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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Ao Mestre, com carinho


Sarau da Biblio - 2012


Não sei exatamente quando o conheci. Talvez numa Quinta & Breja, no distante ano de 2010. Talvez antes. Colegas e conhecidos em comum tínhamos aos montes. Apesar de convivermos num departamento pequeno na faculdade, naquela época, sempre era mais fácil encontrar o pessoal na prainha da ECA.



Hoje, eu sinto muito por isso. Não estava passando pelo melhor dos meus momentos e, além disso, torcia para conseguir sair o quanto antes daquele lugar.



Quando realmente posso dizer que conheci o Saladino, foi numa viagem para o EREBD Sul, em Londrina/2011. Três semanas depois da minha colação de grau, tinha decidido encerrar o ciclo por ali participando dessa viagem de quase 8 horas com desconhecidos e entusiastas do curso.



Na nossa primeira noite por lá, enquanto todos se aprontavam para uma das várias festas noturnas que teríamos, ficamos nós dois terminando um litrão. Ali, naqueles poucos minutos, percebi o quão humano ele era. Num dado momento, depois de muita conversa, ele me apontou o dedo em riste e disse “grandes coisas ainda acontecerão à você, se você se permitir.”



Mesmo brincalhão, ele tinha um lado conselheiro, amigo para com todos. Assim foi comigo, ali naquela mesa e pelos 4 anos seguintes. Sempre que nos encontrávamos, demonstrava uma preocupação legítima com meus assuntos pessoais e profissionais. Era mútuo. Logo, chamá-lo de Sal, Salada, Saladino ou qualquer outro termo variado era pouco. Luis Rodrigo, para mim, era (e sempre será) o Mestre!



Infelizmente, de 2016 para cá, perdemos o contato. A vida adulta nos compele a isso. Queria muito ter sido um veterano melhor, um amigo mais presente, alguém mais útil. Às vezes, acabamos dando importância para coisas que, mais tarde, percebemos que nem eram tão importantes assim. E eu sinto muito por isso, amigo!



Guardarei até o fim da minha sanidade seus conselhos e ensinamentos. O principal deles? Que a vida não lhe deve nada. Se você quer algo, se realmente almeja algo, cabe a você (e a você apenas) correr atrás desse algo.



Na minha opinião, esse era você: alguém que não esperava nada. Porque tinha (e sabia de) tudo que precisava; nem mais, nem menos. Um desbravador, um poeta, um amigo. Meu Mestre.


Biblio-churras - 2011



Obrigado por tudo

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Mórbido monólogo



Depois de passar 2 dias completos pensando apenas nela, decidi faltar ao trabalho e fazer algo de mais útil no último feriado: fui ao seu encontro. E, a palavra que melhor pode defini-lo é “estranho”.

Foi estranho revê-la sem contar com sua presença física. Foi estranho ler seu nome, acocorar-me diante dele e refletir sobre o que dizer. Talvez não devesse dizer nada. Não sei se meu silêncio faria alguma diferença. Para ela, certamente não faria. Mas desabafar foi crucial para mim.

Fiquei ali, aos seus pés, por mais de duas horas, relatando tudo que julguei relevante. Pessoas me circundavam o tempo todo, algumas estavam absortas em seus próprios pensamentos; outras, curiosas à distância; haviam alguns fantasmas também. Mas esses surgiam e morriam conforme as frases atravessavam minha boca e pegavam carona na suave brisa linense.

Tive inúmeros instantes de silêncio constrangedor até perceber que minha teatralidade não passava de um monólogo. Uma morbidez inspirada por outrem. Não estou acostumado com isso. Sempre, em nossas conversas, fiz o papel de bom ouvinte. Porém, desta vez, o roteiro me pertencia. Logo, cabia a mim fazer a escolha certa de palavras. Ou não.

Nosso encontro (que nunca chamarei de visita) rendeu muito. Claro que não me senti aliviado como pessoas próximas me afirmaram que me sentiria. Contudo, relembrar momentos passados juntos me rendeu alguns risos sinceros e uma recordação musical das mais inusitadas: canções das quais tenho vergonha de dizer que gosto. Sinto-me envergonhado ao relembra-las, principalmente, por retratarem momentos embaraçosos que passamos juntos. E por serem artistas dos quais nunca nutri a menor fração de admirador. Essa é e sempre será ela: alguém que me inspira e vexa, mesmo ausente fisicamente.

Mas antes de enumera-las (o que ficará, devido ao tamanho deste, para um próximo post), acho essencial abrir aqui um parêntese para falar diretamente com ela: fiz uma visita rápida aos seus pais. Eles continuam como da última vez que os vi. Como imaginei, talvez pelo sofrimento ainda recente, evitaram mencionar seu nome. Certamente, já sabiam o motivo da minha aparição repentina. Seu pai me ofereceu café e se mostrou interessado pelo meu trabalho. Sua mãe me acompanhou até o portão da casa, deu-me um beijo na bochecha e sussurrou um “obrigada por ter vindo”. Prometi ligar quando terminasse a jornada de volta. Por uma boa causa, quebrei minha promessa. E estou prestes a quebra a outra que lhe fiz.


H (Gélido)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Grazie...


Como faço desde 2007, esse meu Natal foi um dia de silêncio. Não uma meditação espiritual ou com qualquer ligação religiosa. Não. Apenas um momento de reflexão pelo ano que passou.

Pois é.. logo eu que, alguns post atrás disse (ou escrevi, sei lá! rs) não acreditar nessa "mística" pausa. Envelhecer realmente não pode fazer bem para ninguém.. rsrs

Bom, não será agora que transcreverei minha retrospectiva e avaliação do ano. Este é apenas meu post agradecimento a todas as pessoas com as quais convivi nesses últimos 365 dias. Conversas, discussões, e-mails, fotos, olhares, momentos, experiências.. enfim, sou grato a todos e todas (sem exceções).

Sei que a música a seguir é por demais brega, mas representa muito bem esse agradecimento.





H (speciale)


* Imagem retirada daqui

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"Prazer, Agamenon... conselheiro amoroso"


Essa bem que poderia ser a minha frase de apresentação ultimamente. Não sei bem o porquê, mas parece que, de uma hora para outra, assumi o personagem do Will Smith naquele filminho água-com-açúcar e ando distribuindo alguns conselhos bem duvidosos para alguns dos meus amigos.

Sei que parece bastante forçado. Acreditem, até eu, quando paro para refletir sobre, acho toda a situação bem improvável. Mas é verdade, e explicarei quais podem ser os motivos.

A grande maioria dos meus amigos (fora os da faculdade) encontra-se, nesse exato momento, com uma corrente presa aos pés puxando-os para um obscuro poço sem fundo. Resumindo, estão casados! Eu sei, a sanidade nunca foi a mais marcante e confiante de suas características. Porém, sempre alimentei a esperança de que eles, um dia, conseguiriam se libertar de tal embuste do forçado convívio social.

E não é que o tão almejado dia chegou! Bom, claro que não para todos. Mas já fico feliz pelos que estão conseguindo se desvincilhar dessa amarra. Contudo, aquela sanidade, necessária para que o erro não seja repetido, parece ter ficado no citado poço. É uma pena que o tempo excessivo de exposição a essa "cadeia" tenha-os impregnado com essa noção sofrida de vida a dois.

Um deles, alguns dias atrás, me perguntou porque, mesmo eu tendo passado por tantos namoros e quase nunca estar "sozinho", ainda sim sou tão avesso a ideia de casamento, do "happily ever". Eu não quis dar lição de moral, mas tive que falar: tenho certeza que você já se sentiu sozinho mesmo com sua esposa do lado. Pois bem, eu me sinto assim 90% do tempo.

Dei algumas outras explicações que, por enquanto, não compete escrevê-las por aqui. Entretanto, mesmo depois da minha "aula" sobre solteirice, os demais que estavam ouvindo a conversa (e que são separados) fizeram questão de me pedir algumas dicas para voltar a "ativa" (desculpa Éder, mas foi hilário! rsrs). O que eu poderia dizer?! Estava cercado por chacais! Eu poderia até relacionar alguns passos infalíveis.

Porém, a única coisa que disse foi: "sabe o que vocês realmente precisam?!" "O quê, o quê??" "Beber mais cerveja e me pagarem o que devem, porque eu tenho um Straight Flush, baby!!!"


H (não é problema meu!)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dia da saudade



Hoje, dia de finados, longe de ser considerado uma comemoração, para mim é um dia de reflexão, de recordação, dedicado a todos aqueles com quem tive o privilégio da convivência, porém, que por uma fatalidade qualquer, deixaram de existir fisicamente para co-existirem em outro lugar, além de viverem em nossas lembranças.

A primeira vez que fui "convidado" pela D. Morte a sentir falta de alguém foi aos 9 anos. Alguns colegas da escola foram até a minha casa e disseram que um amigo com o qual, quase sempre, voltava para casa, havia morrido num acidente, justamente quando esse voltava da escola.

Eu não sei quanto a vocês, mas, nessa idade, não tinha a mínima noção do que a palavra "morte" significava. Meus pais, reparando que eu não demonstrava estar nem um pouco chocado, resolveram conversar comigo naquele dia sobre isso. Na segunda-feira (tudo aconteceu na sexta anterior), na primeira aula após o ocorrido, fomos todos a escola, porém, a professora resolveu discutir com os alunos o que havia acontecido. Pude perceber nos olhos da professora a emoção que lhe surgiu ao ler o nome desse amigo na lista de chamada.

Ao mudar de cidade, de 1995 a 2001, topei com a D. Morte mais 13 vezes, perdendo familiares (minha bisavó em 1995 e meu avô em 2001) e amigos (inclusive o Michel, em 2001).

Sei que, chamando-a assim de "D. Morte", pode parecer que a considero, que a respeito. Mas não chega a tanto. Apenas sei da sua existência e a julgo merecedora de certa formalidade, nada mais.

Meu avô me disse, certa vez, que o ato de sentimos saudades de alguém denota o quão importante aquela pessoa foi para a nossa formação. Em outras palavras, saudade é sinal da influência do outro em nós.

Por isso mesmo, dedico esse post a todos aqueles que passaram pela minha vida, deixando marcas através de ensinamentos, sorrisos e trejeitos, linguajares e, principalmente, sentimentos. Um dia, espero encontrá-los. Mas, hoje não. Ainda não.

"Por dentro do peito, aqui no lugar onde resguardo meu valente pulsante, sou como uma miscelânea humana, como um Frankenstein [...], sou grato a cada um de vocês porque, se sou o que sou hoje, é devido ao pedaço de cada um de vocês que carrego nesse mesmo peito." [M. F.]


H (It's complicated)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Bicho-babão



Não pode haver nada mais bobo nesse mundo (não estou falando desse "fantástico" mundo em particular, mas no geral!) do que um pai de primeira viagem. Claro que eu não falo por conhecimento próprio, mas por visões alheias.

Ao todo, tenho 12 “sobrinhos” (filhos dos meus amigos). E tive o privilégio de acompanhar de perto o nascimento de dois deles (Tamires e Pedro Henrique). Talvez, seja o motivo de serem esses os meus favoritos! (brincadeira, crianças! E parem de ler o blog do tio H.. não é o tipo de leitura indicada para vocês! rs).

Sério agora: nos dois casos em que pude presenciar tal acontecimento, consegui perceber, nitidamente, a emoção que é essa dádiva de ser “pai”: as longas horas de espera, regadas a muita angústia e apreensão; o deslumbramento ao ouvir o primeiro choro do bebê; o choro de alívio ao perceber que tudo está bem; os instantes quase intermináveis na frente do berçário, tentando reconhecê-lo entre vários outros... etc.

É um sentimento incrível. Não chega a beirar a alegria (já que, como já disse aqui, ela não existe em sua totalidade). Porém, é uma sensação que mistura superioridade e temor, quando achamos que somos capazes de enfrentar tudo e a todos, derrotando monstros e fantasmas, exércitos e guerreiros solitários. E, ao mesmo tempo, medo do futuro, de como as coisas seguirão dali pra frente, tentando imaginar (e se prevenir) quais as dificuldades que surgirão.

Quando tinha 10 anos, tinha dois sonhos de “consumo” que adoraria ver realizados antes dos 30: o primeiro era conseguir entrar na USP (nessa época, biblio nem me passava pela cabeça), que consegui aos 21 anos; e, a outra, era ser pai. Ainda alimento esse sonho. Com um pouco menos de entusiasmo do que uma década e meia atrás, mas ainda o tenho como meta.

Às vezes, me convenço quase completamente que esse sonho por realizar é apenas uma tentativa de acertar onde (imagino) que meus pais erraram. Consertar os pequenos enganos e conseguir ser visto por uma "pessoinha" como o primeiro grande herói da sua vida. Aquele que pode ser o responsável por fazer de cada um de seus dias pequenas aventuras, repletas de conhecimento e momentos felizes... Nossa, só de pensar nisso tudo já sinto minha espinha gelada! rs

Bom, quero apenas com esse post, parabenizar os mais novos pais de plantão: Érica e Fábio que, no último dia 13, se tornaram um trio com a chegada do Fabinho. Tenho certeza que vocês serão pais incríveis.. mas, desejar um pouco de sorte nunca fez mal a ninguém, não é?! rsrs

H (reparem na cara de babão do Fábio! rs)

domingo, 11 de outubro de 2009

Momento poesia XXVIII



Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que 'normalidade' é uma ilusão imbecil e estéril.

(Oscar Wilde)


H (parabéns, BeKa!)
* Imagem retirada daqui

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O sucesso da minha alegria


Nem a "Santa Ceia" original foi tão animada...

Victor Hugo, poeta ultra-romântico, num certo poema de sua autoria (e um dos meus favoritos!), deseja que "...você tenha amigos / que mesmo maus e inconsequentes / sejam corajosos e fiéis / e que, em pelo menos num deles, / você possa confiar, sem duvidar...".

Já Aristóteles, famoso filósofo grego, em seu livro “Ética a Nicômaco”, um verdadeiro receituário de profundas reflexões sobre a amizade, diz que a “amizade é uma virtude, e é a coisa mais necessária à vida. [...] Sem amigos ninguém escolheria viver, ainda que houvesse outros bens.”.

Por sua vez, Francis Bacon, filósofo e político inglês da virada dos séculos XVI e XVII, diz em seu livro “Essays” que “Sem amizade, uma multidão é só companhia, as caras não são mais do que uma galeria de retratos, e a conversa um simples tinido de címbalos.”.

Eu tenho por definição que a amizade é algo ambíguo, já que pode ser classificada como complexa e simples ao mesmo tempo. Complexa porque envolve afinidade entre seres (humanos, em sua maioria) que possuem distintas opiniões, pontos de vista, gostos etc., justamente porque são seres criados de maneiras diferentes; simples porque, exatamente por ocorrer entre seres complexos, esses mesmos também são passíveis de sociabilização, carentes por encontrar indivíduos parecidos, ansiando pelas mesmas necessidades, formando assim um grupo, uma comunidade, um povo.

Como já disse aqui várias vezes, trato meus amigos como irmãos, por um motivo que pode fugir a compreensão de todos, porém, bem fácil de se entender: eu adoraria ter mais irmãos! Mais velhos, para poderem me ensinar coisas que a vida me mostraria em pequenos (ou grandes) golpes; e, por que não, mais novos também, para eu poder ajudá-los nas horas mais difíceis e consolá-los quando a vida também lhes dessem umas cassetadas (e atormentar de vez em quando, claro! rs).

Sobrou até para o SAIMON!!!

Bom, disse tudo isso para ilustrar o que significou o "4o Encontro de Biblioamigos". Meu círculo de amizade é mínimo quando comparado com outros tantos. São poucos, porém muito valentes. Valentes por suportarem minha presença e aceitá-la de bom grado. Por aguentarem e-mails e mais e-mails meus "exigindo" tal encontro numa época tão conturbada de TCCs e decisões de temas.

O bem que foi me transferido desse encontro, renderá frutos por alguns meses... até uma próxima reunião, com certeza!


H (sou um espelho voltado aos meus amigos...)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

No meu tempo



Os ponteiros do relógio da vida, são sensacionais. Dos poucos 27 anos que tenho, vivi intensamente o suficiente para ter milhares de histórias. Não preguei o "paz e amor" dos hippies, mas, curti os Beattles; não participei da revolução da juventude de 1968, mas, colhi seus frutos de liberdade; não participei do "Diretas Já", mas, com 16 anos votei pela primeira vez. Vivi (e vivo) um mundo conquistado, mas, ainda cheio de preconceito. Lembrar é muito bom e lembro da minha pré-escola, do tênis Kichute (um misto de tênis com chuteira), do short vermelho e a camisa branca que minha mãe colocava. Já na terceira série, lembro da professora Brígida, a mais rígida professora daquela escola e de uma criança que virou anjo cedo Adeildo (in Memorian) que teve a chance de me dedurar uma falsificação de assinatura que fiz da minha mãe em um bilhete da escola. Briguei querendo ser o "Jaspion", chorei no filme "A História Sem Fim" quando o cavalo do Atraiú fica atolado na lama, quebrei a janela da igreja com estilingue (foi sem querer), me apaixonei e desapaixonei centenas de vezes na adolescência. Hoje, além das lembranças, tenho amigos que todas as vezes que nos encontramos não tem como não dizer "Você lembra...?"; é, nos ponteiros da vida não há tic tac, é um silêncio que quando você vai ver... já passou. Por falar em amigos, graças a um deles tenho o prazer de postar uma idéia, uma lembrança, uma saudade. Meu amigo master com o nome de herói grego: Agamenon. Meu amigo desde a pré-escola, que estudou com a professora Brígida junto comigo e que, com tantas, brincou de Jaspion. Obrigado pelo convite meu amigo.


* Imagem retirada daqui

sábado, 29 de agosto de 2009

Informe geral: o "mestre" e os "aprendizes"



Apesar de não concordar muito com as ideias que serão expostas aqui, durante o decorrer desse post, imagino que ele seria necessário, até para eu próprio acreditar no futuro reservado para esse "Mundo".

Quando comecei as atividades desse blog, 1 ano atrás, como já disse em outros momentos, nunca imaginei sequer que ele chegaria ao dia de hoje. Muito menos que eu seria tido como um "mestre" (não é a palavra exata, mas não consegui pensar em outra) para novos "blogueiros" (o termo exato seria criadores de blogs).

Não deve ser segredo para ninguém que sou "padrinho" do blog O Curioso Mundo do Cinema. Depois de meses e mais meses de especulações e tentativas frustradas de início, finalmente esses senhores colocaram-no em orbita no universo 2.0. Mas, antes, foram inúmeras consultas e perguntas para a minha pessoa, tido como mais experiente nesse assunto. Claro que não concordo, porém, não podia deixar de ajudá-los, ainda mais quando se vê nitidamente que eles nasceram para isso!

Contudo, parece que isso não era o bastante. Ontem, depois de 2 anos, volto a ver meu grande amigo de longínqua data. Conversa vai, conversa vem, entre recordações de nossas antigas disputas no "Master", lembrei-me que ele escreve tão bem quanto eu (uma comparação fula, já que mais do que nada é pouco! rs). Ele me disse que já tinha pensado em criar um blog e já tinha visto as minhas postagens de atualizações no Twitter.

Como vocês devem imaginar, o clique foi imediato! Convidei-o no mesmo instante para participar desse Mundo. Usá-lo como uma laboratório para um futuro projeto solo. Nem sei explicar ainda a alegria que senti ao ver que ele aceitou meu convite.

Pois é senhoras e senhores, o Fantástico Mundo do H agora será administrado por dois amigos. Isso resultará numa abrangência ainda mais diversificada de assuntos. Talvez até o nome do blog mude... será?! Bom, deixemos os devaneios de lado, pelo menos por enquanto, e demos boas vindas ao mais novo integrante do universo da blogosfera: senhor José Ricardo Moura!

Seja bem-vindo, brother!


H (nem dá para acreditar!)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Momento poesia XXIII


Em comemoração a esse dia alcunhado de "Dia do amigo" pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro, por sua vez inspirado pela "chegada" do homem a Lua (entre aspas porque há controversias!), trago um Momento Poesia especial com um dos poemas mais belos do inglês William Shakespeare:

Perguntei a um sábio...

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

(William Shakespeare)

Quero agradecer a todos aqueles que considero muito mais do que amigos, mas verdadeiros irmãos. Vocês (não citarei nomes, porque, com certeza, esquecerei de alguém! rs), seres especiais que me suportam tanto quanto eu próprio me suporto (rs). Posso ser baixinho, careca, barrigudo (aos poucos, está diminuindo! rs), "quatro olhos" e pobre.. mas riquíssimo de amigos.

E, para finalizar, uma das melhores definições que recebi hoje, de uma grande (e velhinha! rs) amiga que me mandou uma mensagem dizendo que "só suportamos aqueles de quem gostamos".

H ("Meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro")

terça-feira, 14 de julho de 2009

Toc, toc.. "quem bate?" É a amizade!


Amizade é uma coisa engraçada, né?! Quando você menos espera, ela pode aparecer e lhe surpreender de tal forma que deixaria qualquer romancezinho "emo" adolescente com lágrimas nos olhos.

Eu já comentei alguns meses atrás sobre isso, mas numa ocasião bem diferente dessa que vou relatar hoje.

Bom, por onde posso começar? Ah, já sei: no feriado prolongado (pelo menos, aqui em Sampa) recebi uma ligação de três amigos que estão morando no Rio de Janeiro. Estavam me convidando para curtir 3 dias na cidade maravilhosa. Inclusive, o Anima Mundi na sexta-feira. Poxa, fiquei mais que animado! A Bekinha, eu não via desde abril. Mas o Finete e o Platina (a dupla dinâmica! rs), já faz mais de 2 anos!

Porém, tudo que é bom, dura pouco, não é mesmo?! Pois é, infelizmente um problema pessoal, me impediu de viajar.

E, quando já estava conformado com a situação do meu final de semana, em pleno domingo, sozinho em casa, ouço a campainha tocar. Qual não foi a minha surpresa quando vejo, esperando debaixo daquela garoa, os três mosqueteiros cariocas! Quase não acreditei.. parando agora para pensar sobre, é que me vem a mente: devia ter tirado uma foto!

Apesar de não poderem ficar muito tempo, foi ótimo revê-los, saber que serei "tio" e padrinho de casamento "de novo"! Ontem, combinamos de dar um rolê pela "Sampa City in the night", encher a cara em algum barzinho e, lógico, dar muita risada.

Algumas horas atrás, fui com eles até a rodoviária do Tietê. Deu aquela vontade incontrolável de pedir "me leva junto, por favor!". Mas eu me contive. Retrocamos e-mails e fones. Prometemos manter maiores contatos. Voltei para casa me sentindo 9, 10 anos mais jovem.

No caminho, ouvindo minha playlist, também me lembrei de uma coisa que outra amiga (que já mencionei aqui) me disse certa vez: "Felicidade? Já deixei de acreditar há muito tempo. [...] Hoje, eu acredito em momentos felizes." É.. acabei de vivenciar um.

"Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos." [Elmer G. Letterman]

H (quero férias mais uma vez!)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Reflexões sobre uma amizade sincera..


Não tenho motivo nenhum para mentir e/ou me iludir: jáfui porteiro de prédio residencial. Com muito orgulho, diga-se de passagem. Durante três anos! Adorava aquele ambiente. Lembro-me até hoje como foram aqueles primeiros meses. Uma delícia! Tudo era novidade para mim. E, mesmo assim, parecia que eu tinha nascido para aquilo, tamanha era a facilidade para com tudo.

Lá, naquele lugar mágico, cresci como ser humano de tal maneira difícil de imaginar em qualquer outro ambiente. Fiz amizades sinceras e aprendi coisas que convivem com o meu mundo até os dias de hoje.

Pois bem. Hoje, como estou puto da vida com essa merda de PC que resolveu travar de vez (na verdade, foi o Windows que travou e estou tendo que me adaptar ao Linux), resolvi fazer uma visita que há muito tempo devia para uma dessas pessoas que só de estar ao lado já te enchem de inspiração.

Como foi bom revê-la, bem como tantas vezes desejei que ela ficasse. Rir das mesmas coisas que ríamos anos atrás. Relembrar fatos e personagens. Brincar com a imaginação, prevendo um mundo feliz sem isso e/ou aquilo outro.

Na minha atual fase melancólica, serviu de paraquedas, adiando um pouco mais a minha viagem rumo o fundo do poço (seria cômico, se não fosse trágico!).

Despedi-me dela com aquele comichão no peito, uma vontade louca de poder voltar no tempo, de ter novamente 22 anos, entrar como se fosse a primeira vez por aqueles portões para, só agora me dando conta, me divertir ao invés de trabalhar. Tive sorte de estar chovendo, assim, não precisei me preocupar com lágrima nenhuma para enxugar.

Uma das suas frases durante a nossa conversa, me inspirou de tal forma que, assim que refletir melhor, escrevei um post sobre ela. Da maneira mais pura que assim merecer. Mas isso, fica para depois..


H (vende-se 4 anos de tristezas.. aceito VT e VR.. rs)

domingo, 26 de abril de 2009

Coincidências


Como diz a música do Cidade Negra / Lulu Santos: "Sábado à noite, tudo pode mudar... no sábado à noite". O meu foi bem assim, uma mudança. Nos dias de hoje, é cada vez mais difícil conseguir juntar a galera (o pessoal mais chegado, excluindo aqueles da faculdade e/ou do trabalho) para sair, colocar o papo em dia, encher a cara (entre outras coisas, que não veem ao caso agora! rs).

Eu já dava meu sábado por encerrado quando, como diria Vinícius, "de repente, não mais que de repente", uma amiga minha que mora no Rio, me liga dizendo que está na cidade e quer reunir todos. TODOS!!! Eu tive que rir na hora, porque, como disse para ela, era mais fácil o Lula renunciar (ela adora o Lula!) do que aquilo acontecer. Bom, depois de me xingar bastante, e eu concordar com a maior parte do que ela me disse, resolvemos dividir uma "lista mental" com os nomes do pessoal e ligar para todos. Para encurtar, conseguimos e fomos no mesmo barzinho que por inúmeras vezes fizemos de QG. Foi muito bom (re)vê-los, saber que deixaram esposas (e maridos), filhos, pais, namoradas (os), cachorro, gato, papagaio, enfim, todas as preocupações de lado para comparecerem naquela reunião. Não me divertia assim há anos!

Mas o porque desse post se deve a um papo que surgiu lá pelas altas da madruga. Comecei a falar sobre a minha sexta-feira, digamos, incomum: por três vezes, coincidências ocorreram durante o dia. Primeiro foi uma palavra que estava pensando enquanto ia para o trabalho, e depois vi a mesma palavra escrita na capa do livro que a moça ao lado estava lendo.. Depois, no ponto de ônibus, já indo para a USP, começo a pensar numa música; e, qual não foi minha surpresa quando um carro passou pela Paulista, "explodindo" pelos alto-falantes justamente aquela música! E, por último, já dentro do busão, vejo uma menina que me faz lembrar de uma pessoa muito querida com quem não falo há muito tempo. Nem preciso dizer que número apareceu no meu celular logo em seguida, né!?

Assim que terminei, duas amigas começaram a defender suas respectivas ideias sobre isso: uma disse que "coincidências acontecem por acaso", não existindo nada de místico ou sobrenatural que possa explicá-las. Já a outra, indignada, defendeu que "coincidências são o resultado de nossa força interna de atração", tudo que é desejado com "vontade verdadeira" pode se tornar real, daí o seu acontecimento quase instantâneo. Todos ficamos calados por algum tempo, pensando sobre tudo isso. Sabe para onde a conversa rumou? "Então, um brinde.. que finalmente o joelho do Ronaldinho exploda amanhã!". Saúde!!! rsrs


H (revigorado)