quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Jogo de gato e rato



Eu detesto muitas coisas na minha vida. Não gostaria de ter uma lista tão extensa como a que tenho, porém, se ela me pertence é pelo simples merecimento adquirido nesses últimos 26 anos.

Claro que posso destacar alguns freqüentadores desse inventário particular, pessoas, fatos e relações que parecem estar grafadas em néon no meu livrinho negro de ódio sanguinolento. Exemplos clássicos são: a minha irmã e várias outras pessoas que fazem da arrogância a principal face de suas personalidades; donos de cachorros que nunca ouviram falar em coleira e/ou focinheira; idosos teimosos que insistem em entupir as calçadas já apertadas com suas bengalas ou passos de tartaruga; as fofoqueiras do meu bairro que adoram fazer da vida alheia a primeira página do “jornal falado” da vizinhança; o bando de filhos da puta que, assim que sobe no ônibus lotado, se acha no direito de colocar aquela música brega dos diabos no último volume do celular, mesmo com o aviso de PROIBIDO O USO DE APARELHOS SONOROS!

Bom, esses são só alguns. Mas, o principal de todos, aquele indivíduo com quem venho travando uma batalha constante nos mesmos moldes de um David e Golias dos tempos modernos, é o temível atendente de telemarketing. Não existe ser mais detestável e avesso ao bem-estar macro-social do que esse.

Tento ao máximo evitar o contato previsto (a ligação) com esse intimidador, contribuindo, dessa forma, a manter a minha saúde mental e os meus níveis de socialização num patamar fronteiriço ao suportável. Porém, nas duas últimas semanas, as tentativas se mostraram inglórias e insensatas.

Se eu não estivesse com meu orgulho ferido devido a negação do meu direito mais irrevogável (ir e vir), talvez até deixasse esse entrave de lado e minha vida seguiria seu rumo tranqüilamente sem maiores consternações. Mas, como nem todos os caminhos que escolhemos (ou que nos são oferecidos) levam ao paraíso idealizado, escapar do sofrimento fica ainda mais difícil.

Não vou entrar em detalhes sobre as minhas conversas com esse ser mitológico, renegado por toda a sociedade, enfático em cada uma de suas ações, além de surdo e dissimulado por natureza. Só digo o que aprendi: a ameaça surte efeito; falar alto e sem intervalos deixa-os desconcertados; esperar vários minutos na linha possibilita a descoberta de canais interessantes na sua recepção de tv; falar no telefone enquanto comer não é falta de educação; cochilar com o celular no ouvido é uma delícia!

O saldo das minhas duas lutas?! Uma eu venci por nocaute (que pode ser entendido por “problema resolvido antes do prazo estipulado”) e a outra perdi por pontos, porque os entreguei depois da quinta ligação..


H (eles têm um poder de persuasão!)

* Imagem retirada daqui

2 comentários:

LHISS disse...

hahahahahahaha...bem vindo ao mundo dos que têm TOQUESSS

Aga(menon) disse...

Quem é vivo sempre aparece, hein! ;]

Que bom vc por aqui, ser!

Vlw pelo comentário.. bjs