sábado, 19 de outubro de 2013

"O que acontece quando morremos?"



“O que acontece quando morremos?”. Por motivos óbvios e, agora, irrelevantes para uma explicação aprofundada, essa foi a frase que mais vezes abarcou minhas sinapses nas últimas duas semanas. Pensamentos fugidios que se concluíam, não por acaso, na maior parte do tempo da mesma forma: em círculos. Elipses, para ser mais exato.

Afinal, o que acontece quando nós passamos? Tentei encontrar respostas em minhas leituras. Porém, nem toda a filosofia que já vislumbrei foi suficiente para elucidar tamanho mistério. Aqui abro um parêntese: preciso voltar a ter interesse por isso. Deixar de lado leituras rupestres e me inteirar pelos mais diversos pensadores. Voltar a lê-los por interesse, como fazia antes de entrar na faculdade. Naquela época de ouro, Foucault e Nietzsche colidiam com Platão e Jean-Paul Sartre de forma harmoniosa. Sem cobranças, realmente me deliciava a cada página passada. Fecho o parêntese.

Talvez, no momento mais lógico de minha vida, resolvi parar de destrinchar imaginários alheios e cheguei a uma bifurcação: ou ninguém sabe satisfatoriamente, ou ninguém dignamente letrado jamais regressou.

Minha insignificante sapiência apenas me permite listar o que fica: sentimentos interrompidos, entes queridos corroídos, credores enraivecidos (sim, eu os tenho), projetos em stand by.

A verdade é essa: sou todo curiosidade. Com algumas pitadas de saudade e cansaço.

A vontade? Reticências

Não tenho coragem para tirar minha própria vida. Eu rezo todas as noites para encontrar a força para fazê-lo, mas a coragem me escapa. [...] Minha vida é um constante estado de medo de alguém ou de algo. É impossível nadar contra a corrente. Vale a pena viver a vida?

(Shirley Harrison, ‘O diário de Jack, o Estripador’)


H (live and let die)

Um comentário:

Anônimo disse...

Vamos lá, Pandora, abre o ventre, e
digere-me; a coisa é divertida, mas digere-me!