Depois de alguns dias de férias em Curitiba (que logo, merecerá um post!), aqui estou de volta para a realidade desmedida dessa cidade. Pois bem, deixando isso de lado por enquanto, fecho o ano postando uma das minhas poesias favoritas, que foi inspirada no poema "Psicologia de um vencido", do magnífico Augusto dos Anjos:
Consciente Plágio*
Eu, irmão do desespero e da agonia
Pai do vento e de cada instante
Sofro, desde o derradeiro dia,
O mal da flecha alucinante.
Um mal feito de veneno e alegria,
Uma mistura que me deixa delirante,
E me faz com que sorria
A cada momento certo e errante.
Logo o coração – esse bruto coração –
Foi enganar-me tão certamente,
Uma traição que odeio e gosto ...
Pois se for para sofrer, que seja paixão;
Se for para trair, que não seja aparente,
Esse sentimento que é o Amor, isso eu aposto!
Eu, irmão do desespero e da agonia
Pai do vento e de cada instante
Sofro, desde o derradeiro dia,
O mal da flecha alucinante.
Um mal feito de veneno e alegria,
Uma mistura que me deixa delirante,
E me faz com que sorria
A cada momento certo e errante.
Logo o coração – esse bruto coração –
Foi enganar-me tão certamente,
Uma traição que odeio e gosto ...
Pois se for para sofrer, que seja paixão;
Se for para trair, que não seja aparente,
Esse sentimento que é o Amor, isso eu aposto!
* Escrita em 14/06/2000.
Feliz Ano-Novo a todos. Degustem com parcimônia tudo que esse dia pode, deve e irá (ou não) significar e proporcionar... Nos vemos em 2009.
H (mais torrado que amendoim! rs)