No dia dos encalhados (13 de junho), pensando em recarregar minhas baterias para essas duas semanas de “pré-férias”, resolvi sair com a minha priminha Nathália, de 9 anos, para assistir um filme infanto-juvenil. Na verdade, uma seqüência de um filme infanto-juvenil.
Como já era sabido, o filme seria dublado. E, para um bom cinéfilo que se preste, se tem algo que é inadmissível, é um filme dublado. Mas, a existência desse post não é a crítica ao filme, até porque, como um adulto que sou, já tenho minhas manias e, dessa forma, analisar um filme desse gênero não iria além de um “bom” ou “ruinzinho”, etc.
Aquilo que eu gostaria de tratar nesse post é sobre a visão simplista que as crianças possuem. Quem me conhece sabe que adoro sair com meus “sobrinhos” (filhos dos meus amigos). Tento “falar a língua deles”, me inteirar sobre os assuntos que eles gostam etc. Mas, também aproveito para aflorar meu lado “educador”. Responder os “por quês” deles, sabe?!
Porém, logo que chegamos ao shopping, a Nathália conseguiu me pegar desprevenido. Foi mais ou menos assim: comentei que fazia muito tempo que não ia naquele shopping. Daí ela me perguntou “quanto tempo?”, no que eu respondi “desde que eu namorava a Maria (nome fictício)... aí o namoro terminou e nunca mais apareci aqui.”
A partir daí, começou o bombardeio de perguntas:
N – “Mas, quantas namoradas você já teve”
H – “Ah, não sei.. algumas”
N – “E por que vocês terminaram? Foi por ciúme?”
H – “Você tá perguntando dessa específica ou de todas elas?”
N – “De todas. Por que terminou?”
H – “Ai Nathy, é tão complicado de explicar isso... simplesmente acabou.”
N – “E não seria bem mais simples não acabar!?”
Agora, imaginem a minha cara diante de uma pergunta dessas! Realmente não soube o que responder. Para tentar por um ponto final no assunto, só consegui balbuciar um “talvez” e agradeci por já estarmos no piso da bilheteria.
Depois, durante o caminho de volta, me deu vontade de explicar as dificuldades e empecilhos que os adultos gostam de trazer à tona justamente quando estão enamoradas. Desabafar sobre as minhas próprias experiências. Contar como foram os começos, as esperanças, dúvidas, brigas, fins. Mas, quando me fiz de corajoso, ela se aninhou no meu braço, disse “que sono” e dormiu tranquilamente.
Foi melhor assim. Pelo menos não seria eu o responsável por estragar essa visão pueril da vida que ela ainda tem.
H (não precisando, mas querendo)
Como já era sabido, o filme seria dublado. E, para um bom cinéfilo que se preste, se tem algo que é inadmissível, é um filme dublado. Mas, a existência desse post não é a crítica ao filme, até porque, como um adulto que sou, já tenho minhas manias e, dessa forma, analisar um filme desse gênero não iria além de um “bom” ou “ruinzinho”, etc.
Aquilo que eu gostaria de tratar nesse post é sobre a visão simplista que as crianças possuem. Quem me conhece sabe que adoro sair com meus “sobrinhos” (filhos dos meus amigos). Tento “falar a língua deles”, me inteirar sobre os assuntos que eles gostam etc. Mas, também aproveito para aflorar meu lado “educador”. Responder os “por quês” deles, sabe?!
Porém, logo que chegamos ao shopping, a Nathália conseguiu me pegar desprevenido. Foi mais ou menos assim: comentei que fazia muito tempo que não ia naquele shopping. Daí ela me perguntou “quanto tempo?”, no que eu respondi “desde que eu namorava a Maria (nome fictício)... aí o namoro terminou e nunca mais apareci aqui.”
A partir daí, começou o bombardeio de perguntas:
N – “Mas, quantas namoradas você já teve”
H – “Ah, não sei.. algumas”
N – “E por que vocês terminaram? Foi por ciúme?”
H – “Você tá perguntando dessa específica ou de todas elas?”
N – “De todas. Por que terminou?”
H – “Ai Nathy, é tão complicado de explicar isso... simplesmente acabou.”
N – “E não seria bem mais simples não acabar!?”
Agora, imaginem a minha cara diante de uma pergunta dessas! Realmente não soube o que responder. Para tentar por um ponto final no assunto, só consegui balbuciar um “talvez” e agradeci por já estarmos no piso da bilheteria.
Depois, durante o caminho de volta, me deu vontade de explicar as dificuldades e empecilhos que os adultos gostam de trazer à tona justamente quando estão enamoradas. Desabafar sobre as minhas próprias experiências. Contar como foram os começos, as esperanças, dúvidas, brigas, fins. Mas, quando me fiz de corajoso, ela se aninhou no meu braço, disse “que sono” e dormiu tranquilamente.
Foi melhor assim. Pelo menos não seria eu o responsável por estragar essa visão pueril da vida que ela ainda tem.
H (não precisando, mas querendo)
Um comentário:
Bem legal esse post!
Conversar com crianças nos faz perceber que nossa lógica tão elaborada às vezes não faz sentido nenhum.
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