sábado, 4 de outubro de 2008

Tudo que começa, um dia acaba...

Enquanto estou me preparando para o fatídico dia de amanhã (eleições), consegui terminar a minha lista dos "50 melhores filmes que já vi". Já se passaram quase 3 semanas sem que eu conseguisse chegar a um consenso. Mas acho que ela está pronta. Claro que ela não é definitiva! Ainda existem muitos clássicos que eu não vi e existirão muitos outros que eu verei, com certeza. Bom, chega de enrolar! Segue a última parte da saga:


A cor púrpura (The color purple): baseado no livro homônimo de Alice Walker, conta a história de Celie, uma jovem que, depois de ser estuprada pelo pai, é entregue a Mister, um homem violento que a trata mais como escrava do que como esposa. A história é intensa e sofrível. A cena em que Celie está fazendo a barba de Mister durante uma discussão é de prestar muita atenção. Brilhante filme de Steven Spielberg. Apesar das 11 indicações, injustamente não ganhou nenhum Oscar.


O carteiro e o poeta (Il postino): numa época onde falar o que se pensa nem sempre é bem visto, um carteiro, graças a amizade com o escritor Pablo Neruda, começa a despertar para seu autoconhecimento, ao mesmo tempo em que nutre uma paixão que nem toda a poesia do mundo é capaz de descrever. Com imagens riquíssimas e uma trilha que ganhou o Oscar em 1996.


Regras da vida (The cider house rules): é um filme para se pensar bastante. Um médico no orfanato em busca de um substituto. Um garoto, criado dentro desse mesmo orfanato, louco para conhecer o mundo. Cada um tem sua maneira de enxergar o que existe “do lado de fora”, e dessas visões surgem conflitos e descobertas que mudam constantemente as percepções de cada. Uma trilha belíssima para um filme magnífico.


Adaptação (Adaptation): é um tipo de “metafilme”, um filme que a todo o momento aborda a inspiração e escrita de um roteirista famoso (no caso, o próprio roteirista do filme, Charlie Kaufman). Uma dupla interpretação soberba de Nicolas Cage, já que ele faz também o papel do irmão de Charlie Kaufman, que, mesmo não sendo roteirista, consegue escrever um estupendo, deixando o personagem de Charlie Kaufman ainda mais desgostoso! Ainda tem no elenco Meryl Streep e Chris Cooper (Oscar de melhor ator coadjuvante em 2002).


Os suspeitos (The usual suspects): 11 homens e um segredo?! Que nada! Grande elenco mesmo num filme sobre assalto é esse! Tudo começa com um roubo de esmeraldas e termina... bom, não vou contar! Uma seqüência de cenas de embaralhar a todos. E, no fim, fica a dúvida: quem é Keyser Söse?? Ganhou 2 Oscars.


Shine – brilhante (Shine): para quem gosta de música clássica, mas também gosta de entender a formação de caráter das pessoas, esse é o filme. Baseado em fatos reais, conta a história do músico David Helfgott que, depois de não agüentar o pai controlador, segue a paixão pela música. Uma paixão que o leva a loucura e a redenção. O melhor filme de Geoffrey Rush.


Guerra nas estrelas: o retorno de Jedi (Star Wars VI – the return of Jedi): Apesar da idéia de George Lucas ter terminado em uma dupla trilogia, na minha simplória opinião, O retorno de Jedi é o que mais merece atenção. Não só por ser aquele que põe um ponto final na saga invertida dos Skywalkers, nem por toda a invenção, fantasia, revolução na área de efeitos especiais e divertimento que as trilogias trouxeram, mas principalmente pela luta final, onde Darth Vader solta a melhor das frases: “Luke, I`m your father”.


Carruagens de fogo (Chariots of fire): esse eu inclui não tanto pela filmagem em si, mas por dois fatores: ser um dos poucos filmes europeus a ganhar o Oscar de melhor (1981) e, principalmente, por sua trilha.. algo invejável por todos! Uma obra-prima do músico grego Vangelis, que virou tema de todos os Jogos Olímpicos dali para frente. O filme conta a história da delegação britânica durante as Olimpíadas de Paris (1924), em especial, a disputa entre dois deles, Harold Abrahms e Eric Liddell para saber quem seria o mais rápido.


O silêncio dos inocentes (The silence of the lambs): um filme especial, assim como “O senhor dos anéis” (que foi o primeiro do gênero fantasia a ganhar o Oscar de melhor filme). Foi o primeiro filme de suspense/terror a ganhar a premiação máxima do Oscar. E não só isso! Levou também as estatuetas de melhor ator (Anthony Hopkins), melhor atriz (Jodie Foster), melhor diretor (Jonathan Demme). A história é engenhosa, contando a relação de “quase necessidade” entre Hannibal Lecther e a agente do FBI Clarice Starling quando essa busca pistas para encontrar um serial killer.


Batman: o cavaleiro das trevas (Batman - The dark knight): antes de qualquer coisa, quero dizer que acho sim Jack Nicholson o Coringa mais foda de todos os tempos. É a cara dele! Também acho que faltava um pouco de anarquia na sua interpretação no filme do Tim Burton, coisa que essa nova versão tem de sobra! A morte de Heath Ledger deu uma visibilidade bem maior do que o esperado para o filme? Não sei.. sinceramente não sei. Ele merece uma indicação póstuma ao Oscar? Claro! Mas ganhar já é um pouco demais. Acho que o filme é realmente um marco para os novos filmes baseados em HQ. As cenas de ação são ótimas, os diálogos são afiados e o elenco é proporcional. O melhor filme dos últimos dois anos.

Bom, é isso.. o que começou precisava terminar. E esse é "The End".


H ("
let`s put a smile on that face")

2 comentários:

The Owl disse...

Droga, o problema dessa lista é que a maioria desses eu não vi, o que me deixa com um problemão: além de ter que arranjar tempo pra ver os que eu já queria, vou ter que arranjar pra esses tb..rs

The Owl disse...

Oooopa, se não for incomodar, eu quero sim!!! Posso arranjar umas mídias e te levar?
O tempo eu dou um jeito de arranjar tb. É só picaretar um pouquinho mais algum dos trabalhos..rsrs