sexta-feira, 17 de abril de 2009

Compositores - Nino Rota


Certa vez, o cineasta Federico Fellini afirmou: "o colaborador mais valioso de todos era Nino Rota. Entre nós estabeleceu-se uma integração total desde "Abismo de Um Sonho". Nossa integração foi interessante: eu tinha decidido ser diretor, e Nino era uma premissa para que continuasse a sê-lo. Tinha uma imaginação geométrica, uma visão musical das esferas celestes, para quem no havia necessidade de ver as imagens de meus filmes”.

Nino Rota nasceu em Milão, em dezembro de 1911, no seio de uma famlia de músicos. Foi inicialmente estudante da Orefice e Pizzetti. Ainda criança, mudou-se para Roma onde terminou os seus estudos no conservatório de Santa Cecília, em 1929, com Alfredo Casella. Mostrou-se um 'enfant prodige' quando, aos onze anos, compôs um oratório intitulado "A Infância de São João Batista".

De 1930 a 1932, Nino Rota viveu nos Estados Unidos. Ganhou uma bolsa de estudo no Curtis Institute of Philadelphia onde frequentou as aulas de composição de Rosario Scalero e as aulas de orquestra dadas por Fritz Reiner. Logo regressou a Itália onde se licenciou em literatura na Universidade de Milão. Em 1937, iniciou a sua carreira docente que o levou à direção do conservatório de Bari, um título que manteve de 1950 até seu falecimento.

A sua entrada para o cinema se deu a partir da década de 1940, coincidindo com um período de grande efervescência cinematográfica através do movimento conhecido mundialmente como neo-realismo. Além de Federico Fellini, Nino Rota trabalhou com outros importantes nomes do cinema, tais como: Renato Castellani, Luchino Visconti, Franco Zeffirelli, Mario Monicelli, King Vidor, Ren Clement, Edward Dmytrik e Eduardo de Filippo. Mas, seu trabalho mais conhecido, foi em colaboração com Francis Ford Coppola e seu pai, Carmine Coppola. Conforme a lenda, depois de inúmeras tentativas frustradas de contato, Francis Ford Coppola foi pessoalmente até a Itália, em 1972, convidá-lo para compor a música de “O Poderoso Chefão”. Quando soube dos detalhes do projeto, Nino Rota aceitou o desafio na hora. A sequência do filme rendeu ao compositor seu único Oscar, em 1974.

O ritmo da música de Rota tem a capacidade de tocar a nossa alma, enquanto tempera imagens memoráveis. Mesmo que determinadas produções não tivessem a capacidade para impressionar o público, sua música marcava presença de forma discreta, mas profundamente envolvente. Ele fazia questão de rotular sua música de marginal, mas ela tinha uma funcionalidade rigorosamente impressionante. Nino Rota morreu em Roma, em 10 de abril de 1979.
Algumas de suas composições:

* A Doce Vida (1960)
* Fellini 8 1/2 (1963)
* Amarcord (1973)


H (Só falta um! Quem será?)

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