quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A maldade que existe em nós

"Basta apertar para se desligar do mundo"


Hoje estou meio aéreo. Entenda-se sossegado. Acho que o motivo deve ser porque amanhã não vou trabalhar. Não sei. Mesmo assim, quando passei por uma banca de jornal perto do ponto do ônibus, vi a capa da Folha de São Paulo. Uma foto bem grande do que parecia ser uma estação ferroviária. Uma senhora era levada pelo braço por um policial. E sangue por todos os lados. Senti repulsa na hora.


Pode parecer irônico: eu, fã de Jogos Mortais; que já assisti filmes de terror como Sexta-feira 13, Hallowen, O albergue, etc.., me senti enojado por uma foto de uma estação na Índia! Por que, afinal? Talvez porque aquilo era verdade, não uma ficção sanguinolenta.

Depois, lendo (por cima) a matéria no jornal, vi a razão que, na verdade, já me parecia óbvia: a junção de poder e religião. Duas vertentes que só servem para mostrar até que ponto chegou a estupidez humana através dos tempos. Como pode, em pleno século XXI ainda existir essa intolerância e falta de consenso em relação a religião alheia?! Para que se vangloriar se eu posso mais ou menos do que Fulano ou Cipriano? É uma balburdia total! Às vezes tenho vergonha de dividir o mesmo espaço com pessoas assim, de cérebro reduzido, com opiniões medíocres e justificativas pífias para seus atos extremos.


Essa banalização toda me lembrou de um livro que comprei, mas que infelizmente ainda não tive tempo de ler: "Diante da dor dos outros", da Susan Sontag. Pelo que me lembro, a autora faz uma reflexão de como encaramos as imagens de dor e guerra que abarrotam os meios de comunicação todos os dias.

Hoje decidi que vou começar minhas leituras de férias por esse livro. Agora me senti tentado a saber mais sobre essa maldade que nos espreita, domina e corrompe.

"Se pudesse receber de volta a taxa de inscrição, eu pediria demissão da raça humana"
Fred Allen, comediante norte-americano – 1894-1956.


H ("que mundo é esse?")

Um comentário:

The Owl disse...

Acho que o argumento religioso é só uma desculpa para que os homens possam liberar seus piores instintos. O triste mesmo é a quantidade de pessoas que concorda com esse argumento.