Muitos dizem que gostariam de ler o tanto de livros que já li. Bom, acho que até eu gostaria! rsrs. Parei para pensar nesses números e cheguei à conclusão: fora os livros da Agatha Christie, não li tantos assim. Acho que ficaria bem mais explicado com uma historinha. Vamos a ela:
Era uma vez... rsrs Não, não é assim que começa. Vamos tentar assim: O ano era 1998. Já havia me ambientado com a biblioteca municipal da cidade onde morava na época (Leme), afinal, tinha-a usado para meus estudos relacionados ao vestibular da Escola Técnica do ano anterior e, como minha escola não tinha biblioteca, fazia meus trabalhos por ali mesmo. Era um lugar agradável, silencioso e bem organizado. A ajuda dos funcionários se tornava quase desnecessária, já que as estantes eram organizadas por grandes assuntos e os periódicos e novas aquisições ficavam destacados em um expositor. Eu a visitava muito. Mais para ler revistas e jornais, devo admitir. Porém, certo dia, como todas as revistas e jornais estavam sendo lidos, resolvi passear pelas estantes a procura de algo que cativasse meus jovens olhos, ávidos por informação rápida e fútil. Depois de muito vasculhar, cheguei a estante dedicada a literatura britânica, especialmente a Agatha Christie. Eram tantos livros que realmente precisaram de uma estante inteira só para ela! E de uma atenção maior da minha parte. Peguei lápis e papel e me pus a anotar todos os títulos escritos por ela. Cheguei ao incrível número de 80. Oitenta! Num ataque de fúria biblioteconômica (coisa que eu nem sabia que tinha na época! rs) e total descaso com o meu futuro, prometi a mim mesmo que faria o possível para ler TODOS eles! Algumas pesquisas depois, descobri que o número correto era 88. Oitenta é oito livros que eu li com muito gosto nos 2 anos e meio seguintes.
Durante esses mesmos 2 anos e meio, no colegial, tive uma ótima professora de português que, no começo de cada ano letivo, preparava uma lista de livros (geralmente de autores brasileiros) que deveríamos ler no decorrer do ano (9 no total) e fazer fichamento de cada um. Além da representação teatral de um outro escolhido por ela. Tudo isso numa escola pública! Eu sei, fica difícil de acreditar. E é. Mas foi assim que conheci Machado de Assis, Drummond de Andrade, Fernando Pessoa entre muitos outros. Lembro-me que algumas vezes, cheguei a ler 4 livros simultaneamente num mesmo mês.
Que saudade dessa época. Saudade de ler por gosto, não por obrigação. Depois que comecei a trabalhar e me interessei realmente por um gênero literário (romance policial), iniciei “minha coleção”. Hoje, já deve estar na casa dos 50 exemplares. Ainda vou separar alguns para apresentar como dica num post futuro.
Bom, apesar de já ter lido um número significante, hoje não consigo mais. Quando consigo, é feito com tal sentido de obrigação que, ou desisto logo no primeiro capítulo, ou durmo em cima do livro, ou acabo não me lembrando de nada que li logo que o fecho. Procurar culpados para isso eu nem tento. Simplesmente os guardo. Quando aposentar, terei tempo de sobra mesmo.. rsrs
H (fazendo o possível com o que parece improvável)
Era uma vez... rsrs Não, não é assim que começa. Vamos tentar assim: O ano era 1998. Já havia me ambientado com a biblioteca municipal da cidade onde morava na época (Leme), afinal, tinha-a usado para meus estudos relacionados ao vestibular da Escola Técnica do ano anterior e, como minha escola não tinha biblioteca, fazia meus trabalhos por ali mesmo. Era um lugar agradável, silencioso e bem organizado. A ajuda dos funcionários se tornava quase desnecessária, já que as estantes eram organizadas por grandes assuntos e os periódicos e novas aquisições ficavam destacados em um expositor. Eu a visitava muito. Mais para ler revistas e jornais, devo admitir. Porém, certo dia, como todas as revistas e jornais estavam sendo lidos, resolvi passear pelas estantes a procura de algo que cativasse meus jovens olhos, ávidos por informação rápida e fútil. Depois de muito vasculhar, cheguei a estante dedicada a literatura britânica, especialmente a Agatha Christie. Eram tantos livros que realmente precisaram de uma estante inteira só para ela! E de uma atenção maior da minha parte. Peguei lápis e papel e me pus a anotar todos os títulos escritos por ela. Cheguei ao incrível número de 80. Oitenta! Num ataque de fúria biblioteconômica (coisa que eu nem sabia que tinha na época! rs) e total descaso com o meu futuro, prometi a mim mesmo que faria o possível para ler TODOS eles! Algumas pesquisas depois, descobri que o número correto era 88. Oitenta é oito livros que eu li com muito gosto nos 2 anos e meio seguintes.
Durante esses mesmos 2 anos e meio, no colegial, tive uma ótima professora de português que, no começo de cada ano letivo, preparava uma lista de livros (geralmente de autores brasileiros) que deveríamos ler no decorrer do ano (9 no total) e fazer fichamento de cada um. Além da representação teatral de um outro escolhido por ela. Tudo isso numa escola pública! Eu sei, fica difícil de acreditar. E é. Mas foi assim que conheci Machado de Assis, Drummond de Andrade, Fernando Pessoa entre muitos outros. Lembro-me que algumas vezes, cheguei a ler 4 livros simultaneamente num mesmo mês.
Que saudade dessa época. Saudade de ler por gosto, não por obrigação. Depois que comecei a trabalhar e me interessei realmente por um gênero literário (romance policial), iniciei “minha coleção”. Hoje, já deve estar na casa dos 50 exemplares. Ainda vou separar alguns para apresentar como dica num post futuro.
Bom, apesar de já ter lido um número significante, hoje não consigo mais. Quando consigo, é feito com tal sentido de obrigação que, ou desisto logo no primeiro capítulo, ou durmo em cima do livro, ou acabo não me lembrando de nada que li logo que o fecho. Procurar culpados para isso eu nem tento. Simplesmente os guardo. Quando aposentar, terei tempo de sobra mesmo.. rsrs
H (fazendo o possível com o que parece improvável)
Um comentário:
Já tive minha fase Agatha Christie tb, mas meu objetivo era só ler todos em que a Miss Marple aparecia..rs
Putz, como era boa a fase de ler só por ler! Não há dúvida de que os livros que li por gosto fizeram muito mais diferença na minha vida que os que sou obrigada a ler. Considerando que li quase a biblioteca toda, sinto muita falta de ter tempo pra fazer algo parecido, de preferência na FFLCH.
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