Pois é. Nunca imaginei que conseguiria chegar até esse ponto. Centésimo post! Quem diria.. E para celebrar tal feito, por que não falar sobre uma pessoa de quem sou fã desde minhas sessões diárias de "Sessão da Tarde" e/ou "Cinema em Casa"? Alguém capaz de captar a essência dos sonhos e transformá-la em trilhas memoráveis, marcantes em vários momentos da minha simplória vida. Mas, deixemos de enrolar e vamos a ele:
Desde os anos 60, há um compositor cuja música não sai da cabeça dos amantes de trilhas sonoras. Sejam os temas televisivos de “Perdidos no Espaço”, “Túnel do Tempo” ou “Terra de Gigantes”; a cadência ameaçadora de “Tubarão”; as harmonias de “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” ou ainda as épicas marchas de “Guerra nas Estrelas” e “Indiana Jones” (dentre os mais de 80 filmes e programas de TV para os quais compôs), a música de John Williams, muito imitada, mas nunca igualada, possui tanto impacto quanto as imagens que surgem na tela. O homem parece ter o toque mágico para compor a música perfeita, e isso pode ser comprovado imaginando-se como seriam os filmes citados sem sua trilha musical. Johnny Towner Williams nasceu em Long Island, Nova York, em 8 de fevereiro de 1932. Filho de um músico da orquestra da CBS, aos 18 anos já era um talentoso estudante da Julliard School of Music, tendo inclusive composto seu primeiro concerto para piano. Originalmente tencionando ser reconhecido como músico clássico, John mudou-se em 1955 para a Califórnia, onde posteriormente começou sua carreira no cinema. Sob contrato na 20th Century Fox, tocou piano sob a batuta de mestres como Alfred Newman, Dmitri Tiomkin e Bernard Herrmann, até conseguir um contrato de dois anos na Columbia Pictures, onde trabalhou na orquestração de diversos filmes, dentre os quais se destaca “Os Canhões de Navarone”. Williams logo começou sua carreira de compositor, inicialmente em comédias não muito memoráveis, mas que serviram para aprimorar a sua técnica.
A filmografia de Williams é extensa, tendo ganhado inúmeros Emmys, Grammys e recebido mais de 40 indicações para o Oscar, conquistando o prêmio maior da Academia 5 vezes (“Um Violinista no Telhado”, “Tubarão”, “Guerra nas Estrelas”, “E.T.” e “A Lista de Schindler”). Em sua brilhante carreira destaca-se o prolífico período que vai de 1975 a 1983, quando o maestro compôs, entre outras trilhas, a música dos clássicos de Steven Spielberg e George Lucas, como os já mencionados “Tubarão”, “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” e “E.T.”, além da primeira trilogia de “Guerra nas Estrelas” (“Uma Nova Esperança”, “O Império Contra-Ataca” e “O Retorno de Jedi”).
Ao longo dos anos 80, Williams continuou a compor partituras de qualidade como “O Império do Sol”, de Spielberg, e da trilogia “Indiana Jones”. Na década de 90, o compositor diminuiu seu ritmo de trabalho, limitando-se a filmes de Spielberg (“Jurassic Park”, “A Lista de Schindler”, “Amistad”) e a poucos projetos de diretores renomados, como “Nixon”, de Oliver Stone, e “Sabrina”, de Sidney Pollack. Contudo, a partir de 1999 o compositor parece ter ingressado em um novo ciclo de sua carreira, que teve início com o retorno ao universo de “Guerra nas Estrelas” em “Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma”, seguindo com “As Cinzas de Ângela” e “O Patriota”, ambos indicados para o Oscar. Já em pleno século 21, Williams continua a nos fascinar com trabalhos superiores como “A. I. - Inteligência Artificial”, e “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Além dos novos trabalhos, várias de suas trilhas mais populares foram relançadas, em novas edições remasterizadas e expandidas, mantendo assim John Williams na condição de um dos compositores de cinema mais populares da história.
Além de sua colaboração para épicos de Irwin Allen, George Lucas e Steven Spielberg, o compositor forneceu memoráveis scores para filmes como “Os Cowboys”, “Nascido a 4 de Julho”, “JFK”, “Um Sonho Distante”, “Esqueceram de Mim”, “Superman” e muitos outros. Hoje, Williams é o mais conhecido compositor de cinema, colaborador permanente de Spielberg e um dos grandes nomes da música em geral, tendo assumido a batuta da Boston Pops Orchestra em 1980. Williams também recebeu um grande número de discos de Ouro e Platina, o que atesta a sua enorme popularidade.
Williams, Spielberg e Lucas: particularidades
Em “Tubarão”, para o qual criou o famoso tema de duas notas, Williams nos mostra quão efetiva pode ser uma trilha, paradoxalmente até mesmo pela ausência de música. Na seqüência da praia lotada de turistas, no feriado, todos os truques que Spielberg utiliza para anunciar o tubarão (movimentos de câmera, etc.) estão presentes, menos a música. Realmente a cena termina em um alarme falso, com duas crianças brincando com uma barbatana falsa. Mas algum tempo depois ouvimos o tema sinistro, e agora sabemos que a ameaça é real graças ao reaparecimento da música. Já as primeiras idéias sobre a música de “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” haviam sido discutidas por Williams e Spielberg ainda durante a produção de “Tubarão”. Sua base seria a canção de Pinóquio, "When You Wish Upon a Star", de modo a exprimir a fantasia e o encantamento infantis que a maior parte dos adultos abandona com o passar dos anos. “Contatos” teve grande parte da música composta antes mesmo de se realizarem as filmagens, com base apenas no roteiro e nos storyboards desenhados por Spielberg. O resultado, como todos sabem, foi uma obra-prima, que só não recebeu o Oscar daquele ano porque John Williams foi derrotado por um concorrente imbatível: ele mesmo, com “Guerra nas Estrelas”. Esta saga concebida por Lucas continha, em um ambiente de ficção científica tipo Flash Gordon, elementos dos antigos seriados e filmes de aventura, capa-e-espada, westerns e guerra, que ele tanto amara na infância e adolescência. E a música por certo refletia essa reciclagem de gêneros. Relembra Lucas que, expressando ao amigo Spielberg o tipo de música que queria para “Guerra nas Estrelas”, este lhe disse que sem dúvida o homem certo para o trabalho era o seu colaborador, Williams. Não devemos esquecer que eram os anos 70, época em que as grandes trilhas orquestrais da era de ouro de Hollywood haviam dado lugar à música pop, que era mais lucrativa para os estúdios.
Algumas de suas (fantásticas) composições:
* Um Violinista no Telhado (1971)
* Tubarão (1975)
* Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança (1977)
* Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977)
* Superman (1978)
* Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981)
* E.T. - O Extraterrestre (1982)
* De Volta Para o Futuro (1985)
* Nascido em 4 de Julho (1989)
* Esqueceram de Mim (1990)
* Hook - A Volta do Capitão Gancho (1991)
* O Parque dos Dinossauros (1993)
* A Lista de Schindler (1993)
* O Resgate do Soldado Ryan (1998)
* As Cinzas de Ângela (1999)
* O Patriota (2000)
* Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001)
* A.I. - Inteligência Artificial (2001)
* Minoriry Report - A Nova Lei (2002)
* Memórias de uma Gueixa (2005)
* Guerra dos Mundos (2005)
H (as antigas são as melhores!)
Desde os anos 60, há um compositor cuja música não sai da cabeça dos amantes de trilhas sonoras. Sejam os temas televisivos de “Perdidos no Espaço”, “Túnel do Tempo” ou “Terra de Gigantes”; a cadência ameaçadora de “Tubarão”; as harmonias de “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” ou ainda as épicas marchas de “Guerra nas Estrelas” e “Indiana Jones” (dentre os mais de 80 filmes e programas de TV para os quais compôs), a música de John Williams, muito imitada, mas nunca igualada, possui tanto impacto quanto as imagens que surgem na tela. O homem parece ter o toque mágico para compor a música perfeita, e isso pode ser comprovado imaginando-se como seriam os filmes citados sem sua trilha musical. Johnny Towner Williams nasceu em Long Island, Nova York, em 8 de fevereiro de 1932. Filho de um músico da orquestra da CBS, aos 18 anos já era um talentoso estudante da Julliard School of Music, tendo inclusive composto seu primeiro concerto para piano. Originalmente tencionando ser reconhecido como músico clássico, John mudou-se em 1955 para a Califórnia, onde posteriormente começou sua carreira no cinema. Sob contrato na 20th Century Fox, tocou piano sob a batuta de mestres como Alfred Newman, Dmitri Tiomkin e Bernard Herrmann, até conseguir um contrato de dois anos na Columbia Pictures, onde trabalhou na orquestração de diversos filmes, dentre os quais se destaca “Os Canhões de Navarone”. Williams logo começou sua carreira de compositor, inicialmente em comédias não muito memoráveis, mas que serviram para aprimorar a sua técnica.
A filmografia de Williams é extensa, tendo ganhado inúmeros Emmys, Grammys e recebido mais de 40 indicações para o Oscar, conquistando o prêmio maior da Academia 5 vezes (“Um Violinista no Telhado”, “Tubarão”, “Guerra nas Estrelas”, “E.T.” e “A Lista de Schindler”). Em sua brilhante carreira destaca-se o prolífico período que vai de 1975 a 1983, quando o maestro compôs, entre outras trilhas, a música dos clássicos de Steven Spielberg e George Lucas, como os já mencionados “Tubarão”, “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” e “E.T.”, além da primeira trilogia de “Guerra nas Estrelas” (“Uma Nova Esperança”, “O Império Contra-Ataca” e “O Retorno de Jedi”).
Ao longo dos anos 80, Williams continuou a compor partituras de qualidade como “O Império do Sol”, de Spielberg, e da trilogia “Indiana Jones”. Na década de 90, o compositor diminuiu seu ritmo de trabalho, limitando-se a filmes de Spielberg (“Jurassic Park”, “A Lista de Schindler”, “Amistad”) e a poucos projetos de diretores renomados, como “Nixon”, de Oliver Stone, e “Sabrina”, de Sidney Pollack. Contudo, a partir de 1999 o compositor parece ter ingressado em um novo ciclo de sua carreira, que teve início com o retorno ao universo de “Guerra nas Estrelas” em “Star Wars Episódio I: A Ameaça Fantasma”, seguindo com “As Cinzas de Ângela” e “O Patriota”, ambos indicados para o Oscar. Já em pleno século 21, Williams continua a nos fascinar com trabalhos superiores como “A. I. - Inteligência Artificial”, e “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Além dos novos trabalhos, várias de suas trilhas mais populares foram relançadas, em novas edições remasterizadas e expandidas, mantendo assim John Williams na condição de um dos compositores de cinema mais populares da história.
Além de sua colaboração para épicos de Irwin Allen, George Lucas e Steven Spielberg, o compositor forneceu memoráveis scores para filmes como “Os Cowboys”, “Nascido a 4 de Julho”, “JFK”, “Um Sonho Distante”, “Esqueceram de Mim”, “Superman” e muitos outros. Hoje, Williams é o mais conhecido compositor de cinema, colaborador permanente de Spielberg e um dos grandes nomes da música em geral, tendo assumido a batuta da Boston Pops Orchestra em 1980. Williams também recebeu um grande número de discos de Ouro e Platina, o que atesta a sua enorme popularidade.
Williams, Spielberg e Lucas: particularidades
Em “Tubarão”, para o qual criou o famoso tema de duas notas, Williams nos mostra quão efetiva pode ser uma trilha, paradoxalmente até mesmo pela ausência de música. Na seqüência da praia lotada de turistas, no feriado, todos os truques que Spielberg utiliza para anunciar o tubarão (movimentos de câmera, etc.) estão presentes, menos a música. Realmente a cena termina em um alarme falso, com duas crianças brincando com uma barbatana falsa. Mas algum tempo depois ouvimos o tema sinistro, e agora sabemos que a ameaça é real graças ao reaparecimento da música. Já as primeiras idéias sobre a música de “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” haviam sido discutidas por Williams e Spielberg ainda durante a produção de “Tubarão”. Sua base seria a canção de Pinóquio, "When You Wish Upon a Star", de modo a exprimir a fantasia e o encantamento infantis que a maior parte dos adultos abandona com o passar dos anos. “Contatos” teve grande parte da música composta antes mesmo de se realizarem as filmagens, com base apenas no roteiro e nos storyboards desenhados por Spielberg. O resultado, como todos sabem, foi uma obra-prima, que só não recebeu o Oscar daquele ano porque John Williams foi derrotado por um concorrente imbatível: ele mesmo, com “Guerra nas Estrelas”. Esta saga concebida por Lucas continha, em um ambiente de ficção científica tipo Flash Gordon, elementos dos antigos seriados e filmes de aventura, capa-e-espada, westerns e guerra, que ele tanto amara na infância e adolescência. E a música por certo refletia essa reciclagem de gêneros. Relembra Lucas que, expressando ao amigo Spielberg o tipo de música que queria para “Guerra nas Estrelas”, este lhe disse que sem dúvida o homem certo para o trabalho era o seu colaborador, Williams. Não devemos esquecer que eram os anos 70, época em que as grandes trilhas orquestrais da era de ouro de Hollywood haviam dado lugar à música pop, que era mais lucrativa para os estúdios.
Algumas de suas (fantásticas) composições:
* Um Violinista no Telhado (1971)
* Tubarão (1975)
* Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança (1977)
* Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977)
* Superman (1978)
* Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981)
* E.T. - O Extraterrestre (1982)
* De Volta Para o Futuro (1985)
* Nascido em 4 de Julho (1989)
* Esqueceram de Mim (1990)
* Hook - A Volta do Capitão Gancho (1991)
* O Parque dos Dinossauros (1993)
* A Lista de Schindler (1993)
* O Resgate do Soldado Ryan (1998)
* As Cinzas de Ângela (1999)
* O Patriota (2000)
* Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001)
* A.I. - Inteligência Artificial (2001)
* Minoriry Report - A Nova Lei (2002)
* Memórias de uma Gueixa (2005)
* Guerra dos Mundos (2005)
H (as antigas são as melhores!)
Um comentário:
Eeeee, parabéns pelo centésimo post! \o/
Gosto bastante do John Williams tb. "Alguém capaz de captar a essência dos sonhos e transformá-la em trilhas memoráveis". Acho que é bem isso mesmo.
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