terça-feira, 24 de março de 2009

Compositores - Max Steiner


Um dos maiores compositores de trilhas sonoras de todos os tempos, Max Steiner, nasceu em Viena, Áustria, no dia 10 de maio de 1888 (um dia perfeito para se nascer, diga-se de passagem.. rs). Filho e neto de empresários do entretenimento, ele herdou o nome Maximilian do avô, dono do Teatro de Viena, onde foram apresentadas operetas clássicas de Johann Strauss Jr. e Franz Lehár. Uma criança prodigiosa, Steiner completou o curso de quatro anos da Imperial Academy of Music em apenas um. Além disso, aos 16 anos de idade, escreveu trilha (música e letra) e libretto de The Beautiful Greek Girl, opereta apresentada durante um ano na capital austríaca. Após anos trabalhando como maestro no teatro inglês - com a Primeira Guerra, teve que abandonar a Inglaterra – ele imigrou para os Estados Unidos. Pouco tempo depois de sua chegada à Nova York, Steiner estabeleceu-se como orquestrador e regente da Broadway, onde, durante quinze anos, esteve envolvido com os shows de alguns dos principais nomes do teatro musical americano, como George Gershwin. Durante esse período, seu único trabalho significativo como compositor foi a fracassada comédia musical Peaches (1923). Com a chegada do cinema sonoro, em 1927, houve, naturalmente, uma demanda por músicos, e foi assim que Max Steiner chegou à Hollywood. Logo, Max foi nomeado chefe do departamento musical do estúdio RKO.

Em 1931, Steiner teve a oportunidade de musicar Cimarron, faroeste que acabou ganhando o Oscar de Melhor Filme. Ele não foi creditado por sua eficiente contribuição, mas era o início de uma das mais admiráveis carreiras da história do cinema e da música. Inicialmente, a maioria nos inúmeros filmes musicados por Steiner só tinha alguns compassos de abertura e encerramento, pois o recurso da trilha sonora ainda não era prática comum. Dois anos depois, ele musicou o famoso King Kong, um de seus trabalhos mais celebrados. Sua trilha ajuda a transformar um filme potencialmente risível numa aventura de fantasia envolvente, de final clássico. Com A Patrulha Perdida (The Lost Patrol, 1934), Steiner assinou a primeira trilha não proveniente de um musical a concorrer ao Oscar. 1935, o último ano de Max Steiner na RKO, foi glorioso. Além de ser diretor musical de O Picolino (com Fred Astaire e canções de Irving Berlin), ele escreveu três trilhas memoráveis: Ela, a Feiticeira (She), Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers) e O Delator (The Informer), que deu ao compositor o primeiro de seus três Oscars. No ano de 1936, Steiner trabalhou para a empresa do produtor David Selznick. Grande admirador de Steiner, Selznick requisitou seus serviços quando produziu seus filmes mais ambiciosos: E o Vento Levou (Gone With the Wind, 1939, o trabalho mais famoso de Max Steiner, e cujo tema principal, parte de uma trilha riquíssima, é imortal), e Desde que Partiste (Since You Went Away, 1944, Oscar pela belíssima música de Steiner).

Já na Warner, o compositor continuou exibindo versatilidade, produtividade e talento espantosos, e ajudou a estabelecer, definitivamente, o padrão da música orquestral "hollywoodiana" da primeira metade do século. Praticante do estilo “europeu clássico”, Steiner escrevia trilhas melodiosas, ricamente orquestradas. Seu contrato com o estúdio foi até 1953, mas o fim do contrato pouco mudou a trajetória do compositor. Excetuando-se alguns trabalhos para a Columbia Pictures e a Republic, por exemplo, ele musicou filmes do seu antigo estúdio até o final da carreira. E embora sua produtividade tivesse começado a diminuir, a capacidade para criar trilhas sonoras arrebatadoras permaneceu.

Em 1959, Steiner trabalhou em Amores Clandestinos (A Summer Place, 1959), do veterano diretor Delmer Daves, que eliminou qualquer possível dúvida quanto ao apelo que a música do compositor ainda poderia exercer; o tema do filme chegou ao primeiro lugar na parada de sucessos na gravação da orquestra de Percy Faith. Os trabalhos de Steiner na década de 60 incluem algumas de suas mais encantadoras criações: Sombras no Fim da Escada (The Dark at the Top of the Stairs”, 1960), O Erro de Susan Slade (Susan Slade), Candelabro Italiano (Rome Adventure, 1962), cujo tema é usado em cerimônias de casamento, e O Preço da Ambição (Youngblood Hawke, 1964). Em 1965, foram lançados seus dois últimos filmes: Somente os Fracos se Rendem (Those Calloways, da Disney), e o terror Sete Noites de Agonia (Two on a Guillotine). O genial Max Steiner morreu no dia 28 de dezembro de 1971, deixando uma autobiografia (“Notes to You”) inacabada.

Algumas de suas composições:


* King Kong (1933)

* Jezebel (1938)


* Casablanca (1942)






H (Maldito Youtube!)

Nenhum comentário: