quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Momento poesia XXXII: coisa raríssima!



Tempos futuros*


Nesse dia,
repleto de alegria,
quero ver o impossível.

Nesse dia,
sem medo nem agonia,
quero ser o invencível.

Nesse dia,
com tudo em harmonia,
a igualdade é aceitável.

Nesse dia,
depois de toda melhoria,
o difícil torna-se descartável.

Nessa hora,
quando todo o mal aflorar,
eu ficarei aqui, de braços cruzados.

Nessa hora,
por mais forte que seja a vontade de chorar,
ninguém verá meus olhos molhados.

Nessa hora,
que para pedir não bastará apenas orar,
será aquela que vai nos proporcionar mais medos.

Nessa hora,
separado o viver do morar,
os sentimentos guardados não serão mais segredos.

Nesse instante,
não quero ver tristeza:
quero só ter certeza que ainda existe o bem.

Nesse instante,
só não quero é amar,
para não sofrer futuramente por ninguém.

Nesse instante,
tudo será mais belo,
pois quando apelo basta só dizer amém.

Nesse instante,
o que não foi, o será no futuro;
isso tudo eu asseguro, aqui e mais além...

(Michel Ferrera, Rebeca Ruiz & Agamenon Leite)


H (um achado!)


* Escrito em 22/01/2001

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