segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Atos e julgamentos - O Leitor


“Não importa o que eu pense.. não importe o que eu sinta.. os mortos continuarão mortos”. Essa é uma das várias frases de efeito que transitam pelo filme “O Leitor”.

Fui assisti-lo ontem, com uma pessoa que adoro e por quem tenho um apreço tão grande que a considero como uma irmã mais velha: minha priminha Vivi’s. Ela é aficcionada por filmes tanto quanto eu sou. Quando a convidei, sabia que ela não resistiria a tentação de ver esse filme.
“O Leitor” é um filme bom. Melhor do que eu havia suposto. Não sei se essa frase vale muito para quem também gosta de cinema, mas para mim vale. Quem não gosta de spoilers, recomendo não continuar a leitura (apesar de que, não é minha real intenção falar muito sobre o filme em si). A história se desenrola na Alemanha pós Segunda Guerra e conta a relação (nesse caso, principalmente a sexual!) de Hanna Schmitz e do jovem Michael Berg. Tudo acontece durante poucos meses. Uma das excentricidades (e que dá nome ao livro e ao filme) é o fato de Hanna adorar que Michael leia qualquer livro antes de suas relações. (uma curiosidade: o único que ela rejeita é Lady Chatterley, de D. H. Lawrence!).
Acho que do filme é isso que tenho para falar. Quem quiser saber o restante da história, só assistindo. Apesar de não gostar muito de fazer comparações entre filmes distintos, abrirei uma exceção nesse caso e o compararei com “O Curioso Caso de Benjamin Button”.
Como disse no post sobre “O Curioso Caso...”, a parte que mais me chamou a atenção e, provavelmente, foi quando comecei a entender realmente o filme, foi a parte da digressão sobre “escolha” e “casualidades”. Já no “O Leitor”, a trama vai além das escolhas. Fala sobre as conseqüências de nossas escolhas e o quanto nós podemos suportar do julgamento alheio pelos nossos atos.
Nesse filme, a escolha já foi feita muito antes dele próprio começar (daí a frase inicial desse post). Logo, o que pesa mesmo são os nossos atos, sua repercussão, seu julgamento, e a força de vontade que precisamos para conviver com isso. Infelizmente, não posso contar a principal cena do filme, porque estragaria qual imagem que vocês possam fazer da história nos seus primeiros minutos.
É um filme triste. Choramos copiosamente (assim como a senhora que estava duas cadeiras ao meu lado). E, depois de vê-lo, me convenço que, se (e digo novamente SE!) Kate Winslet levar esse Oscar de melhor atriz, será mais pelo conjunto da sua obra do que pela sua interpretação nesse filme em particular. Mas posso estar enganado. Só acho que não foi a melhor interpretação da vida dela.
Agora, que venha “Frost / Nixon”!

H (feliz, como há muito tempo não ficava!)

2 comentários:

The Owl disse...

Parece bom. Este é um dos "filmes de Oscar" que eu veria, mas talvez visse o da Meryl Streep primeiro. No entanto, agora que o estágio acabou e tô sem grana, não vou ver nenhum dos dois..rs

Andrea disse...

outro filme mto bom com a Kate Winslet é "Foi apenas um sonho". E o Leonardo diCaprio tbm tá mto bem!
no fim, parece que a Wisnlet teve realmente de fazer um filme sobre o Holocausto pra ser favorita ao Oscar!
=*** bjins