''Eram os meus personagens que saíam atirando por aí. Eu pessoalmente nunca dei um tiro em ninguém''. [C. E.]
"Eu gosto do Clint Eastwood porque ele tem somente duas expressões faciais. Uma com o chapéu e outra sem ele." [Sérgio Leone]
Clinton Eastwood Jr. nasceu em São Francisco, Califórnia, em 31 de maio de 1930. Durante sua adolescência, morou em Piedmont, uma pequena cidade da Califórnia, e em 1949, realizou seu sonho de se formar na Universidade de Oakland. Após o término da faculdade, trabalhou como atendente em um posto de gasolina, foi bombeiro e tocou piano em um bar.
Sua carreira como ator começou ainda na década de 1950, fazendo pequenas aparições em filmes pequenos. Em 1958, ele conseguiu seu primeiro papel oficial no filme, "Ambush at Cimarron Pass", o qual considerou um filme muito fraco.No ano seguinte, ele trabalhou com James Garner em um episódio da série "Maverick". Após isso, Eastwood se dedicou somente a trabalhar na TV com a série de western "Rawhide", na qual interpretava o personagem Rowdy Yates (que Eastwood, na época, descreveu como "O idiota das Planícies").
Sua sorte mudou quando os produtores italianos Arrigo Colombo e Giorgio Papi viram naquele homem alto, magro e meio caladão o tipo ideal para estrelar ''Por um Punhado de Dólares'', filme que iria iniciar um novo gênero no cinema: o ''western spaghetti''. Também conhecido como bang-bang à italiana. Sob a direção de Sérgio Leone, Clint vestiu-se de preto e encarnou um pistoleiro solitário, um personagem sem nome que não pensava duas vezes para fazer justiça com as próprias pistolas. O sucesso foi tanto que ''Por um Punhado de Dólares'' teve mais duas continuações: ''Por um Punhado de Dólares a Mais'', em 1965, e ''Três Homens em Conflito'', de 1966.
Em pouquíssimo tempo, Clint chegou à condição de astro e voltou aos Estados Unidos para filmar muito: mais de 40 filmes na fase ''pós spaghetti''. Dentre vários papéis, posso destacar o durão policial-personagem Dirty Harry.
O que ninguém esperava era que Clint fosse se transformar no diretor extremamente sensível de hoje. Dirige muito bem dramas. Depois de fundar sua própria produtora, a Malpaso, como uma resposta direta a um famoso produtor de Hollywood que aconselhou Clint a nunca abrir uma empresa de cinema, começou a produzir seus próprios filmes e destacou-se por quase todos serem de orçamento baixo. Ao longo dos anos, desenvolveu relações com outros diretores e produtores. Clint prefere trabalhar sempre com a mesma equipe de produtores, editores e técnicos. Tem uma longa relação com a Warner Bros., estúdio que financia a maioria de seus filmes. Mesmo assim, em 2004, Eastwood declarou ao The New York Times que tem certa dificuldade para fazer a Warner aceitar alguns de seus projetos, como aconteceu com "Menina de Ouro".
Eastwood tem conquistado grandes elogios dos críticos como diretor. Nos últimos 20 anos, tem se mostrado o diretor mais versátil e atuante que existe. Desde "Bird", em 1988, até o ainda inédito "The Human Factor", marcado para estrear esse ano, Clint nos mostra que um bom filme não precisa ser baseado só em efeitos especiais ou orçamentos astronômicos. Bastar ter um bom roteiro, uma boa equipe e um vocabulário limitado a simples "ok", "ação" e "corta".
Com o mesmo estilo durão que o consagrou em seus westerns, Clint Eastwood é capaz de tirar de seus atores, em pouco menos de duas horas, choros e risos, lágrimas e sorrisos, interpretações sensíveis e vazias. A trilha sonora de seus filmes mais recentes é um capítulo à parte. Emocionante, muitas vezes inspiradas em seu grande ídolo, Ennio Morricone.
Alguns de seus filmes (como diretor!) que eu recomendo:
* O Cavaleiro Solitário (1985)
"Eu gosto do Clint Eastwood porque ele tem somente duas expressões faciais. Uma com o chapéu e outra sem ele." [Sérgio Leone]
Clinton Eastwood Jr. nasceu em São Francisco, Califórnia, em 31 de maio de 1930. Durante sua adolescência, morou em Piedmont, uma pequena cidade da Califórnia, e em 1949, realizou seu sonho de se formar na Universidade de Oakland. Após o término da faculdade, trabalhou como atendente em um posto de gasolina, foi bombeiro e tocou piano em um bar.
Sua carreira como ator começou ainda na década de 1950, fazendo pequenas aparições em filmes pequenos. Em 1958, ele conseguiu seu primeiro papel oficial no filme, "Ambush at Cimarron Pass", o qual considerou um filme muito fraco.No ano seguinte, ele trabalhou com James Garner em um episódio da série "Maverick". Após isso, Eastwood se dedicou somente a trabalhar na TV com a série de western "Rawhide", na qual interpretava o personagem Rowdy Yates (que Eastwood, na época, descreveu como "O idiota das Planícies").
Sua sorte mudou quando os produtores italianos Arrigo Colombo e Giorgio Papi viram naquele homem alto, magro e meio caladão o tipo ideal para estrelar ''Por um Punhado de Dólares'', filme que iria iniciar um novo gênero no cinema: o ''western spaghetti''. Também conhecido como bang-bang à italiana. Sob a direção de Sérgio Leone, Clint vestiu-se de preto e encarnou um pistoleiro solitário, um personagem sem nome que não pensava duas vezes para fazer justiça com as próprias pistolas. O sucesso foi tanto que ''Por um Punhado de Dólares'' teve mais duas continuações: ''Por um Punhado de Dólares a Mais'', em 1965, e ''Três Homens em Conflito'', de 1966.
Em pouquíssimo tempo, Clint chegou à condição de astro e voltou aos Estados Unidos para filmar muito: mais de 40 filmes na fase ''pós spaghetti''. Dentre vários papéis, posso destacar o durão policial-personagem Dirty Harry.
O que ninguém esperava era que Clint fosse se transformar no diretor extremamente sensível de hoje. Dirige muito bem dramas. Depois de fundar sua própria produtora, a Malpaso, como uma resposta direta a um famoso produtor de Hollywood que aconselhou Clint a nunca abrir uma empresa de cinema, começou a produzir seus próprios filmes e destacou-se por quase todos serem de orçamento baixo. Ao longo dos anos, desenvolveu relações com outros diretores e produtores. Clint prefere trabalhar sempre com a mesma equipe de produtores, editores e técnicos. Tem uma longa relação com a Warner Bros., estúdio que financia a maioria de seus filmes. Mesmo assim, em 2004, Eastwood declarou ao The New York Times que tem certa dificuldade para fazer a Warner aceitar alguns de seus projetos, como aconteceu com "Menina de Ouro".
Eastwood tem conquistado grandes elogios dos críticos como diretor. Nos últimos 20 anos, tem se mostrado o diretor mais versátil e atuante que existe. Desde "Bird", em 1988, até o ainda inédito "The Human Factor", marcado para estrear esse ano, Clint nos mostra que um bom filme não precisa ser baseado só em efeitos especiais ou orçamentos astronômicos. Bastar ter um bom roteiro, uma boa equipe e um vocabulário limitado a simples "ok", "ação" e "corta".
Com o mesmo estilo durão que o consagrou em seus westerns, Clint Eastwood é capaz de tirar de seus atores, em pouco menos de duas horas, choros e risos, lágrimas e sorrisos, interpretações sensíveis e vazias. A trilha sonora de seus filmes mais recentes é um capítulo à parte. Emocionante, muitas vezes inspiradas em seu grande ídolo, Ennio Morricone.
Alguns de seus filmes (como diretor!) que eu recomendo:
* O Cavaleiro Solitário (1985)
* Bird (1988)
* Os Imperdoáveis (1992)
* Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal (1997)
* Sobre Meninos e Lobos (2003)
* Menina de Ouro (2004)
* Cartas de Iwo Jima (2006)
* Gran Torino (2008)
H ("Vá em frente, faça meu dia!" [C. E. como Dirty Harry, no filme Impacto Fulminante])
Um comentário:
O que mais posso dizer sobre esta matéria, senão que é uma verdadeira homenagem ao venerável Clint! Este cara conquistou quase todos os gêneros, mostrando-se um grande diretor, mas ao mesmo tempo marcando a nossa época como verdadeiro homem durão, que nada teme, deixando qualquer Hugh Jackman e vin Diesel nas fraldas.
A matéria está sintética, mas clara e agradável. É isso aí!
Postar um comentário