quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Comentando o último post...


Durante esse último final de semana tentei escrever um post sobre o fato lamentável que aconteceu no dia 15 passado, na Avenida Paulista. Infelizmente, a inspiração não veio. Na verdade, ela até apareceu, mas, comparando com o email que uma amiga me mandou (a Bequinha), vi que o que tinha escrito não chegava sequer aos pés da essência que ela conseguiu captar. Ela, juntamente com algumas outras pessoas, participou do manifesto no final da tarde daquele mesmo dia. E fiquei arrepiado com as coisas que ela me contou.

Daí para perdir permissão de publicar esse mesmo email no meu blog foi automático. Ainda assim, gostaria de fazer alguns comentários sobre o ocorrido. Falar da morte nunca é fácil e nem pode ser verídico o bastante. Afinal, quem já passou realmente por isso para dizer como é a sensação? Para descrevê-la nos seus pormenores? Acho que ninguém (até conheço uma pessoa que se enquadra, mas isso não vem ao caso!).

Porém, não é preciso estar morto para perceber e se indignar não só com o incidente, mas também com a falta de respeito e consideração que a ciclista Márcia Regina sofreu. Sem contar sua própria família. Pior ainda é ser notícia, apenas para a distração das pessoas. Mais um motivo para elas dizerem (só da boca para fora!): "esse mundo tá perto do fim mesmo!"; "o que mais falta acontecer?"; "coitadinha!"; e daí por diante...

Isso acontece num momento em que todos (a mídia em geral!) fazem campanhas, implorando para usarmos meios alternativos e não-poluentes de transporte. Mas São Paulo não o tipo de cidade que sede espaço; que dá acesso a tudo e a todos (vide os deficientes físicos e visuais com relação aos principais prédios e estabelecimentos públicos!). São Paulo é uma cidade formada por pessoas (em sua maioria) mesquinhas, metidas e arrogantes.

Pretendo falar mais sobre isso, sobre essas "características" paulistas num próximo post. Por hoje, é isso. Se ofendi alguém com minhas palavras, não precisam me desculpar... é sinal de que, infelizmente, a carapuça serviu...


H ("... sobrevivendo sem um arranhão...")

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