Esse último final de semana foi atípico. Tive muito tempo de sobra. E, se tem uma coisa que eu temo tanto quanto a falta de tempo, é o seu excesso. Ainda mais com pouquíssimo ou nada de útil para se fazer com ele.
A verdade é que eu não me conheço. Pelo menos não o bastante que eu gostaria. Mas, e eu sei bem disso, basta um tempinho dando mole para o meu subconsciente (tinha que colocar a culpa em alguém!) se achar no direito de "me" analisar, pesando minhas atitudes, julgando meus defeitos conhecidos (e até descobrindo outros!). É tentador, irresistível e até prazeroso, eu diria. Mas o resultado é, inegavelmente sempre o mesmo: sou complexo e neurótico, com baixa estima e totalmente desacreditado por quem eu menos imaginaria. Eu mesmo!
Tenho medo disso. Um medo equivalente ao de envelhecer. Questiono-me sem parar. Relembro algumas das minha atitudes e tomadas de decisões. Isso pode parecer normal (haverá quem diga que isso é até "comum"). Mas, para mim, isso tem outra denominação: me jogar contra a parede. Mostrar minha total insatisfação comigo mesmo. Revelar o que cheguei a duvidar (ou tentar esconder) durante mais de 10 anos: sou um fracasso. Tanto como pessoa, como profissional, como filho, como namorado, como irmão, como amigo...
Sei que pareço um autoflagelador. Usando meus pensamentos e julgamentos como chicote e o reflexo de minhas atitudes como corda para meu próprio enforcamento. Na sexta-feira à noite, uma tia minha me disse algo sobre mim que até agora não sai da minha cabeça: "Você é muito reprimido em relação aquilo que sente. [...] Você vê algo de errado, algo que não lhe condiz e, ao invés de falar, colocar para fora, acaba guardando para si. [...] E quando não consegue mais guardar nem meia palavra, você explode com o mesmo poder de uma bomba atômica!"
Pela primeira vez a verdade me surgiu. E, para comemorar, ela me deu um belo e sonoro tapa na cara. Qualquer dia ainda morro com essas neuras. Minhas fiéis companheiras de percalços.
"Minha vontade de morrer é inversamente proporcional ao merecimento que julgo ter dessa minha malfadada trajetória terrena." (Agamenon, 30/04/2001)
H (de Lua)
* Imagem retirada do blog: Menina Voadora
A verdade é que eu não me conheço. Pelo menos não o bastante que eu gostaria. Mas, e eu sei bem disso, basta um tempinho dando mole para o meu subconsciente (tinha que colocar a culpa em alguém!) se achar no direito de "me" analisar, pesando minhas atitudes, julgando meus defeitos conhecidos (e até descobrindo outros!). É tentador, irresistível e até prazeroso, eu diria. Mas o resultado é, inegavelmente sempre o mesmo: sou complexo e neurótico, com baixa estima e totalmente desacreditado por quem eu menos imaginaria. Eu mesmo!
Tenho medo disso. Um medo equivalente ao de envelhecer. Questiono-me sem parar. Relembro algumas das minha atitudes e tomadas de decisões. Isso pode parecer normal (haverá quem diga que isso é até "comum"). Mas, para mim, isso tem outra denominação: me jogar contra a parede. Mostrar minha total insatisfação comigo mesmo. Revelar o que cheguei a duvidar (ou tentar esconder) durante mais de 10 anos: sou um fracasso. Tanto como pessoa, como profissional, como filho, como namorado, como irmão, como amigo...
Sei que pareço um autoflagelador. Usando meus pensamentos e julgamentos como chicote e o reflexo de minhas atitudes como corda para meu próprio enforcamento. Na sexta-feira à noite, uma tia minha me disse algo sobre mim que até agora não sai da minha cabeça: "Você é muito reprimido em relação aquilo que sente. [...] Você vê algo de errado, algo que não lhe condiz e, ao invés de falar, colocar para fora, acaba guardando para si. [...] E quando não consegue mais guardar nem meia palavra, você explode com o mesmo poder de uma bomba atômica!"
Pela primeira vez a verdade me surgiu. E, para comemorar, ela me deu um belo e sonoro tapa na cara. Qualquer dia ainda morro com essas neuras. Minhas fiéis companheiras de percalços.
"Minha vontade de morrer é inversamente proporcional ao merecimento que julgo ter dessa minha malfadada trajetória terrena." (Agamenon, 30/04/2001)
H (de Lua)
* Imagem retirada do blog: Menina Voadora
2 comentários:
Este virou meu novo post preferido, talvez por entender bem do que vc está falando.
Consigo me criticar mais do que qualquer outra pessoa criticaria, e acho que isso é até uma espécie de defesa, já que morro de medo das críticas dos outros, então tento não dar espaço para elas falando mal de mim mesma.
Só não sei se as suas críticas a vc e as minhas a mim procedem, já que o problema da autocrítica por parte das pessoas de baixa auto-estima é que ela acaba sendo meio imparcial, né? Mas provavelmente as malditas neuras nunca vão desaparecer.
Entendo bem o que você quis dizer.
Eu também convivo com meus medos, anseios e angústias todos os dias.
E, muitas vezes é difícil encontrar uma resposta e por fim, acabo guardando tudo em mim.
Acho que o fato de explodirmos não é porque a bomba atômica foi acionada, mas apenas o simples fato de que estamos sufocados demais e há momentos em que as sensações guardadas são maiores do que nós.
Acho que talvez as sensações não adormeçam, mas ficam como um vulcão que a qualquer momento podem entrar em erupção, pelo simples fato disso ser natural.
Beijos
Alê (Menina Voadora)
P.S.: Obrigada pela visita ao blog.
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