Jerrald Goldsmith nasceu em Los Angeles em 29 de fevereiro de 1929, e aprendeu a tocar piano aos 6 anos de idade. Depois de estudar no Dorsey High School e Los Angeles City College durante os anos 40, incluindo aí um semestre de aulas sobre música de cinema com o lendário Miklos Rosza, juntou-se ao departamento musical da CBS em 1950. Inicialmente em um papel secundário, passou em seguida a compor em tempo integral para o rádio e, posteriormente, TV. Sua entrada no cinema deu-se no final dos anos 50 a convite de Alfred Newman, e após um começo hesitante, teve um crescimento surpreendente nos anos 60 ao agarrar todos os tipos imagináveis de assuntos, com alto domínio estilístico.
Pouquíssimos compositores de trilhas sonoras alcançam o reconhecimento do público em geral. Dentre os compositores que despontaram em Hollywood entre o final da década de 50 e o final da de 60, Henry Mancini, John Williams, Ennio Morricone e John Barry tornaram-se mundialmente conhecidos, tendo inclusive freqüentado as paradas de sucesso com seus temas. Jerry Goldsmith, apesar de não ser um nome tão conhecido pelo público como o de seus colegas, pode ser considerado um notável membro dessa elite. Mesmo o espectador ocasional reconhecerá facilmente alguns de seus trabalhos feitos para a TV e o cinema. E tendo sido um dos mais prolíficos compositores norte-americanos do meio, listar apenas uma parte das suas trilhas originais é uma tarefa árdua. Ao longo do tempo, Goldsmith formou uma escola no meio musical cinematográfico, e mesmo tendo formação clássica nunca teve receio das inovações, sendo o primeiro compositor a manter uma seção fixa de instrumentos eletrônicos em sua orquestra.
Após uma experiência difícil com Ridley Scott em Alien, onde o diretor cortou do filme muito da trilha original, inclusive substituindo-a por música clássica nos créditos iniciais e finais, o compositor voltou a trabalhar com ele em A Lenda. Goldsmith lembra de ter passado cinco meses compondo uma trilha que ele classifica como uma das melhores que já fizera. Infelizmente, ele também lembra que seu trabalho, pelo menos na versão americana, foi substituída por uma trilha composta pelo grupo alemão Tangerine Dream. "Quando um filme não fica como o esperado," ele observou, "os responsáveis começam a se agarrar a qualquer coisa para se salvarem. Infelizmente, a última coisa à qual se agarraram foi minha música". A música para A Profecia, seu único Oscar, foi uma das mais fáceis de ser composta. "Foi estranho", ele comentou. "Um dia eu simplesmente sentei e escrevi o material, antes de ir a Roma. Quando voltei, comecei a trabalhar na trilha." O resultado foi uma música intensa, com um dos corais mais marcantes do cinema e que amplificou em muito o impacto das imagens.
É difícil de acreditar que um compositor de qualidade e com um trabalho no cinema que abrange várias trilhas tenha sido tão pouco prestigiado pela Academia de Hollywood. Sua última indicação foi em 1998, por Mulan. Mas Jerry Goldsmith era, acima de tudo, um profissional que, apesar de ter diminuído de produção nos últimos anos de sua vida e ter sido criticado por seus últimos scores, procurava não descuidar da qualidade do seu trabalho. Há alguns anos ele declarou. "Eu estaria queimado há muito tempo se eu simplesmente pegasse um emprego, o dinheiro e desse o fora. Ainda existe um desafio para mim na composição de trilhas. O que me interessa é abraçar um projeto que me ofereça uma chance de fazer algo que ainda não tenha feito. Quando fico inspirado por alguma coisa, a criatividade simplesmente flui. Gosto de uma boa luta. A trilha sempre será feita, mas não fico feliz até que seja bem feita".
No dia 21 de julho de 2004, após anos travando uma silenciosa batalha contra o câncer, Jerry Goldsmith faleceu em sua residência, dormindo. Se fisicamente Jerry não mais estará entre nós, a sua grande obra seguirá conosco, eternizada em filmes, discos e, principalmente, no coração dos seus milhares fãs.
Pouquíssimos compositores de trilhas sonoras alcançam o reconhecimento do público em geral. Dentre os compositores que despontaram em Hollywood entre o final da década de 50 e o final da de 60, Henry Mancini, John Williams, Ennio Morricone e John Barry tornaram-se mundialmente conhecidos, tendo inclusive freqüentado as paradas de sucesso com seus temas. Jerry Goldsmith, apesar de não ser um nome tão conhecido pelo público como o de seus colegas, pode ser considerado um notável membro dessa elite. Mesmo o espectador ocasional reconhecerá facilmente alguns de seus trabalhos feitos para a TV e o cinema. E tendo sido um dos mais prolíficos compositores norte-americanos do meio, listar apenas uma parte das suas trilhas originais é uma tarefa árdua. Ao longo do tempo, Goldsmith formou uma escola no meio musical cinematográfico, e mesmo tendo formação clássica nunca teve receio das inovações, sendo o primeiro compositor a manter uma seção fixa de instrumentos eletrônicos em sua orquestra.
Após uma experiência difícil com Ridley Scott em Alien, onde o diretor cortou do filme muito da trilha original, inclusive substituindo-a por música clássica nos créditos iniciais e finais, o compositor voltou a trabalhar com ele em A Lenda. Goldsmith lembra de ter passado cinco meses compondo uma trilha que ele classifica como uma das melhores que já fizera. Infelizmente, ele também lembra que seu trabalho, pelo menos na versão americana, foi substituída por uma trilha composta pelo grupo alemão Tangerine Dream. "Quando um filme não fica como o esperado," ele observou, "os responsáveis começam a se agarrar a qualquer coisa para se salvarem. Infelizmente, a última coisa à qual se agarraram foi minha música". A música para A Profecia, seu único Oscar, foi uma das mais fáceis de ser composta. "Foi estranho", ele comentou. "Um dia eu simplesmente sentei e escrevi o material, antes de ir a Roma. Quando voltei, comecei a trabalhar na trilha." O resultado foi uma música intensa, com um dos corais mais marcantes do cinema e que amplificou em muito o impacto das imagens.
É difícil de acreditar que um compositor de qualidade e com um trabalho no cinema que abrange várias trilhas tenha sido tão pouco prestigiado pela Academia de Hollywood. Sua última indicação foi em 1998, por Mulan. Mas Jerry Goldsmith era, acima de tudo, um profissional que, apesar de ter diminuído de produção nos últimos anos de sua vida e ter sido criticado por seus últimos scores, procurava não descuidar da qualidade do seu trabalho. Há alguns anos ele declarou. "Eu estaria queimado há muito tempo se eu simplesmente pegasse um emprego, o dinheiro e desse o fora. Ainda existe um desafio para mim na composição de trilhas. O que me interessa é abraçar um projeto que me ofereça uma chance de fazer algo que ainda não tenha feito. Quando fico inspirado por alguma coisa, a criatividade simplesmente flui. Gosto de uma boa luta. A trilha sempre será feita, mas não fico feliz até que seja bem feita".
No dia 21 de julho de 2004, após anos travando uma silenciosa batalha contra o câncer, Jerry Goldsmith faleceu em sua residência, dormindo. Se fisicamente Jerry não mais estará entre nós, a sua grande obra seguirá conosco, eternizada em filmes, discos e, principalmente, no coração dos seus milhares fãs.
Algumas de suas composições:
* Planeta dos Macacos (1968)
* Patton: Rebelde ou Herói (1970)
* Chinatown (1974)
* A Profecia (1976)
* Alien (1979)
* Jornada nas Estrelas (1979)
* Poltergeist (1982)
* Rambo: Programado para matar (1982)
* Gremlins (1984)
* Instinto Selvagem (1992)
* Los Angeles: Cidade Proibida (1997)
* Mulan (1998)
H (John, você é o próximo!)
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