"Steven Spielberg e eu somos os únicos cineastas que podemos fazer o que realmente queremos. Eu, porque tenho sorte com os negócios, e Steven Spielberg porque é um gênio." [F. F. C.]
Nascido na cidade de Detroit, em 7 de abril de 1939, no seio de uma família ítalo-americana, teve seu nome do meio escolhido como uma homenagem "indireta" ao empresário Henry Ford, já que nasceu no hospital que leva o nome desse.
Aos nove anos, contraiu poliomielite. Passou boa parte da sua infância resguardado em uma cama. Tinha como principais companhias a TV e uma câmera 8mm do pai. Apesar de negar que sua influência para a sétima arte tenha surgido daí, fica nítida a ligação. Na verdade, Coppola nasceu numa família de artistas: sua mãe era atriz (Italia Coppola), seu pai era compositor e músico (Carmine Coppola) e sua irmã caçula é atriz (Talia Shire); posteriormente, sua filha se tornou atriz/diretora (Sofia Coppola) e seu sobrinho, ator (Nicolas Cage), para ficar nos mais famosos.
Aos 17 anos, depois de ganhar experiência produzindo vários curta-metragens com a câmera do pai, Coppola se inscreve na Universidade de teatro Hofstra. Quatro anos depois, entra na UCLA, renomada Universidade da época, especializada em cinema. Mas o excesso de disciplinas teóricas (e, por conseguinte, a falta de aulas práticas) fez com que ele desistisse da vida acadêmica, indo trabalhar como assistente do diretor de filmes "B", Roger Corman.
Aos poucos, se tornou o homem de confiança de Corman, consquistando cada vez mais espaço para mostrar suas ideias e criações. Apesar disso, Francis se sentia mais a vontade era escrevendo roteiros. Inclusive, o primeiro de seus incontáveis Oscars® veio com o roteiro que ele fez para o filme "Patton - Rebelde ou Herói?", de 1971. Seu sucesso lhe garantiu grandes amizades dentro dos estúdios da Warner, fato que seria imprescindível alguns anos depois.
Em 1968, enquanto dirigia um de seus piores trabalhos ("O Caminho do Arco-Íris"), descobriu um dos grandes talentos da época estagiando na produção desse filme: George Lucas. A amizade entre os dois foi responsável pelas melhores criações que o cinema mundial já viu, além de possibilitar a Coppola a fundação de seu próprio estúdio: o American Zoetrope.
Entre um fracasso e outro, um grande sucesso aqui e ali, o estúdio foi responsável por revelar outros diretores de grande calibre, como Carrol Ballard, Hal Barwood, John Korty, Williard Huyck, Gloria Katz, John Milius, Mathew Robbins e Martin Scorsese. Apesar disso, os blockbusters do estúdio foram mesmo aqueles dirigidos por Coppola.
Isso fica mais evidente se tomarmos como referência apenas a década de 1970, sua fase de maior e melhor produção. Filmes que marcaram uma geração e se tornaram "cult" para outras. Filmes que têm como marca o autoritarismo, às vezes de maneira explícita, outras mais reservadas.
Seus filmes, diferentemente de outros diretores, não segue uma forma básica. Suas obras são todas "primogênitas", se reinventando a cada claquete inicial. Infelizmente, como é natural a cada recomeço, algumas dessas obras deixaram muito a desejar.
Mesmo assim, seus filmes acumularam inúmeras premiações ao redor do globo. Entre eles, 15 prêmios Oscar®. Foi responsável por um fato até hoje inédito na festa maior do cinema: produziu a única sequência vencedora da estatueta de Melhor Filme ("O Poderoso Chefão I e II").
Alguns de seus filmes que eu recomendo:
* O Poderoso Chefão I (1972)
* A Conversação (1974)
* O Poderoso Chefão II (1974)
* Apocalypse Now (1979)
* O Selvagem da Motocicleta (1983)
* Peggy Sue, seu Passado a Espera (1986)
* Tucker, um Homem e seu Sonho (1988)
* Drácula de Bram Stoker (1992)
* O Homem que Fazia Chover (1997)
* Tetro (2009)
H (um dos favoritos.. de todos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário