Stanley Kubrick: nasceu em Nova Iorque, em 26 de julho de 1928. Em sua infância, o garoto do Bronx não era o que se podia chamar de "aluno exemplar". Raramente fazia as lições de casa e suas notas não eram das melhores. Mas apesar disso, tinha reconhecimento do pai em sua mente criativa. Foi este quem o encorajou a aprender xadrez (se tornou um especialista no esporte) e lhe deu sua primeira máquina fotográfica. Ainda na adolescência, visando a carreira como fotógrafo, conseguiu emprego na conceituada revista Look, mas logo Kubrick descobriu que o seu futuro estava ligado a outro tipo de câmera. Estreou como cineasta de curta-metragens aos 22 anos. Aos 25, obteve uma grande ajuda financeira do pai, que penhorou a casa para a produção de Fear and Desire (1953), seu primeiro longa-metragem. Considerou o trabalho amador e, mesmo com algumas boas críticas, logo tratou de retirá-lo de circulação. Mas é a partir de O Grande Golpe (1956) que sua carreira começa a funcionar. A trama, estrelada por Kirk Douglas, sobre um plano de assalto ganhou a atenção de alguns produtores. Foi o mesmo Kirk Douglas quem o chamou para dirigir o épico Spartacus (1960) após a tensa demissão do veterano diretor Anthony Mann. A boa relação com Douglas viria por água a baixo quando diferenças criativas se confrontaram. Kubrick perdeu a batalha e se viu obrigado a filmar sem poder colocar algumas de suas idéias em prática. Mesmo com o sucesso do filme, ele decidiu que dali por diante só iria aceitar projetos que pudesse ter total liberdade criativa. E foi com esse pensamento que se muda para a Inglaterra em 1962. Sua primeira indicação ao Oscar veio em 1964, com Dr. Fantástico. Tendo como o tema a ameaça nuclear, o filme é uma comédia de humor negro com atuações e roteiro primorosos. Para atuar, Kubrick chamou o comediante inglês Peter Sellers, que se desdobra em três papéis, incluindo o de presidente dos EUA. Cinco anos de produção foram necessários para o desenvolvimento de 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968), para muitos, a melhor ficção científica já filmada. Até hoje possui em sua força maior as músicas de Richard Strauss, Assim falou Zaratustra. Os efeitos especiais, inovadores para a época, garantiram ao filme um Oscar da categoria. Novamente indicado a melhor diretor, Kubrick vê o seu prêmio escapar. Laranja Mecânica (1971) causou grande polêmica na época de seu lançamento e foi acusado de incitar a bárbarie. Na história, quatro jovens de classe média passam o dia cometendo as maiores atrocidades: brigar, roubar, estuprar... são apenas algumas delas. A vida de um deles, Alex, (Malcolm McDowell) toma um rumo diferente quando o mesmo vai para a cadeia. Disparado o trabalho mais controverso do diretor, que lhe rendeu outra indicação ao prêmio da Academia e outra derrota. Outros filmes-adaptações que merecem destaque: Barry Lyndon (1975), baseado numa novela de William Makepeace Thackeray; O Iluminado (1980), adaptação da obra de Stephen King; Nascido Para Matar (1987), saído do livro de Gustav Hasford. De Olhos Bem Fechados (1999), precisou de dois anos de filmagem, tempo que o perfeccionismo de Kubrick achou necessário para a conclusão do filme, mas não o necessário para agradar a crítica e público. O último projeto cinematográfico em que esteve envolvido, mas que por questões de saúde não dirigiu, foi AI:Inteligência Artifícial, de Steven Spielberg. Kubrick morreu exatamente 666 dias antes de 2001, em Hertfordshire, Inglaterra, em 7 de março de 1999.
Joseph-Maurice Ravel: nasceu em Ciboure, França, em 7 de março de 1875. Poucos meses depois, em junho de 1875, a família Ravel se mudou para Paris. As afirmações insistentes de que a influência da Espanha sobre o imaginário musical de Maurice Ravel está vinculada a suas origens bascas são, então, exageradas, ainda mais porque o músico não retornou ao País Basco antes dos 25 anos. Entretanto, mais tarde regressaria regularmente para residir em Saint-Jean-de-Luz, para passar as férias ou trabalhar. A infância de Ravel foi feliz. Seus pais, atentos e cultos, freqüentaram o meio artístico, fomentando os primeiros passos de seu filho que tão logo se revelou um talento musical excepcional. Começou os estudos de piano aos seis anos, sob a guia de Henry Ghys. Criança ajuizada, ainda que também caprichoso e teimoso, logo demonstrou seu talento natural para a música, ainda que, para desespero de seus pais e professores, reconheceu mais tarde ter adicionado a seus numerosos talentos “a mais extrema preguiça.” De fato, no início seu pai, para obrigá-lo a praticar o piano, tinha que lhe prometer pequenas gorjetas. Em 1887, recebeu precocemente aulas de Charles René (harmonia, contraponto e composição). O clima artístico e musical prodigiosamente fértil de Paris do fim do século XIX não podia, senão, estimular o desenvolvimento do jovem. Ao ingressar no Conservatório de Paris em 1889, Ravel foi aluno de Charles de Bériot. Ali conheceu o pianista espanhol Ricardo Viñes, que acabou sendo um grande amigo e o intérprete escolhido para suas melhores obras. Os dois participariam do grupo conhecido como Les Apaches que casou agitação na estréia de Pelléas et Mélisande de Claude Debussy, em 1902. Admirador de Mozart, Saint-Saëns e Debussy, influenciado pela leitura de Baudelaire, Edgar Allan Poe, Condillac, Villiers de L’Isle-Adam e, sobretudo, de Stéphane Mallarmé, Ravel manifestou precocemente um caráter firme e um espírito musical muito independente. Suas primeiras composições provavam que eram já demonstrações de uma personalidade e uma maestria tal que seu estilo só evoluiria com o tempo. É mundialmente conhecido pelo seu Bolero (parte 1 e parte 2), ainda hoje a obra musical francesa mais tocada no mundo. A composição foi encomendada pela bailarina Ida Rubistein e estreou na Ópera de Paris em 1928. Maurice Ravel faleceu das conseqüências de um acidente de táxi ocorrido em 1932. Durante o período que precedeu a sua morte, havia perdido parte da sua capacidade de compor devido às lesões cerebrais causadas pelo acidente. A sua inteligência sempre se manteve intacta, mas o seu corpo já não respondia adequadamente tendo sofrido de graves problemas motores.
Joseph-Maurice Ravel: nasceu em Ciboure, França, em 7 de março de 1875. Poucos meses depois, em junho de 1875, a família Ravel se mudou para Paris. As afirmações insistentes de que a influência da Espanha sobre o imaginário musical de Maurice Ravel está vinculada a suas origens bascas são, então, exageradas, ainda mais porque o músico não retornou ao País Basco antes dos 25 anos. Entretanto, mais tarde regressaria regularmente para residir em Saint-Jean-de-Luz, para passar as férias ou trabalhar. A infância de Ravel foi feliz. Seus pais, atentos e cultos, freqüentaram o meio artístico, fomentando os primeiros passos de seu filho que tão logo se revelou um talento musical excepcional. Começou os estudos de piano aos seis anos, sob a guia de Henry Ghys. Criança ajuizada, ainda que também caprichoso e teimoso, logo demonstrou seu talento natural para a música, ainda que, para desespero de seus pais e professores, reconheceu mais tarde ter adicionado a seus numerosos talentos “a mais extrema preguiça.” De fato, no início seu pai, para obrigá-lo a praticar o piano, tinha que lhe prometer pequenas gorjetas. Em 1887, recebeu precocemente aulas de Charles René (harmonia, contraponto e composição). O clima artístico e musical prodigiosamente fértil de Paris do fim do século XIX não podia, senão, estimular o desenvolvimento do jovem. Ao ingressar no Conservatório de Paris em 1889, Ravel foi aluno de Charles de Bériot. Ali conheceu o pianista espanhol Ricardo Viñes, que acabou sendo um grande amigo e o intérprete escolhido para suas melhores obras. Os dois participariam do grupo conhecido como Les Apaches que casou agitação na estréia de Pelléas et Mélisande de Claude Debussy, em 1902. Admirador de Mozart, Saint-Saëns e Debussy, influenciado pela leitura de Baudelaire, Edgar Allan Poe, Condillac, Villiers de L’Isle-Adam e, sobretudo, de Stéphane Mallarmé, Ravel manifestou precocemente um caráter firme e um espírito musical muito independente. Suas primeiras composições provavam que eram já demonstrações de uma personalidade e uma maestria tal que seu estilo só evoluiria com o tempo. É mundialmente conhecido pelo seu Bolero (parte 1 e parte 2), ainda hoje a obra musical francesa mais tocada no mundo. A composição foi encomendada pela bailarina Ida Rubistein e estreou na Ópera de Paris em 1928. Maurice Ravel faleceu das conseqüências de um acidente de táxi ocorrido em 1932. Durante o período que precedeu a sua morte, havia perdido parte da sua capacidade de compor devido às lesões cerebrais causadas pelo acidente. A sua inteligência sempre se manteve intacta, mas o seu corpo já não respondia adequadamente tendo sofrido de graves problemas motores.
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