Como é bom voltar ao trabalho! Ver aquelas carinhas sorridentes e simpáticas de todos os dias, sempre dispostas a dar aquele famigerado tapinha nas costas e emendar um papo muito produtivo que, nessa ocasião em especial, quase sempre começa com a pergunta "E daí, como foram as férias?"
Ironias (e brincadeiras) à parte, até porque esse post não se dedicará a dissertar sobre minha volta triunfante ao reduto poluído e gélido da Avenida Paulista, comecemos a história por onde devemos: no Twitter.
Durante a semana, só tenho acesso a famosa rede de microblogs no meu horário de almoço. E, como todos os dias, lá estava eu tentando me atualizar diante da imensidão de mensagem postadas (ou melhor, "tuitadas") pelos meus "followings", quando me deparo com uma da caríssima companheira Apocrypha, se dispondo a assitir qualquer filme no cinema, desde que fosse naquele dia (ontem). Resolvi "retuitar", tendo o cuidado de mandar minha dica ("Inimigos Públicos"). Infelizmente, apesar de inúmeras tentativas, mais ninguém comprou a idéia. Marcamos no Bristol, no Center 3 da Paulista, cinema pelo qual não tenho a menor simpatia. Acho o Reserva Cultural muito mais aconchegante. Mas uma coisa eu tenho que admitir: o som daquela sala era excelente! Voltando: e, qual não foi a nossa surpresa quando encontramos o companheiro Luis Felipe também por lá, disposto a se aventurar nas mais de duas horas desse "épico" do universo gângster norte-americano. Agora, imaginem três futuros-bibliotecários assistindo a um filme como esse! Demais! Bom, o papo está ótimo, mas vamos aos spoilers...
"Inimigos Públicos" (Public Enemies), do diretor Michael Mann (O Informante, Colateral), é um filme ambientado na Chicago da década de 1930. Como vocês já devem ter visto em algumas resenhas por aí, conta a seqüência de assaltos a banco, as prisões, os vários comparsas, os amores de um dos maiores gangsters da época, John Dillinger. Johnny Depp (em seu melhor papel desde o pirata Jack Sparrow) encarna o "inimigo público nº 1" dos Estados Unidos de maneira irretocável. A frieza no olhar contrasta com o sorriso enigmático quando esse se depara com a bela Billie Frenchette (Marion Cotillard) que, a partir daquele momento, se torna o amor da sua vida, ferindo sua razão e o levando ao ponto final (e nada feliz) da trama. O diretor, inteligentemente, consegue mesclar os gêneros mais diversificados de forma aleatória e despretensiosa. Por exemplo: numa cena tensa, quando o Detetive Purvis, papel de Christian Bale (apático, diga-se de passagem), ao ficar cara-a-cara com John Dillinger (apesar desse estar numa cela.. rs), lhe pergunta: "E o que tira seu sono, Sr. Dillinger?", temos a resposta mais simples e hilária que já ouvi: "Café!". rsrs
Um roteiro excelente, com frases de efeito e diálogos primordiais (coisa que não se vê, na minha modesta opinião, desde "Os Bons Companheiros"), cenas de perseguições, cercos policiais (e balas para todos os lados, lógico!), além de interpretações e revira-voltas que fizeram as duas horas de filme parecer meros 10 minutos.
Para mim, senhoras e senhores, como já disse aqui, surgiu o grande candidato a premiação máxima do cinema. Como eu comentei logo depois da sessão, com meus dois colegas de biblio, "Martin Scorsese, se viu esse filme, deve estar se mordendo de inveja".
H (replay, please!)
2 comentários:
Pelo visto a quarta feira rendeu hein?! Vi no Twitter o agito para o cine, mas estava mau de gripe, ía ficar tossindo o filme todo...rs
Beijos.
Não seria a única, Jujuba.. pode ter certeza.. rs
Bj
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