
Bernardo Bertolucci nasceu em Parma, Itália, em 16 de março de 1941. Filho de um crítico literário e poeta, Attilio Bertolucci, Bernardo fez vários filmes amadores enquanto adolescente e, poeta desde a infância, ganhou em 1960, um prêmio nacional pela coletânea de poemas ''In Search of Mystery''.
No ano seguinte, Bertolucci abandonou a Universidade de Roma para ser assistente do diretor Pier Paolo Pasolini no seu filme “Accattone”. Tinha o diretor como uma figura paternal, de grande influência. Além de Pasolini, Jean-Luc Godard foi outro que influenciou seus primeiros filmes.
Em 1962, Bertolucci estreou na direção com ''A Morte'', um drama policial de pouco impacto de crítica e público. Mas logo em seu segundo filme, “Antes da revolução”, já obteve reconhecimento e muitos elogios da crítica, chegando a ganhar um prêmio na França. A película se baseia na relação de um jovem com as questões sociais de sua época. Possui vários elementos que refletem o próprio Bertolucci, e foi co-estrelado por Adriana Asti, esposa do diretor na época.
Na década de 1960, entre outros trabalhos, Bertolucci ainda dirigiu documentários sobre petróleo, e assinou a história do clássico faroeste ''Era Uma Vez no Oeste''. A década seguinte foi a mais significativa de sua carreira. Em 1970, dirigiu ''A Estratégia da Aranha'' (baseado em texto de Jorge Luis Borges), sobre um filho buscando informações sobre o assassinato de seu pai antifascista. Foi aqui também que Bertolucci, buscando tornar-se um diretor popular, substituiu o cinema poesia pelo cinema espetáculo, mas sem abandonar seus dilemas. Nessa época, inclusive, a psicanálise pela qual passava, começou a manifestar-se intensamente na tela, levando Bertolucci a dizer para seu psicanalista: ''seu nome deveria aparecer nos créditos dos meus filmes''.
Já nos Estados Unidos, seguiu-se sua tríade de sucesso: “O Conformista” (1970), que chegou a ser indicado para o Oscar® de melhor roteiro; “O Último Tango em Paris” (1972), que escandalizou meio mundo e deu a Bertolucci mais uma chance de concorrer ao Oscar®, desta vez como diretor; e “1900” (1976), um filme monumental e muito ambicioso, que tirou de um crítico alemão a seguinte frase: ''Bertolucci tenta harmonizar Marx e Freud''.
Um dos nomes mais importantes do cinema mundial nos últimos 30 anos, Bertolucci faz um cinema de forte apelo visual, caracterizado principalmente pelas temáticas política (esquerdista) e humana (com ênfase no sexo). Sua consagração veio em 1987, com “O Último Imperador”, que recebeu nove Oscars®, incluindo os de melhor filme e melhor diretor. O filme retrata a vida real de Pu-Yi, o último representante da realeza chinesa e destaca-se por sua suntuosidade visual.
Bertolucci é um cineasta ousado, que gosta de movimentos de câmera sofisticados, roteiros inteligentes e não tem medo de experimentar, mesmo quando trabalha com grandes orçamentos. Está em plena atividade e certamente vai virar o século à procura de um novo "clássico" para a sua já ampla coleção.
Alguns de seus filmes que recomendo:
* Antes da Revolução (1964)
* O Conformista (1970)
* Último Tango em Paris (1972)
* 1900 (1976)
* O Último Imperador (1987)
H (foi difícil!)
Nenhum comentário:
Postar um comentário