A década de 1980, alcunhada por muitos (inclusive eu) como “a melhor de toda uma geração”, teve infindáveis características e personagens peculiares. Para os mais saudosistas, poderia citar aqui vários seriados, filmes, movimentos populares, hits e bandas.
Porém, de nada adiantariam. Porque essa década, especificamente essa década, foi palco para, senão o maior, um dos maiores artistas da música pop. Não foi à toa que lhe deram o “título” mais que merecido de Rei do Pop.
Diferentemente de tudo que já tinham surgido até então, ele compunha suas próprias músicas e fazia delas verdadeiros eventos performáticos. Se a intenção era deixar para trás aquela imagem de garotinho raquítico e indefeso, reflexo do seu convívio com os 4 irmãos mais velhos no grupo Jackson Five, ele estava no caminho certo. Mostrou que estava ali para ser mais, muito mais do que qualquer um antes dele.
Se aproveitando da recém criação do canal “jovem” MTV, seus videoclipes foram além de simples ilustrações de suas músicas. Eram produzidos com tal maestria que, por muitas vezes, foram tidos como verdadeiros filmes, tamanha era o valor dos gastos das suas superproduções.
Com o fim da Guerra Fria e a conseqüente nova ordem mundial, perceptível através da globalização, seus discos rodaram o mundo numa velocidade espantosa, batendo recordes de vendas seguidos.
Passada a euforia “Moonwalk”, suas músicas intercalavam um lirismo mais calmo, mensagens de união e respeito para com todos e respostas provocativas quanto sua doença.
É inconcebível que, nessa nossa época repleta de revelações-relâmpago, surgidas tão rapidamente quanto são esquecidas, seres insignificantes que não passam de cópias ocas umas das outras, um ícone como Michael Jackson tenha seu talento comparado com qualquer um. Não, ele não merece isso. Assim como Lady Di, John Lennon, Frank Sinatra, Ayrton Senna, Elvis Presley, entre outros, Michael era muito mais que um réles mortal. Era um gênio. E o era de maneira tão superior e definitiva que, na minha opinião, nunca existiu e nunca existirá alguém capaz de atingir tal nível de talento.
Para mim, podem dizer o que quiserem sobre suas peculiaridades, atitudes grotescas e escândalos sexuais. O Michael Jackson, aquele que tenho como ídolo desde o fim da década de 80, esse Michael Jackson que me fez rir e sonhar tantas vezes com suas músicas e videoclipes, será sempre o melhor artista da música que esse planeta mesquinho viu.
Nascido em 29 de agosto de 1958, Michael Joseph Jackson deixa um legado de 10 álbuns inéditos e muitos relançamentos. Está no Guiness Book com o disco mais vendido de todos os tempos (Thriller). Morreu o artista, o ícone, o mito, o imortal. Mas, que continuará vivo em cada uma de suas canções.
H (There are a better place.. somewhere)
Nenhum comentário:
Postar um comentário