domingo, 2 de novembro de 2008

Minhas manhãs de domingo...


Quatorze anos atrás, na manhã do primeiro domingo do mês de maio, eu havia decidido (muito influenciado por alguns amigos da escola, devo dizer) que começaria a assistir ao campeonato de Fórmula-1. O Ayrton Senna tinha acabado de trocar a McLaren pelos milhões da Williams. O Rubinho estava naquela surpresa que era a Jordan. E tinha ainda o Christian Fittipaldi, correndo pela FootWork. O Ayrton vinha dominando todos os treinos, largando sempre na frente. Não foi diferente naquela terceira corrida. O que aconteceu depois da largada todos já sabem.

Eu fiquei muito mal em ver aquilo. Logo na minha primeira corrida e o melhor piloto de todos os tempos morre! Passei o restante do ano e 1995 sem nem sequer querer saber como terminou uma corrida ou outra. No ano seguinte (1996), influenciado dessa vez pela transmissão do SBT do campeonato da Fórmula-Indy, resolvi dar mais uma chance à Fórmula-1.

Daí pra frente, virei realmente um fã. Até pouco tempo, colecionava recortes de jornal, fotos das corridas (aqui nasceu minha pseudo-vocação para o Jornalismo, acredito!). Assisti aos vários títulos de Michael Schumacher, a primeira vitória do Rubinho, a surpreendente ascensão de Fernando Alonso. Mas, nenhuma dessas 13 temporadas que já acompanhei me cativou mais do que essa de 2008. Devo confessar que a Fórmula-1 sem o Michael Schumacher ficou bem mais imprevisível. E talvez seja isso que tenha me agradado ainda mais. As disputas foram sensacionais, com várias trocas de liderança durante o ano. Mas eu imaginava mesmo que o título seria decidido apenas por 2: Lewis Hamilton e Felipe Massa.

Se eu disser que não torci até a última bandeirada, que não acreditei até o último instante, que não fiz figa até o último carro passar, que não prendi a respiração até a confirmação do resultado final, estarei mentindo como jamais menti na vida. Fiz tudo isso. Acreditei piamente. Mas acreditar só não basta. É preciso ter sorte também. Dois meses atrás, tive uma conversa com um dos meus tios que, num dado momento me disse:

"sorte nada mais é do que a junção de oportunidade e conhecimento. [...] Se você tiver uma chance de subir de cargo numa empresa e, ao mesmo tempo, tiver conhecimento e inteligência necessários para isso, a vaga é sua, com certeza. [...] Isso não foi só sorte. Foi oportunidade e conhecimento."

Oportunidades não faltaram ao Felipe Massa durante esse ano. Talvez um pouco de conhecimento em momentos decisivos, principalmente para o pessoal da equipe Ferrari. Mas outras oportunidades virão. Outras sortes serão construidas. E eu pretendo assisti-las.. se assim me for permitido.. rsrs


H (fanático por carros de corrida)

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