Seguir rumo ao desconhecido pode desestimular ou amedrontar os mais pessimistas. Por outro lado, pode empolgar e revitalizar os mais céticos.
Depois de se encontrar diante do breu de um túnel, caminhar por trilhas estreitas e sinuosas, escalar pedras gigantes surgidas do “nada” e avistar a primeira placa de localização, anunciando a distância exata até o destino final, é chegada a hora de sentar-se a beira do caminho para tomar fôlego.
“Um terço do trajeto foi completado”, ouço ao longe uma voz de tom ameno, como que trazida pela brisa de um fim de tarde. “Mas ainda falta muito até o fim”, diz a mesma voz. Olho ao redor, procurando um rosto conhecido, ou pelo menos um que assim possa ser intitulado. Porém, em vão. Apesar de não me sentir assim, estou só. Somente minha bagagem me faz companhia física.
De repente, não sei bem o porquê, retiro do bolso um pequeno papel. O aliso para conseguir entender melhor o que está escrito: “... agora é a hora de montar seu roteiro de viagem... comece pelos grandes eventos!”. Dispensar tempo para pensar como aquele pedaço de papel foi parar ali, eu sabia que seria inútil. Mesmo ciente que não existia um prazo, mas sim um marco final, era inegável que o descanso estava no fim.
Um roteiro de viagem se faz necessário quando se quer ter uma noção do que há de importante para ser visto em determinado local. Desse modo, os passos serão mais decididos, certeiros, sem motivos para enganos ou tropeços. Além, é claro, de garantir uma ótima visão espacial do que pode ser aproveitado do geral, delimitando as relevâncias.
H (separando o joio do trigo)
Um comentário:
A Guerra Fria será comentada em breve. Só estou esperando o resultado, que sai amanhã. O que posso adiantar é que sofri um ataque dos agentes vermelhos. E eu que pensava que os ratos é que seriam o problema...
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