O texto abaixo sintetiza,assim como fica explícito no título desse post, minhas impressões futuras sobre o mais recente encontro de biblioamigos, realizado no último sábado, em lugar estrategicamente bem localizado.
Antes que alguém me pergunte, esse post é uma miscelânea porque engloba vários assuntos ao mesmo tempo, além de remeter a outros nem tão óbvios assim: é um “Momento poesia” porque traz um texto escrito por um poeta; escolhi para descrever (porém, não de maneira literal) como foi o mais recente encontro de biblioamigos porque a minha pieguice e falta de tato para essas coisas correlatas estão numa sintonia execrável ultimamente; nas entrelinhas, o tema central do texto é a saudade. Mas não qualquer uma! Trata-se daquela saudade que bate quase sempre quando nossas lembranças nos transmigram para dias gloriosos, compartilhados com seres que fizeram questão de tão interação.
Pararei por aqui, senão ficarei “sentimentalóide” demais e acabarei por transmitir tal reação nonsense para minha escrita. Segue o texto:
Um dia a maioria de nós irá se separar...
Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...
Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...
Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!
(Vinícius de Moraes)
H (falta pouco)
Um comentário:
muito bom, H. que iremos sentir saudades vamos, com certeza. ela vai doer, apertar o coração e dar aquele nó na garganta. MAS ATÉ LÀ ESPERO QUE AINDA POSSAMOS NOS REUNIR, MESMO PRA RELEMBRAR OS VELHOS TEMPOS E FALAR MAL DO MILANESI OU DO MARTIN. e meus filhos irão no encontro dos biblioamigos, talvez em 2020.
Abs...o tempo irá dizer quem somos nós.
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