Howard Leslie Shore nasceu no Canadá, em 18 de outubro de 1946 e formou-se em piano, composição e regência logo cedo, aos 24 anos. Seus primeiros trabalhos foram realizados para a TV americana em 1975, mais especificamente para o famoso show Saturday Night Live, que desde então revelou talentos humorísticos como Bill Murray, Dan Aykroyd, John Belushi, Adam Sandler, entre outros. No início da década de 80 começou a participar em produções cinematográficas de seu país natal, e tem seus trabalhos mais brilhantes feitos ao lado de seu amigo David Cronenberg, de quem se tornou seu principal colaborador. Na verdade, o que ocorre entre o compositor e o diretor é algo maior do que uma colaboração. Os filmes de Cronenberg e a música de Shore possuem unidade, uma complementaridade rara. A mente e as temáticas exploradas pelo diretor possuem um caráter ousado, perturbador, por vezes insano. Shore transforma esse caráter em música e faz cada partitura expressar a loucura ou a decadência de cada personagem de Cronenberg. A partir do sucesso dos filmes de Cronenberg, o compositor tornou-se popular nos Estados Unidos. Trabalhou com Martin Scorsese em Depois de Horas (1985); após alguns anos, Jonathan Demme, fã dos filmes de Cronenberg, fez amizade com o músico, que a partir daí, compôs belas trilhas para Filadélfia (1993) e o premiado O Silêncio dos Inocentes (1991) - sempre imprimindo um estilo frio, mas dotado de consistência melódica. A partir daí trabalhou em vários outros filmes, mostrando-se como um músico bastante versátil dentro do cinema norte-americano.
Existem muitos diretores de cinema que não gostam de música em seus filmes, enquanto que muitos produtores tentam economizar no orçamento de uma produção, restringindo os gastos com a parte musical. Justamente por isso é que o sintetizador tem sido a alternativa preferida por muitos, para substituir uma orquestra na execução de uma trilha sonora. Contrariando essa tendência, temos então a trilogia “O Senhor dos Anéis”, com partituras que foram executadas por nada mais nada menos do que duas grandes orquestras, respectivamente a Filarmônica de Londres e a Sinfônica da Nova Zelândia. Em todos os instantes do filme, a música participa de forma magistral, através de acordes inspiradíssimos de Shore. A verdade é que a música em “O Senhor dos Anéis” cumpre um papel preponderante quanto a promover a sustentação das cenas, bem como para garantir a construção do sentido de continuidade das imagens. A música de “O Senhor dos Anéis” cria uma atmosfera convincente de tempo e lugar, numa demonstração de que sem a música, seguramente as imagens perderiam o impacto junto ao público. Impossível não perceber a música no filme, mas nem por isso ela rouba a cena e tira os méritos da mesma, apenas auxilia no processo de reforçar as cenas. Como bem frisou o cineasta russo Tarkovski: “Bem usada, a música tem a capacidade de alterar todo o tom emocional de uma seqüência filmica; ela deve ser inseparável da imagem visual a tal ponto que, se fosse eliminada de um determinado episódio, a imagem não apenas se tornaria mais pobre em termos de concepção e impacto, mas seria qualitativamente diferente”.
Algumas de suas composições:Existem muitos diretores de cinema que não gostam de música em seus filmes, enquanto que muitos produtores tentam economizar no orçamento de uma produção, restringindo os gastos com a parte musical. Justamente por isso é que o sintetizador tem sido a alternativa preferida por muitos, para substituir uma orquestra na execução de uma trilha sonora. Contrariando essa tendência, temos então a trilogia “O Senhor dos Anéis”, com partituras que foram executadas por nada mais nada menos do que duas grandes orquestras, respectivamente a Filarmônica de Londres e a Sinfônica da Nova Zelândia. Em todos os instantes do filme, a música participa de forma magistral, através de acordes inspiradíssimos de Shore. A verdade é que a música em “O Senhor dos Anéis” cumpre um papel preponderante quanto a promover a sustentação das cenas, bem como para garantir a construção do sentido de continuidade das imagens. A música de “O Senhor dos Anéis” cria uma atmosfera convincente de tempo e lugar, numa demonstração de que sem a música, seguramente as imagens perderiam o impacto junto ao público. Impossível não perceber a música no filme, mas nem por isso ela rouba a cena e tira os méritos da mesma, apenas auxilia no processo de reforçar as cenas. Como bem frisou o cineasta russo Tarkovski: “Bem usada, a música tem a capacidade de alterar todo o tom emocional de uma seqüência filmica; ela deve ser inseparável da imagem visual a tal ponto que, se fosse eliminada de um determinado episódio, a imagem não apenas se tornaria mais pobre em termos de concepção e impacto, mas seria qualitativamente diferente”.
Depois de horas (1985)
Quero ser Grande (1988)
O Silêncio dos Inocentes (1991)
Filadélfia (1993)
Seven – os sete crimes capitais (1995)
The Wonders - o sonho não acabou (1996)
O Senhor dos Anéis – a sociedade do anel (2001)
Gangues de Nova Iorque (2002)
O Quarto do Pânico (2002)
O Senhor dos Anéis – as duas torres (2002)
O Senhor dos Anéis – o retorno do rei (2003)
O Aviador (2004)
Os Infiltrados (2006)
Dúvida (2008)
H (um dos maiores!)
Nenhum comentário:
Postar um comentário