sábado, 5 de dezembro de 2009

Nossa segunda certeza: 500 dias com ela



"Talvez essa seja a segunda grande certeza de nossa existência. [...] Um dia, encontramos a pessoa que julgamos ser 'a' pessoa, para, no dia seguinte, ela nos desapontar, quebrando nosso coração."

Começo esse post com essa frase que, provavelmente, além de marcar o início da minha análise sobre o filme relacionado no título, ainda será responsável por uma nova-velha fase na minha vida.

Ontem, depois de muito adiar, resolvi ceder aos apelos de uma "amiga" e fomos assistir ao filme "500 Dias com Ela". Na verdade, eu tinha várias outras opções que essa "amiga" havia me imposto. Mas me decidi por esse. Não sei bem porquê. Talvez tenha levado em consideração que essa seria uma boa oportunidade, já que, a julgar pelo tema, casais seriam mais do que predominantes no recinto.

500 Dias com Ela (500 Days of Summer), muito bem dirigido pelo diretor de videoclipes Marc Webb, coisa que tem se mostrado corriqueira ultimamente, conta a história de Tom Henson, um escritor de cartões comemorativos (!), e sua suposta paixão pela bela Summer Finn. O filme ficaria bem melhor se, desde o início, o locutor não estragasse tudo dizendo o frase tão óbvia de que ele não teria um final feliz. Qualquer anta com dois neurônios seria capaz de perceber tal ato pelo próprio título traduzido do filme.

A película é boa. Bem bobinha, devo acrescentar, mas boa. Na verdade, em boa parte do filme me senti retratado. Tenho que confessar: Summer Finn me pareceu um "Frankestein" das minhas ex-namoradas. E, justo um dia antes, eu havia encontrado aquela que mais se parece com a Summer! Que fatalidade! rs

A proposta do filme, assim como vocês dever ter lido por aí, não difere em quase nada dos demais desse gênero que abarrotam qualquer locadora. Mesmo assim, achei bem original a ideia de não mostrar a história de maneira linear. Foi uma boa forma de se diferenciar do restante. Afinal, o fim já era sabido.

Uma coisa que gostaria muito de destacar do filme é uma frase que, para quem já teve a infelicidade de ouvir, é capaz de machucar mais do que um soco: Tom e Summer estão sentados num banco e, então, ele a pergunta o que havia acontecido para ela, que era tão avessa a ideia de ser namorada de alguém, resolver se tornar, de uma hora para outra, esposa de alguém; ela lhe responde que simplesmente acordou um dia e teve a certeza que nunca havia tido durante o tempo em que eles estiveram juntos... isso dói.. e muito!

O final foi um pouco engraçado, principalmente para quem pegou a ideia do título original. Talvez, a mensagem que o filme queira nos passar é a de que devemos parar de nos preocupar tanto com encontrar a pessoa certa, no momento certo. Todas as pessoas são especiais. E, é preciso apreciar a exclusividade de cada instante, porque, viver de lembranças (sejam elas boas ou ruins) é um sinal de que nada foi totalmente aproveitado.

Fora algumas coisas pouco convencionais, algo que posso destacar ainda mais é a trilha do filme. Valeu o ingresso, a fila da pipoca e, até, a demora pela liberação da sala. Viciei, simplesmente. Indico-o para quem gosta de filmes do gênero. Caso contrário, vá assistir esse que você ganhará muito mais.


H (move on)

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