. Desse filme, eu tiro uma frase dita pelo avô: “perdedores não são aqueles que não vencem, mas aqueles que nem se esforçam para competir”. Ganhou 2 Oscars.


Tempos modernos (Modern times): Chaplin foi realmente um gênio da sétima arte. Não só como ator, mas como diretor também. Esse filme é uma prova disso. Mostra o que nos tornamos depois da Revolução Industrial: meros apertadores de parafusos; “máquinas” garantindo que as máquinas de verdade funcionassem corretamente. Mas ele faz tudo isso de uma maneira cômica, quase caricata. Minha melhor parte do filme é aquela em Chaplin “improvisa” uns resmungos depois de perder a letra da música que estava nos punhos. Hilário! Rs


Brilho eterno de uma mente sem lembranças (Eternal sunshine of the spotless mind): é muito raro ver Jim Carrey fazendo um papel que não seja engraçado. Assim como também é raro ver Kate Winslet fazendo um papel que não seja dramático e/ou triste. Mas não são só esses os motivos que fazem esse filme ser tão especial. A história de Charlie Kaufman é algo triunfal, que deixa evidente a importância que TODAS as pessoas e TODOS os momentos têm para o nosso futuro, para nossas decisões e escolhas. Destaque também para a trilha sonora com Beck e Poliphonic Spree.



Jogos mortais: I & II (Saw): dizem que o quinto filme dá série já está quase pronto. Mas, acho que só os 2 primeiros valem a pena serem vistos. O que começou como um filme independente, de baixo orçamento, logo se tornou num dos melhores filmes do gênero que já vi. Nada de colegiais gritando e correndo de um doido mascarado! O filme usa de muita inteligência para estar sempre um passo a frente daqueles que se acham capazes de descobrir o assassino. Sem contar a uma das minhas frases favoritas de filmes: “Live or die, make your choice”.


A vida é bela (La vita è bella): esse foi um dos poucos filmes capazes de me faz rir e chorar em menos de duas horas. Quando assisti a entrega do Oscar e vi o Roberto Benigni ganhar do Tom Hanks, achei uma injustiça. Mas eu ainda não tinha visto o filme. Uma trilha sensacional.


Amadeus (Amadeus): Milos Forman... “O povo contra Larry Flynt”, “Hair”, “Um estranho no ninho”, “O mundo de Andy”... nenhum foi mais marcante para mim do que Amadeus! Não só pelo meu gosto por música clássica, mas pela história tragicômica da vida de um dos maiores gênios da música. É uma pena não existirem mais filmes com essa intensidade. Levou 8 estatuetas.


Tiros em Columbine (Bowling for Columbine): um documentário sem igual até hoje. Não sou fã de carteirinha do Michael Moore. Mas tenho que admitir: quando ele resolve falar sobre algo, é de se parar para pensar.


O plano perfeito (Inside man): filmes sobre assalto a banco, refém, etc, tem de monte por aí, não é? É só entrar numa locadora qualquer e você, com certeza, vai achar uma prateleira inteira só sobre isso. Mas Spike Lee extrapola totalmente com esse. É um verdadeiro divisor de águas do gênero para mim. A trama, a inteligência, as (con)seqüências.. engenhoso!


Medo da verdade (Gone baby gone): podem dizer o que quiserem sobre o Ben Affleck, menos que a sua adaptação de um dos meus livros favoritos ficou aquém do esperado. Claro que a dupla de detetives particulares é de longe a mais insossa que já vi. Mas Morgan Freeman e, principalmente, Ed Harris fazem do filme um merecedor de aplausos.


H (vivendo o vício!)

sábado, 6 de setembro de 2008

Os 50 melhores filmes que já vi... 1a parte

Estava fuçando em alguns blogs no começo da semana, procurando bobiça por aí. Mas, ao invés disso, encontrei um que trazia uma lista dos melhores filmes que a pessoa tinha assistido no cinema (só não me lembro qual foi!). Isso me fez pensar bastante. E, hoje, começo a divulgar a minha.

Para quem me conhece, sabe que esse tipo de lista não iria demorar muito para aparecer por aqui. Realmente, às vezes acho que deveria ter feito cinema. Mas isso é assunto para um outro post. Depois de muito refletir, separei uma lista conforme diz o título: "Os 50 melhores filmes que já vi". Como é uma lista longa, vou dividi-la em 5 partes, assim posso falar um pouco mais sobre cada filme, sem me prolongar tanto. Reitero que os filmes escolhidos por mim são os melhores "que eu já vi"! Se alguém achar que fui "injusto" ou coisa parecida, lembre-se que eu ainda não vi de tudo nessa vida.. rs

Segue a lista:



Uma mente brilhante (A beautiful mind): não poderia começar melhor! Esse é, de longe meu filme favorito. Já vi muitos filmes de Ron Howards. Mas nenhum deles tem a tensão e preciosidade desse. A maneira como ele transmite a evolução da doença do Dr. John Nash, sua tentativa de enganar a todos sobre sua cura, além da relação de devoção entre esse e sua esposa é simplesmente mágico. Sem contar a cena onde o personagem de Russell Crowe recebe o Prêmio Nobel. Vencedor de 4 Oscars;



O quarto poder (Mad city): quando eu assisti esse filme pela primeira vez, a imprensa nem tinha tanto poder assim. Dos poucos filmes do Costa-Gavras que eu vi, esse é com certeza o melhor deles. Só a ironia explícita no final do filme já vale por todo ele.



O iluminado (The shining): Stanley Kubrick. Stephen King. Jack Nicholson. Uma verdadeira trinca de ases! Foi um dos melhores filmes de terror já feitos! E não é qualquer terror. Quem não se lembra daquela cena em que o Jack quebra a porta e coloca a cabeça no vão, chamando sua "adorável" esposa? Destaque especial para o pequeno Danny Lloyd e o seu dedo "falante".



60 segundos (Gone in 60 seconds): Nicolas Cage é um dos melhores atores que existem. Nesse filme não é diferente. Ao lado de (nada mais, nada menos que) Angelina Jolie, passa uma madrugada inteira roubando carros. Mas não é qualquer carrinho não! Foge dos cliches de todos os filmes de carros que existem hoje. E Eleanor está demais nesse filme! rs


Parque dos dinossauros (Jurassic park): perdi o número de vezes que eu já vi esse. Um filme que consegue ficar quase 5 anos na primeira posição dos mais rentáveis do planeta (até aparecer um maldito navio!), não é um qualquer. Fez a fantasia de muitas crianças, como eu na época. Efeitos especiais incríveis. A trilha de John Williams, para mim é a trilha de "um sonho perfeito". Vencedor de 3 Oscars.


Rios vermelhos & Rios vermelhos II: anjos do apocalipse (Crimson Rivers): Nunca fui muito fã do cinema europeu. Mas um filme policial é sempre bem vindo. O sucesso foi tanto que teve direito a sequência. Que diga-se, ficou muito melhor que o primeiro. Filmes feitos na medida para o talento de Jean Reno.


O Senhor dos anéis: a sociedade do anel; as duas torres & o retorno do rei (The Lord of the rings: the fellowship of the ring; two towers & the return of the king): o que eu posso falar? A trilogia mais premiada de todos os tempos. Certa vez eu tentei ver os três de uma vez. Sensacional! Ainda estou criando coragem para ler os originais de J. R. R. Tolkien. E imaginar que Peter Jackson pensou em fazer só um filme! Ganhou, ao total, 17 Oscars.


Bom, esses são apenas alguns. Logo postarei os demais. Vale lembrar que a lista não é eletiva. Mas bem que poderia.. rs

H (vício pouco é bobagem!)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

De versos e rimas

Massimo Troisi e Phillippe Noirete - "O Carteiro e o poeta"

Ontem, estava eu na salinha de biblio quando, de repente ("não mais que de repente", como diria Vinícius de Moraes), surge o assunto de poesia. Conseguir ou não conseguir escrevê-la, etc. Não sei ao certo como o assunto começou, nem o seu porquê (afinal, eu tinha colocado Do the evolution, do Pearl Jam no YouTube. Minha atenção estava “prejudicada”! rs), mas assim que ouvi a palavra “poesia”, instintivamente coloquei-me (!!! rs) a pensar: “quanto tempo faz que eu não escrevo algo?”. Realmente faz um bom tempo.. acho que uns três meses no mínimo! Bom, daí pra pensar em quando e como eu comecei a escrever foi um pulo:

O ano era 97. 8ª série. A professora de Português pede para escrevermos um conto ou uma poesia como tarefa semanal. Valia nota. Eu que, até aquele momento, adorava mexer só com números, passei metade da semana tentando fazer algo que “vale-se pelo menos um 5,0”. Porém, sem sucesso. No final de semana, enquanto passava as estações no rádio, ouvi o caso de um taxista que tinha devolvido uma maleta cheia de dinheiro que tinham esquecido em seu táxi. Logo veio a inspiração! Comecei a escrever a história e entreguei na segunda-feira. Nunca imaginei que iria chegar aquele ponto! Bom, resumindo: a professora escolheu um trabalho de cada classe da série (A, B, C e D) para inscrever no recém criado “Concurso de Crônicas e Poesias” da cidade (Leme-SP), promovido pela Biblioteca Municipal. Fiquei em 2º lugar...

Aquilo acabou por me dar gosto de escrever! Comecei a ter a música como inspiração para meus trabalhos (experiência de vida eu ainda não tinha! rs). Cheguei a escrever 5 textos em uma única noite! Histórias engendradas, com tramas e personagens fascinantes, assuntos do cotidiano. Mas eu sabia que faltava algo..

E me lembro como se fosse hoje: durante o banho veio a idéia de uma poesia, minha primeira. Coisa simples, quase pueril. Mas, dali para frente, não parei mais. Foram várias escritas sobre minhas frustrações, amores, desilusões (amorosas também.. rs), inspiradas em músicas e até sobre as pessoas com quem convivi. Era incrível ver como as palavras simplesmente “apareciam” no papel, sem nem precisar fazer esforço! Rimadas, sem rimas, trovas, sonetos. Realmente, lembrando-me agora, era até muito “fácil” na época. Mas, infelizmente, com o tempo, você começa a dar prioridade a outras coisas, cria responsabilidade, “fica adulto!”.. >:[

Claro que não deixei de escrever, tanto contos como poesias, mas não com a mesma facilidade de antes. Tenho algumas preferidas. Algum dia ainda as transcrevo aqui. Por enquanto, vai só um aperitivo (rs):

“Não é difícil saber o certo
de tudo que vem de mim:
minha vida é um livro aberto,
mas escrito em latim.

Sou um planeta descoberto:
Novo ou velho, bom ou ruim;
Estou longe ou estou perto;
Eu era.. e prefiro assim”



H (viciado em romances policiais)