Mostrando postagens com marcador Infância. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Infância. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Top 20 desenhos que marcaram minha infância

Senta, porque o post é longo!


Às vezes, pode até parecer que não sinto, mas tenho muita saudade deste espaço, desta possibilidade de escrever sobre fatos corriqueiros e/ou assuntos dos quais tenho apreço. Porém, e já entrando de supetão no assunto deste post, tornar-se adulto é um constante ato de desencontrar-se.

Fui “forçado” a me despedir de inúmeros hábitos para tentar enquadrar outros. Sei que não deve ser fácil tomar tais decisões. Por isso as aspas no início deste parágrafo. Contudo, particularmente, como sou um saudosista dos mais piegas, todo ADEUS acaba se tornando um ATÉ BREVE que nunca acontece.

Exemplo maior está sociologicamente vinculado a este dia, celebrado duas semanas atrás (sim, perdi o dia da postagem!). Uma data parcialmente comemorada até meus 12, 13 anos e que perdeu seu viés justamente por já ter idade o bastante para ter meus próprios filhos. Só idade mesmo, porque as atividades e atitudes, não raras, denunciam a “criança grande” que me tornei.

Pensando nisso e inspirado pelo espírito (figurativamente falando, lógico!) deste dia, além da comemoraçãodos 25 anos da estreia de um dos melhores programas infantis da minha época, decidi montar uma lista com os desenhos que marcaram minha primeira idade, numa era ainda sem internet e responsabilidades.

Os desenhos aqui listados, antes que me perguntem (até parece que alguém faria isso!), foram dispostos em ordem alfabética e não em ordem de importância. Obviamente, gosto de alguns muito mais do que de outros. Mas, pela preservação da minha reputação e dignidade, prefiro manter tais informações em off.



1) A Corrida Maluca
O desenho passou por vários canais. Mas me lembro de assistir na primeira delas: Rede Manchete. E o desenho era sensacional.




2) A Formiga Atômica
Lembrar da Formiga Atômica é lembrar da Vovó Mafalda.




3) Animaniacs
Os três irmãos eram muito loucos e me faziam rir muito.




4) As aventuras da família Mézga
Apesar de me lembrar pouco deste, gostava muito dele por retratar uma família que se aventurava pelo mundo, apresentando particularidades de cada nação visitada.




5) Capitão Planeta
Numa época em que a Rede Golpista de Televisão era boa, a união de 5 poderes era o bastante para “salvar” nosso planeta. Ou apenas nos apresentar algumas ilusões disso.




6) Caverna do Dragão
Confesso que era um pouco complicado de entender. Afinal de contas, por que o velho baixinho não mostrava de uma vez a saída? Por que o vingador voava num cavalo alado se ele também tinha asas?! Por que aquela por$# da Uni não morria logo? Por quê?!




7) Cobi 
O Cobi, para quem não sabe, foi o mascote dos Jogos Olímpicos de 1992, na Espanha. No ano seguinte, a TV Cultura exibiu alguns episódios do cartoon baseado no personagem. Entre muitas aventuras, o Cobi também apresentava as regras básicas de alguns esportes olímpicos.




8) DuckTales
Como não gostar de um desenho que tem a canção tema cantada pelo Bozo?!




9) He-man e Os Defensores do Universo
Mano, sério: tão imutável quanto Clark Kent, como o Esqueleto nunca percebeu?! Alguns meses atrás, a Netflix me fez um enorme favor e incluiu a 1ª temporada no seu catálogo. Não poderiam ter feito minha criança interior mais feliz!




10) Johnny Quest
Lembro de assisti-lo aos sábados, pela manhã, na Rede Golpista de Televisão. Nada mais do que isso, infelizmente.




11) Ligeirinho
Assim como a famigerada Formiga Atômica, o assistia no programa da Vovó Mafalda.




12) Muppet Babies
Esses bebês tinham uma imaginação invejável. O fato de o rosto da babá nunca aparecer nem era percebido. Talvez meu episódio favorite seja aquele em o Scooter acaba ficando doente e todos decidem “viajar” através do seu umbigo para descobrir o porquê da doença.




13) O Fantástico Mundo de Bobby
Ah, esse já era esperado, né?! Afinal, de onde vocês acham que tirei a inspiração para nomear este blog? O Bobby tinha uma imaginação sem precedentes e ainda apresentava uma canções ótimas, como aquela das formas.






14) Os Herculoides
Infelizmente, não posso dizer muito sobre este desenho porque não me lembro. Foi um dos primeiros que sei ter assistido, também na era de ouro da extinta TV Manchete.




15) Os Impossíveis
Os caras, além de ter superpoderes, ainda tocam numa banda! Era um dos desenhos dos tempos áureos da TV Manchete. Eita saudade!




16) Pink e o Cérebro
Adorava a relação autoritária e “afetuosa” que eles tinham. Perseverança era a palavra de ordem.




17) Pole Position
Basta ouvir essa música para ficar com os olhos marejados. Acho que minha admiração por carros esportivos surgiu aqui. Tenho o tema principal como toque do meu celular e meus olhos ficam marejados toda vez que recebo uma ligação.




18) Rua dos Pombos
Como todas animações que eram exibidas pela TV Cultura, a Rua dos Pombos era muito educativa, mostrando o convívio corriqueiro de uma vizinhança.




19) Tom & Jerry
Tinha seus momentos. Principalmente os episódios mais antigos, como a caça pela Dicky Moe, a patinação na cozinha e a banda do Jerry.




20) Zeca e Joca
A prova de que bons desenhos não precisam, necessariamente, de diálogos. Muito inventivos, os dois amigos sempre tinham alguma ideia mirabolante para resolver um problema simples.








H ("Você consegue ouvir a música?")

quarta-feira, 24 de março de 2010

A vida que (não) quero


Talvez não exista nada mais comum (e irritante) do que o nosso constante autoquestionamento. Seja para o bem ou para o mal, mais cedo ou mais tarde, ele sempre está por lá, rondando sua consciência (e, às vezes, até seu subconsciente) atrás de algum traço de fraqueza para se alimentar.

No meu caso, excetuando o caso do meu nome, ele teve início nas cercanias dos 10 anos. A maldita da professora (na época, da 4a série) inventou de passar um questionário com perguntas do tipo “O que você quer ser quando crescer?”; “Qual seu maior sonho?”, e daí para pior. Um subjetivismo e particularidade de dar inveja a qualquer BBB. E, para piorar mais, ainda tínhamos que devolver assinado pelos pais. Ou seja, meus velhos teriam que ler a merda que eu iria escrever!

Eu, ingênuo demais, nem fazia ideia do que gostaria de ser. Por outro lado, sabia muito bem o que não queria: servir ao exército e seguir a profissão do meu pai. E foi isso que escrevi. Nem preciso dizer a porcaria que deu, né?! Aqui teve início a nossa épica e angustiante “guerra dos 8 anos”, que, por ser irrelevante ao tema desse post, deixarei maiores explicações para um próximo (se ele existir, lógico!).

Apesar de pouco elucidativo, essa passagem remete bem aquilo que quero dizer: algumas vezes, somos (forçadamente) compelidos a prerrogativas nada saudáveis. Pelo amor de Deus! Vocês hão de concordar comigo que 10 anos não é, nem de longe, a idade adequada para se começarem esses questionamentos existenciais.

Ao comparar minhas respostas com as dos demais colegas de classe, instintivamente, me senti como um alien; uma anomalia escrota, distinto (e no pior significado que o termo remete) de qualquer coisa viva que já habitou esse planeta. Mesmo assim, não me arrependo do que fiz. Graças a isso, não me tornei um vândalo, grafiteiro, drogado ou (e pior de todos!) pagodeiro.

Hoje, me considero normal (coisa que, por si só, já é muito genérico) justamente por não ter sido “comum”. Minha diferença foi desencadeada pelos autoquestionamentos que se sucederam ao citado no princípio do post. Comecei a não aceitar o geral, o mediano como regra básica para meu desenvolvimento. Eu até poderia não saber exatamente qual (ou quais) seriam os caminhos que gostaria de seguir a partir de um certo ponto. Mas, por outro lado, tinha bem claro qual eu nem tentaria seguir.

Posso não curtir muito o estágio em que minha vida se encontra agora (pois é, afinal, biblioteconomia não foi uma escolha). Porém, se estou assim, é porque o fiz sozinho. Minhas escolhas não foram influenciadas pelo gosto “da maioria”. Teria, realmente, seguido o rumo errado se soube o que fazer do meu futuro.

Mas, enfim, sapiência e arrogância nunca foram os verbetes mais consultados do meu dicionário.


H (walk my way)


* Imagem retirada daqui

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Uma verdade de cada vez - 2a parte


Não sou o tipo clássico de pessoa comunicativa que podemos encontrar em qualquer repartição e/ou escritório de telemarketing. Acho que isso deve ser um reflexo da pressão psicológica sofrida durante a minha infância problemática em questão ao fardo humilhante que meu pai se encarregou (brilhantemente!) de me conceder.

Claro”, alguns dirão, “é fácil jogar a culpa em algo que já se encontra fora de alcance. Uma típica atitude de fracassado!”. Não negarei que é realmente isso que me vem em mente quando repasso trechos nebulosos da minha primeira idade. Era uma criança retraída pelo simples fato de não querer para mim uma atenção que acabaria minguando ao ter que explicar o “que diabo de nome é esse?!” para todos que me olhavam com aquela cara zombeteira, misto de deboche e asco.

Sei que não será nenhuma novidade o que escreverei agora, mas, preciso dizer mesmo assim: infância é uma época boa para acumularmos traumas que nos perseguirão pelo restante de nossas vidas. E aqueles que nos cercam e, obviamente, já passaram por essa fase, ao invés de nos ajudar numa transição menos caótica, parecerem sentir prazer ao nos transmitir ainda mais ódio e decepção.

Às vezes, ficava com uma vergonha enorme de corrigir uma professora substituta (parida numa esquina e criada num beco qualquer!) que insistia em transformar meu nome numa paroxítona. Isso quando esses projetos rabiscados de analfabetas conseguiam pronunciá-lo!

Mal conseguia fazer novas amizades, sempre imaginando que tal intento vindo da outra pessoa só poderia ser uma tentativa futura de escárnio mais elaborado. Entregue a esse circuito fechado, foi instintivo transferir toda a responsabilidade por tal entrave na pessoa que, imaginava eu, era a verdadeira culpada: meu velho. Ao fim de cada nova discussão sobre o assunto, me sentia mais e mais afundado num poço de areia movediça, sem solução para uma crise que eu mesmo criei.

Coadjuvante da minha própria vida, me cerquei por grades, tornando-me recluso num mundo que eu não queria, mas precisei inventar para me manter sóbrio, porém, fora da realidade que não quis enfrentar. Arrebentar tais grades torna-se quase impossível quando se está do lado errado. Isso porque, inconscientemente, acabamos por nos entregar àquilo que nos parece ser destino, porém, não passa de um combinado de desânimo e frustração.

Esse marasmo só é interrompido quando surge um “carcereiro”, enviado exclusivamente para abrir sua cela e lhe mostrar que o real pode ser justo, basta apenas aceitá-la (a justiça) de bom agrado, convidando-a ao nosso convívio.

Hoje, superado tal trauma e aprendido com tamanho erro alheio, tenho comigo a convicção que, se me for concedido o direito de copiá-lo, farei o máximo para não repeti-lo. Assim, uma fase de bonança será poupada. Fraturas serão evitadas. Uma relação será bem vivida.


H (a diferença que faz bem)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

No meu tempo



Os ponteiros do relógio da vida, são sensacionais. Dos poucos 27 anos que tenho, vivi intensamente o suficiente para ter milhares de histórias. Não preguei o "paz e amor" dos hippies, mas, curti os Beattles; não participei da revolução da juventude de 1968, mas, colhi seus frutos de liberdade; não participei do "Diretas Já", mas, com 16 anos votei pela primeira vez. Vivi (e vivo) um mundo conquistado, mas, ainda cheio de preconceito. Lembrar é muito bom e lembro da minha pré-escola, do tênis Kichute (um misto de tênis com chuteira), do short vermelho e a camisa branca que minha mãe colocava. Já na terceira série, lembro da professora Brígida, a mais rígida professora daquela escola e de uma criança que virou anjo cedo Adeildo (in Memorian) que teve a chance de me dedurar uma falsificação de assinatura que fiz da minha mãe em um bilhete da escola. Briguei querendo ser o "Jaspion", chorei no filme "A História Sem Fim" quando o cavalo do Atraiú fica atolado na lama, quebrei a janela da igreja com estilingue (foi sem querer), me apaixonei e desapaixonei centenas de vezes na adolescência. Hoje, além das lembranças, tenho amigos que todas as vezes que nos encontramos não tem como não dizer "Você lembra...?"; é, nos ponteiros da vida não há tic tac, é um silêncio que quando você vai ver... já passou. Por falar em amigos, graças a um deles tenho o prazer de postar uma idéia, uma lembrança, uma saudade. Meu amigo master com o nome de herói grego: Agamenon. Meu amigo desde a pré-escola, que estudou com a professora Brígida junto comigo e que, com tantas, brincou de Jaspion. Obrigado pelo convite meu amigo.


* Imagem retirada daqui

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O melhor do enlatado japonês


Dia da TV. Não consegui encontrar a fonte, muito menos se é uma "comemoração" instituída nacional ou mundialmente. Só sei que está aqui escrito no calendário de mesa da empresa, então, vamos respeitar!

Como minha singela homenagem a uma das minhas babás preferidas, resolvi resgatar um rascunho de post que a muito estava guardado entre as minhas anotações. Lendo as pequenas notas informativas que coloquei junto desse rascunho, reparei na frase "deixar para postar numa data importante e pertinente". Bom, não vejo outra melhor! Então vamos a história:

Para quem nasceu entre 1980 e 1984, numa (agora) longínqua época fervilhante por democracia e direito ao voto direto, a televisão foi a primeira forma de contato com o mundo externo. Usada como diversão, distração e união entre a típica "família brasileira", esse meio de comunicação, desde que Assis Chateaubriand trouxe o primeiro para cá, sempre teve um quê de novidade misturado com desconfiança. Mas isso ficou mais no começo. Logo ela se tornou item indispensável nos lares do país. Novelas, noticiários, futebol. Tudo era motivo para se reunir pais e filhos na frente da telinha.

Aqui, abrirei um parêntese: não é minha intenção fazer um relato fidedigno, extensivo e chato sobre a televisão. Por isso, pulemos algumas décadas, partindo para um lado mais pessoal com relação ao assunto... entre as poucas redes de TV existentes no país no fim da década de 1970, a TV Tupi, uma das precursoras na transmissão nacional, não estava muito bem das pernas. Não demorou para que surgissem interessados na sua compra, afinal, seu poderio de transmissão era tão grande quanto a Rede Globo e a Record. Tornou-se uma questão política séria, só resolvida em meados de 1980, quando os empresários Senor Abravanel e Adolpho Bloch dividiram os direitos da TV Tupi, além da cassada TV Excelsior¹, fundando nos anos seguintes, respectivamente, o SBT e a Rede Manchete ².

A Rede Globo, até então muito limitada à faixa etária mais adulta, com suas novelas estereotipadas, viu seu reinado ameaçado com a enxurrada de programação infanto-juvenil promovida pelas duas teles novatas no decorrer dos 10 anos seguintes. Claro que elas não conseguiram vencer a toda poderosa, mas incomodaram bastante!

E é aqui que eu entro na história. Entre 1990 e 1993, como sempre estudei em períodos diferentes da minha irmã e meus pais trabalhavam fora, ficava sozinho em casa durante um bom tempo. A televisão era minha única companheira. A Rede Manchete, meu canal favorito. Na época, as séries dubladas japonesas eram uma febre! Assistia todas só para ter assunto com a molecada da escola. Assim, para comemorar esse dia da televisão, seguem algumas informações e as aberturas das cinco séries enlatadas nipônicas que mais se fizeram presentes na minha infância (informações tiradas daqui):

* Changeman - Temendo que a ameaça do rei Bazoo, do Império Gozma, chegasse à Terra, o sargento Yu Ibucky (Jun Fujimaki) - um alien que, disfarçado de humano, busca vingar a extinção de sua raça, inicia um rigoroso treinamento entre jovens militares que nem desconfiam o motivo do árduo regime. Durante um ataque das forças alienígenas, cinco pessoas lutam e resistem bravamente. O grupo é escolhido pela misteriosa Força Terrena, que emana sempre que a Terra está em perigo. O quinteto tem sus corpos envolvidos por uma luz e desenvolve poderes oriundos de animais lendários, formando o esquadrão Changeman. Teve 55 episódios para TV e dois filmes para cinema. Os longas permanecem inéditos no Brasil. De todos os seriados do gênero, este é até hoje, um dos mais populares no Japão.




* Cybercops - Num futuro próximo, em 1999 (a série foi produzida no biênio 1988-89), o esquadrão especial da polícia de Tóquio conhecido como ZAC (Zero Section Armed Constable ou Policiais Armados da Sessão Zero) cria o Cybercop, um grupo de policiais de elite com armaduras tecnológicas. Os Cybercops passam a combater a organização criminosa Destrap (Death Trap no original) liderada pelo computador Fuhrer, uma criação de Barão Kageyama, o verdadeiro líder do grupo.




* Jaspion - A saga de Jaspion se inicia quando o sábio Edin (Edgin, na versão original japonesa) encontra o garoto entre os destroços de uma nave na qual seus pais morreram juntos por causa de um acidente. Edin cria Jaspion por vários anos sabendo que este seria o guerreiro celestial encarregado de destruir o mal criado por Satan Goss. Teve 46 episódios.




* Jiraya - foi uma das séries japonesas de TV de maior sucesso dos anos 1980. Este tokusatsu de 50 capítulos foi produzido pela Toei Company e exibido no Japão pela TV Asahi entre 24 de agosto de 1988 a 22 de janeiro de 1989. Veio ao Brasil em 1989 trazido pela falida Top Tape e exibido pela Rede Manchete; foi exibido até novembro de 1999 pela RedeTV!




* Kamen Rider (Black) - Oitava geração dos Kamen Rider, o Black foi a primeira série da franquia a ser transmitida no Brasil. A série foi produzida pela Toei Company e Ishinomori Productions, sendo exibida originalmente no Japão na TV Asahi entre 4 de outubro de 1987 e 9 de outubro de 1988. É sem dúvida alguma um verdadeiro clássico do mundo tokusatsu, fazendo enorme sucesso não só no Japão, mas em todos os outros países que foi transmitido.




¹ Para saber mais sobre a TV Excelsior, indico esse livro: MOYA, Álvaro de. Glória in Excelsior: ascensão, apogeu e queda do maior sucesso da televisão brasileira. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2004.

² E, para os cinéfilos que gostariam de saber um pouco mais sobre a história da televisão no Brasil, assistam "Muito além do Cidadão Kane", um documentário produzido pela BBC de Londres que teve sua exibição e comercialização proibida no país pela própria Rede Globo.

H (Que saudade bateu agora! Volta, Manchete!)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Criança não mais


Hoje, enquanto estava parado num trânsito totalmente atípico na Paulista, observei uma mulher que arrastava pela mão o filho que, apesar da baixa estatura, tinha uma mochila onde caberiam todos os volumes da Biblioteca Nacional. Enquanto observava essa cena, comecei a refletir (não sei explicar direito porquê) quando eu deixei de ser criança.

Deixar de ser criança vai além de conseguir finalmente ultrapassar a barreira dos 12 anos. É muito mais do que parar de brincar de carrinho, ficar na frente da TV assistindo desenho após desenho, fazer seus próprios rabiscos numa folha para depois ouvir sua mãe dizer que você é um artista.

Claro que deixar a infância para trás é um evento fisiológico também. Mas, acho que, especificamente no meu caso, foi mais uma revolução mental. Novas idéias aflorando para, assim, ajudar a substituir hábitos e maneiras de agir.

Porém, o que desencadeou essas idéias? Quando foi que o “Hzinho” ficou para trás, dando lugar para o “Hborrecente” (rs)? Será que foi a queda do muro de Berlim? Não, eu não era tão antenado assim. Logo, também posso descartar o fim da União Soviética e a Guerra do Golfo. Será que foi alguma conquista esportista? O Tetra do futebol!? Não. Só gostava porque a família toda se reunia, mas não significou nada para minha infância. Algum aniversário? Não. Algum marco escolar? Não.

Acho que o fato que realmente me fez crescer mentalmente a ponto de deixar de ser criança foi, num dia qualquer de setembro de 1995, quando a mãe de um amigo (que tinha acabado de conhecer quando nos mudamos para Leme), que era professora de história e, depois de ver minha revolta contra meu nome, me emprestou um livro sobre mitologia e história gregas. Ainda me lembro das palavras dela: “quando você terminar de ler esse livro, você vai entender que, seu pai pode até ter agido precipitadamente quando escolheu o seu nome, mas o seu nome não é um nome qualquer... ele tem uma história.”

Infelizmente, não me recordo o nome dela (acho que era Dona Regina, sei lá!). Contudo, uma coisa é certa: ela tinha toda a razão. Mas esse tema sobre as crises que tive com relação ao meu nome fica para um outro post. Em breve.


H (envelhecendo)