sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

História com "H" - Especial

ele era viciado nos quadrinhos do Calvin & Haroldo...


Conheci o Michel em outubro de 1998. Na ocasião, ele me salvou de ser atropelado por um caminhão desgovernado, na rua principal da cidade (Leme). Viramos amigos na hora. Assim como eu, ele entendia muito bem como era ser um “estranho no ninho”, um alguém sem importância numa cidade desconhecida do resto do mundo e cheia de pessoas com cérebros de tamanho diminuto. ‘Seu’ Rubens, o pai dele, havia morrido recentemente e deixou metade do controle do restaurante da família e da herança que acumulou em mais de 30 anos de trabalho para o Michel. Ele não ligava muito para isso. O sócio do seu pai cuidava do restaurante. O Michel só aparecia nos finais de semana para ‘fazer uma presença’ com as pessoas influentes da cidade que davam as caras por lá.

A irmã mais velha dele, Melissa, ficou com a outra metade da herança. Na primeira oportunidade que teve, se mandou para Curitiba e nunca mais deu notícias. Eles não se davam tão bem. Mal se falavam, mas tinham muito respeito um pelo outro.

A casa da família, um sobrado enorme num bairro silencioso e afastado do centro, ficou, de comum acordo, com o Michel. Dona Maysa, sua mãe, morreu quando ele tinha 5 anos, de câncer. Ele pouco falava dela. Eu sabia que ele guardava uma foto dela na carteira, foto essa tirada no seu quarto aniversário, num parque de Belo Horizonte (cidade natal da família). Nunca tive coragem de perguntar alguma coisa sobre ela ou sobre a relação deles. Como ele também não falava muito, eu não insistia.

Em agosto de 2000, depois de uma proposta irrecusável, ele vendeu a sua parte no controle do restaurante e começou a trabalhar meio expediente num escritório de advocacia. Mas a sua doença (bipolaridade) e a rotina o faziam cada vez mais se fechar em um mundo particular. Logo, perdeu o emprego e a motivação para tudo. O caminho tortuoso das drogas já o acompanhava há bastante tempo. E era uma das únicas coisas que o mantinha de pé. A outra, era a nossa amizade.

Algum tempo depois de nos conhecemos, ele me apresentou aos seus amigos. Um grupo de aproximadamente 20 pessoas, cada um com sua particularidade, porém, sofrendo do mesmo mal: a solidão. Sim, era isso que nós éramos para as outras pessoas: um bando de solitários, sem importância alguma. Não demorou muito para começarmos a nos chamar de “Sociedade da Solidão”, ou, simplesmente, “S = S”. Tínhamos até camisetas! Era um grupinho como outro qualquer. Não existia um líder unânime. Mas tínhamos nossas richas. Dois sábados por mês, sempre à noite, usávamos o cemitério da cidade como nosso QG. Geralmente só contávamos histórias de terror, bebíamos e conversávamos. Até o coveiro virou ‘parceiro’ do grupo. Foram grandes momentos da minha vida.

O Michel nasceu prematuro de 7 meses a exatos 30 anos, em 27 de fevereiro de 1979. Com pouco peso e vários problemas (pulmonar e cardiovascular), o médico já havia avisado a família sobre a possibilidade de não sobrevivência. ‘Seu’ Rubens ficou tão desesperado que praticamente montou acampamento na sala de espera da maternidade. Depois de mais de 20 dias de tratamento e cuidados redobrados, ele recebeu alta. Cresceu saudável, recebeu uma educação satisfatória para as condições da família. Mesmo sem muito esforço, se destacava em quase tudo que fazia. Terminou a faculdade de Direito em 2000, aos trancos e barracos é verdade.

Gostava de pão de queijo e chocolate, vinho de garrafão e chopp. Adorava carros. Onde quer que ele estivesse, gostava de acordar cedo para ver o sol nascer, enquanto murmurava “Obrigado”. Certa vez, quando uma de suas ex-namoradas terminou com ele dizendo “você é sensível demais pra mim!”, ele retrucou: “se eu me cortar, sairá sangue e não areia das minhas veias!”. Teve uma filha (Rebeca) no final de 2000, que hoje mora com o tio materno em Brasília.

Morreu na madrugada do dia 25 de março de 2001, literalmente nos meus braços, depois de me salvar novamente e receber 7 tiros no peito.

Foi o melhor amigo que tive na vida. Em algumas situações, foi um verdadeiro pai. Parabéns meu amigo...
H ("Faça da sua ausência o bastante para que alguém sinta sua falta, mas não prolongue-a demais para que esse alguém não aprenda a viver sem ti." (Anônimo))

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Viva! O pior ponto facultativo do ano.. acabou!


Nada como 5 dias de carnaval para alegrar a vida de uma pessoa! Ou para mostrar o quanto somos banais e descompromissados com tudo e todos ao nosso redor. Cinco dias para festejarmos a carne, as tentações e a total ignorância que sentimos pelos outros fatos que ocorrem por aí.

Eu sei o que esse primeiro parágrafo parece: que eu detesto o carnaval. E é verdade. Detesto tudo relacionado a esse ponto facultativo (não, carnaval não é feriado!) desde 1999. O exato porquê eu não vou dizer, mas sai ano, entra ano, nada muda. É a mesma putaria de sempre. Ninguém é de ninguém e daí para pior. Sempre!

E tudo isso para quê? De que vale querer beijar um monte de gente que você mal conhece? Pra quê mostrar tanto do corpo a ponto de não ter mais o que esconder? Pra quê beber tudo, passar mal e vomitar feito um doente?! Eu digo: pra nada! Absolutamente para nada!!

Desculpem-me, mas, quem gosta de curtir esse ponto facultativo da maneira que citei antes, só pode ser definido de uma forma: fútil. Pessoas sem caráter algum, outras vezes até desprovidas de cérebro e com pouco ou nenhum juízo. O pouco (de juízo) que resta nesta época do ano, deve estar enviado lá naquele lugar, escondido de tanta vergonha.

Sinto pena dessas pessoas... muita pena.


H (cada dia mais perto..)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Cabeceira do H: às trevas com carinho


Fazia um bom tempo que não escrevia nada sobre esse quadro. Na verdade, eu gostaria muito de terminar o livro que estava lendo (ou melhor, enrolando) nas últimas 6 semanas. Mas não consegui. E como as aulas já vão começar, resolvi parar a leitura desse e falar sobre um livro que li duas vezes e o considero muito especial. Antes, como é de praxe, vamos ao momento flashback para explicar como cheguei até esse livro:

No meu antigo emprego, costumava trabalhar todos os sábados e 3 domingos por mês. Até hoje não sei como sobrevivi mais de 3 anos naquela merda! O salário nem era aquelas coisas. Minha chefe era um porre (novidade! Qual não é??). As pessoas, às vezes, conseguiam me irritar de tal maneira que precisa morder a língua mais de uma vez para não mandar um pro inferno. Mas claro que também tinha seu lado bom, principalmente nos finais de semana. Podia ouvir rádio o dia todo, assistir TV de vez em quando. E até ler. Num domingo qualquer de 2004, como de costume bem parado, peguei algumas revistas Veja da pilha que tinha por ali perto e comecei a folheá-las. Gostava de ler as críticas sobre cinema e literatura nessa revista (hoje, deixei minha ingenuidade de lado!). Numa dessas passadas de página, li uma análise sobre um livro policial que estava sendo lançado. Gostei tanto da crítica que, na minha primeira folga, fui até a livraria mais próxima e comprei o livro imediatamente.

'Apelo às trevas' (Darkness, take my hand) é o terceiro livro do autor americano Dennis Lehane (Sobre Meninos e Lobos foi seu primeiro). Um autor excelente, diga-se de passagem. Sua maneira de conduzir uma história é fantástica. E é exatamente o que acontece nesse livro em particular. Dennis Lehane criou uma dupla de detetives para uma série que, por enquanto, conta com 5 livros lançados: Patrick Kenzie e Angela Gennaro. 'Apelo às trevas' é o segundo da dupla. Nesse livro, eles são contratados por uma psiquiatra para descobrir as origens de intimidações que ela e seu filho estão sofrendo. O desenrolar da história (de maneira majestosa) leva a dupla de detetives até uma investigação bem mais complicada: um serial killer que vem agindo há mais de 20 anos. Alguns acontecimentos os levam a crer que o assassino é alguém muito próximo.

Numa das partes mais instigantes do livro, Patrick encontra uma carta do serial killer no seu apartamento. Transcreverei uma parte:

"... na verdade, tirar a vida de alguém é muito parecido com sexo. Às vezes é um ato transcendente, orgástico. Outras vezes, bem, é uma coisinha mediana, tudo bem, não foi lá grande coisa, mas o que se pode fazer? Uma espécie de sensação. Mas nunca deixa de ser interessante. É algo que fica em sua memória ..."

Foda, né?! Pois é. Gostei tanto desse livro, que acabei comprando todos os demais do Dennis Lehane. Todos perfeitos. Ainda falarei sobre algum outro livro dele. Por enquanto, fica a dica desse. Agora, voltarei a entrega do Oscar.


H ("O que importa é o sofrimento. Entenda isso.")

* Imagem retirada do blog O av3sso do espelho é você...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A hora de jogar a toalha - O Lutador


Ontem à noite, depois de me entregar (integralmente!) a minha labuta diária (Mentira!!! rs), resolvi assistir o filme “O Lutador”, aproveitando o fato dele ainda está sendo exibido aqui na Paulista, coisa que logo mudará, tenho certeza.

Tinha lido e ouvido muito sobre ele, desde críticas ferrenhas até elogios rasgados direcionados, principalmente, ao diretor Darren Aronofsky e ao ator Mickey Rourke. Porém, eu sabia que precisava bem mais do que a opinião alheia sobre isso ou aquilo. Precisava ver com meus próprios olhos para, dessa forma, criar minha ilusão de tudo que está relacionado ao filme. E foi bom tomar essa decisão. Um amigo meu, num ataque de insatisfação, disse que nunca se arrependeu tanto de pagar para ser ludibriado. Eu, claro, discordo. Acho que agora chegou o momento em que posso estragar a vontade de quem ainda pretende ver esse filme, então, quem não quiser continuar a leitura, não se preocupe, eu entenderei! rs

O Lutador” é um filme que remonta, no seu início, aos tempos áureos das lutas livres para, logo a seguir, mostrar a situação atual das mesmas. Claro que as lutas forjadas apenas para divertir o público estão no filme, mas nem tudo é só diversão. E é aí que entra o personagem de Mickey Rourke. Randy “O Carneiro” é o que podemos chamar de astro desse universo decadente. E ele adora isso. Mas um ataque do coração faz ele rever essa maneira de levar a vida. Daí para correr atrás da filha esquecida já é de praxe. E ele tenta, realmente tenta mudar. Desiste das lutas, consegue um novo emprego, se reconcilia com a filha e até engata um psedo-romance com a stripper Cassidy.

Porém, e aqui fica o ponto que mais me chamou a atenção durante o filme, um fato faz com que Randy “jogue a toalha” para essa vida regrada e volte ao mundo das lutas, mesmo com o risco de morrer. E que fato foi esse? A negação de Cassidy em assumir o romance dos dois? A revolta de Stephanie (sua filha) ao ser “esquecida” novamente por ele? Nenhum dos dois. Eu vou contar: Randy trabalha como atendente no balcão de frios de um mercado. Mesmo não levando muito jeito para o serviço, ele até se diverte com isso (como em suas antigas lutas). A única coisa que o incomoda é ver seu verdadeiro nome no crachá que usa. Contudo, assim, atrás daquele balcão, ninguém sabe quem ele foi, ninguém lhe pede para tirar fotos e dar autógrafos. Ele vê que pode ter uma nova vida, com um salário e um emprego razoável. Mas, tudo muda quando um cliente o reconhece.

Randy se vê derrotado. Não adianta escapar do passado. Não adianta mudar. Ele (o passado) estará sempre ali, ao redor. Nada nem ninguém podem fazê-lo mudar. Ele é um lutador e ponto final. Nem mesmo a aparição de Cassidy (que, na verdade, se chama Pam) segundos antes de sua derradeira luta, é capaz de fazê-lo desistir. O ringue é a sua vida e os gritos do público lhe dão ainda mais certeza de que aquele é o seu lugar. Mickey Rourke consegue dar ainda mais força ao personagem porque é muito parecido com sua própria trajetória de vida. Provavelmente ganhará o Oscar por isso.

Tenho que ser sincero: “O Lutador” é um filme horrível. Horrivelmente bom. Por outro lado, te faz pensar em muitas coisas. Fica muito aquém de “Réquiem para um sonho” (que é do mesmo diretor), mas consegue ser um filme bom. Uma pena mesmo vai para a trilha sonora, que conta com uma música excelente do Bruce Springsteen (The Wrestler), ganhadora do Globo de Ouro, porém, que nem foi indicada para o Oscar. E durante o filme, só é tocada nos créditos finais! Uma injustiça.

Esse filme me fez lembrar de algumas coisas da minha vida. Algumas burradas que fiz para tentar mudar, me adaptar a uma vida que eu gostaria de ter, mas sabia que não era minha. Ainda vou escrever um post sobre isso. Agora só quero pensar no domingo à noite.

H (a vida é um círculo vicioso)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Momento poesia XII

Liberdade *
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer !
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não !

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

(Fernando Pessoa)

* Retirada do livro "Cancioneiro"

H (esperando pelo 100º)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Compositores - Jerry Goldsmith


Jerrald Goldsmith nasceu em Los Angeles em 29 de fevereiro de 1929, e aprendeu a tocar piano aos 6 anos de idade. Depois de estudar no Dorsey High School e Los Angeles City College durante os anos 40, incluindo aí um semestre de aulas sobre música de cinema com o lendário Miklos Rosza, juntou-se ao departamento musical da CBS em 1950. Inicialmente em um papel secundário, passou em seguida a compor em tempo integral para o rádio e, posteriormente, TV. Sua entrada no cinema deu-se no final dos anos 50 a convite de Alfred Newman, e após um começo hesitante, teve um crescimento surpreendente nos anos 60 ao agarrar todos os tipos imagináveis de assuntos, com alto domínio estilístico.

Pouquíssimos compositores de trilhas sonoras alcançam o reconhecimento do público em geral. Dentre os compositores que despontaram em Hollywood entre o final da década de 50 e o final da de 60, Henry Mancini, John Williams, Ennio Morricone e John Barry tornaram-se mundialmente conhecidos, tendo inclusive freqüentado as paradas de sucesso com seus temas. Jerry Goldsmith, apesar de não ser um nome tão conhecido pelo público como o de seus colegas, pode ser considerado um notável membro dessa elite. Mesmo o espectador ocasional reconhecerá facilmente alguns de seus trabalhos feitos para a TV e o cinema. E tendo sido um dos mais prolíficos compositores norte-americanos do meio, listar apenas uma parte das suas trilhas originais é uma tarefa árdua. Ao longo do tempo, Goldsmith formou uma escola no meio musical cinematográfico, e mesmo tendo formação clássica nunca teve receio das inovações, sendo o primeiro compositor a manter uma seção fixa de instrumentos eletrônicos em sua orquestra.

Após uma experiência difícil com Ridley Scott em Alien, onde o diretor cortou do filme muito da trilha original, inclusive substituindo-a por música clássica nos créditos iniciais e finais, o compositor voltou a trabalhar com ele em A Lenda. Goldsmith lembra de ter passado cinco meses compondo uma trilha que ele classifica como uma das melhores que já fizera. Infelizmente, ele também lembra que seu trabalho, pelo menos na versão americana, foi substituída por uma trilha composta pelo grupo alemão Tangerine Dream. "Quando um filme não fica como o esperado," ele observou, "os responsáveis começam a se agarrar a qualquer coisa para se salvarem. Infelizmente, a última coisa à qual se agarraram foi minha música". A música para A Profecia, seu único Oscar, foi uma das mais fáceis de ser composta. "Foi estranho", ele comentou. "Um dia eu simplesmente sentei e escrevi o material, antes de ir a Roma. Quando voltei, comecei a trabalhar na trilha." O resultado foi uma música intensa, com um dos corais mais marcantes do cinema e que amplificou em muito o impacto das imagens.

É difícil de acreditar que um compositor de qualidade e com um trabalho no cinema que abrange várias trilhas tenha sido tão pouco prestigiado pela Academia de Hollywood. Sua última indicação foi em 1998, por Mulan. Mas Jerry Goldsmith era, acima de tudo, um profissional que, apesar de ter diminuído de produção nos últimos anos de sua vida e ter sido criticado por seus últimos scores, procurava não descuidar da qualidade do seu trabalho. Há alguns anos ele declarou. "Eu estaria queimado há muito tempo se eu simplesmente pegasse um emprego, o dinheiro e desse o fora. Ainda existe um desafio para mim na composição de trilhas. O que me interessa é abraçar um projeto que me ofereça uma chance de fazer algo que ainda não tenha feito. Quando fico inspirado por alguma coisa, a criatividade simplesmente flui. Gosto de uma boa luta. A trilha sempre será feita, mas não fico feliz até que seja bem feita".

No dia 21 de julho de 2004, após anos travando uma silenciosa batalha contra o câncer, Jerry Goldsmith faleceu em sua residência, dormindo. Se fisicamente Jerry não mais estará entre nós, a sua grande obra seguirá conosco, eternizada em filmes, discos e, principalmente, no coração dos seus milhares fãs.

Algumas de suas composições:

* Planeta dos Macacos (1968)
* Patton: Rebelde ou Herói (1970)
* Chinatown (1974)
* A Profecia (1976)
* Alien (1979)
* Jornada nas Estrelas (1979)
* Poltergeist (1982)
* Rambo: Programado para matar (1982)
* Gremlins (1984)
* Instinto Selvagem (1992)
* Los Angeles: Cidade Proibida (1997)
* Mulan (1998)


H (John, você é o próximo!)

Os caçadores das optativas perdidas


Fim de faculdade é foda! Depois de tantos dias “mofando” das aulas, começa a desesperada corrida atrás das optativas. Termo que não condiz em nada com seu real significado, já que somos OBRIGADOS a cumpri-las.

E ontem, numa noite chuvosa dentro da USP, fiz minha peregrinação, atirando para todos os lados, procurando optativas em todos os cantos. Quase tudo em vão. Também, quem mandou passar 8 semestres sem fazer uma única optativa?! Agora tenho que correr atrás do tempo perdido, desperdiçado em descansos e procrastinações às sextas-feiras.

Mas o pior mesmo é não poder contar com a boa vontade das pessoas. Não conseguir um mínimo de ajuda possível de quem, como eu, já passou por isso. Pois é, hoje precisei me humilhar a ponto de pedir à minha chefe um acordo de horário no meu trabalho para fazer uma optativa que fiz requerimento (ou seja, nem sei se vou conseguir pegá-la!) na FFLCH no período da tarde. Claro que a idéia de compensação que eu tinha não era a mesma que ela tinha. Talvez seja esse o motivo de eu estar ainda mais revoltado comigo mesmo por ter deixado a correria pelas optativas para os últimos semestres e, por conseguinte, o stress resultante disso.
Não gosto muito de ter que pedir ajuda para certas pessoas. Principalmente se em alguma outra situação elas já se mostraram indispostas a cooperar. Como eu disse no post anterior sobre fracassos, a vontade que surge é a de desistir de tudo e tomar outro rumo. Mas isso, como eu já disse, é instinto. O meu, pelo menos, é assim. Sei que preciso mudar esse meu jeito de agir e pensar. Mas fico frustrado com a falta de vontade e colaboração de alguns seres.
Por outro lado, não tenho o direito de reclamar tanto, já que estou pedindo para alguém “tapar” uma brecha que eu mesmo deixei. Mas ainda fica o desânimo e a frustração. Não vejo logo a hora de acabar essa merda e me livrar de vez dessa enfadonha carreira que escolhi.
Hoje a peregrinação continua. O Ronaldo que me aguente!
H ("Run.. run for your life!")

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Aprendendo com os fracassos: 3o encontro de biblioamigos

Apesar de poucos, juntos, formamos uma multidão...


Antes de tudo, quero dizer que foi muito bom. Não foi dos mais movimentados ou com maior público presente, mas mesmo assim foi muito bom. Bom rever pessoas que, diferente de outras, compareceram pela segunda vez seguida.

Presenças carimbadas também foram importantes, afinal, se não o fosse, como vocês acham que eu estaria escrevendo esse post? Novidades também agitaram o ambiente. Esse, aliás, que não era dos melhores, pois, erradamente, não fizeram separação de fumantes e não-fumantes.

Porém, nem tudo é perfeito. E é aqui que entra o principal ensinamento e título desse post: precisamos aprender com nossos fracassos. Desistir logo de cara parece a melhor opção. É difícil, na primeira análise, perceber que isso não passa de uma decisão instintiva.

Não estou dizendo que o encontro foi um fracasso. Não. Claro que não. Fiquei muito feliz em ver que, apesar da chuva insistente que caía no dia 11 pessoas corajosas se aventuram até a região da Paulista para rever amigos, colocar o papo em dia, comer, beber. Contudo, ao mesmo tempo, fico triste já que não consegui atingir uma meta maior de participantes do que a do ano anterior (quando fui o host pela primeira vez).

Como eu disse, temos que aprender com os nossos fracassos. Não podemos querer vencer sempre. Até porque, a própria vitória é um termo relativo. A História e seu estudo sempre foram contados e feitos pelos vitoriosos. Mas quais são esses vitoriosos? Como e por quem eles foram intitulados de “vitoriosos”? Tudo isso também é relativo (tudo isso ainda virará um novo post!).

Logo, posso me julgar um vitorioso, só por que compareci no sábado à noite ao 3o encontro de biblioamigos? Não. Esse seria o motivo errado. Sou um vitorioso porque reencontrei meus amigos, me diverti, fiz coisas que gosto muito, ri bastante, tirei muito sarro da Jujuba...

Enfim, foi muito divertido. Foi divertido ver a Jujuba fantasiada de “Brasilina não morreu” (rsrs), ver a cara de todos quando a minha sobremesa chegou (realmente não sabia que vinha com morango! rs), descobrir que pelo menos 4 de nós vão se formar em 2010. Quero dar parabéns aos “vitoriosos” que fizeram da minha noite de sábado uma das melhores noites das minhas férias.



H (que susto eu levei quando vi a "Brasa" lá! rsrs)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Universo desconhecido - post convidado

O nosso querido corredor.. a parte que nos cabe nesse latifúndio

Depois de anos de cursinho, de prestar de Educação Física a História na FUVEST, resolvi me dar uma última chance e prestei Biblioteconomia. Quando passei, quase tive um ataque cardíaco (acho que foi tipo a sensação de ter ganhado na loteria) afinal foram tantas tentativas...

Como todo bom calouro, eu tava perdidinha da silva, só conhecia de fato a FFLCH e olhe lá. Por sorte minha amiga de cursinho de muitos anos, Rosana, também passou (Ciências Contábeis – FEA), então não estava sozinha nesse novo mundo que é a Universidade.

O dia da matrícula foi demais, claro que passei pelo trote. Me senti uma tela de pintura, trocentas pinceladas, tinta pra todos os lados e com o passar das horas a tinta secou e começou a rachar (afinal o calor era de arrebentar!) imagine a beleza! Ali tive contato com alguns veteranos, mas eram tantos veteranos de todos os cursos da ECA que eu não identifiquei bem quem era de Biblio.

Agora sim, o “primeiro” dia de aula! Pegar o ônibus USP/Barra Funda (hoje Terminal Lapa) para ir até a universidade era muito especial pra mim, parece bobo, mas muitas pessoas sonham com diversas coisas, em realizações, em conquistas, o meu era passar no vestibular da FUVEST. Eu lembro que via o ônibus USP passar e pensava comigo “um dia vou pegar esse ônibus todos os dias!”, pois é, tinha conseguido.

Claro que eu e a Rosana resolvemos ir juntas, no ônibus ela me apresentou uma amiga que por sorte era aluna de Biblio! Aline, a primeira veterana que conheci, estava um ano na minha frente e foi ela que me apresentou a ECA, o CBD e me explicou quem eram aqueles professores no quadro de aulas com quem passaria o semestre, além de me apresentar também a mais três veteranas: Priscila, Laura e Marília que me receberam muito bem.

Como só conhecia a FFLCH, quando entrei no departamento de biblio, estranhei bastante. Era muito bem decorado, com uns sofás verdes, mesinha de centro, mesinhas laterais com vidro e banquetinhas tipo puffs. Percebi que era ali que eu iria conhecer outros companheiros de curso, pois os sofás eram, e ainda são, o ponto de encontro dos alunos do CBD. Neste local conheci a primeira pessoa da minha sala, Camila (que infelizmente desistiu do curso) e juntas passamos a explorar mais a ECA, as “Quintas & Breja”, a Dona Ermínia, etc.

Como boa bixete, é lógico que no primeiro dia de aula, estava eu com minha mochila, cadernos, dinheiro para xerox e tudo mais, foi então que descobri que na primeira semana de “aula”, não havia aula e sim recepção para os calouros, com muita festa, palestras e eventos o dia todo na Universidade. Participei de alguns, e para fechar a semana fiquei na minha primeira festa na Universidade, uma espécie de quermesse na Praça do Relógio, com barracas de comes e bebes e muita música em um palco montado bem no centro da Praça. Encontrei ali amigos que já estudavam na universidade e os que passaram comigo no vestibular, foi de fato muito, mas muito bacana.

Primeiro dia de aula, agora sim! Nossa que ansiedade, o desconhecido nos gera um medo muito estranho, medo de não dar conta do recado, de como seriam meus colegas de sala, de como seriam os professores, de como seria o curso (mesmo porque, pra quem não sabe, prestei Biblioteconomia com a plena consciência de que não ficaria no curso, faria transferência interna para História no mês de julho e iria para a FFLCH, detalhe, naquele ano abriram, se não me engano, 47 vagas para a História, estava no papo, porém bastou cursar um semestre para ver que na Biblio eu teria mais futuro, sendo uma área que carece de profissionais, é interdisciplinar e fora os amigos queridos que fiz). Se não me engano a aula era de Fundamentos em Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação com o professor Fernando Modesto. Lembro que ele quis conhecer a turma, então conforme o pessoal ia se apresentando, percebi que muitos já tinham sido alunos da USP em outros cursos, em outras unidades, aí bateu o medo, será que eu conseguiria acompanhar esse povo? Será que eram legais? Eram nerds chatos? Mas a amizade e o companheirismo tomaram o lugar do medo e com o passar dos anos adquiri um carinho especial por todos da sala, uns ficaram mais chegados, amigos que pretendo levar pela a vida a fora.

Hoje estou praticamente no último ano, logo será minha despedida da Universidade de São Paulo, porém a sensação dos primeiros dias sempre é reavivada na semana de recepção dos bixos, onde vejo a felicidade no rosto da garotada que passou, a vontade de aproveitar tudo que a universidade tem a oferecer, de conhecer o campus, da expectativa de uma nova fase. Mas uma coisa é certa, sou feliz por ter tido a oportunidade de usufruir da Cidade Universitária, da diversão ao compromisso das aulas e do estágio, coisa que infelizmente grande parte dos alunos não consegue. É como dizem, uma vez aluno da USP sempre você terá um pouquinho dela em você. Sentirei saudades e levarei ótimas lembranças de uma das fases mais importantes da minha vida.

Juliana Almeida (vulgo, Jujuba.. rs)


H (good memories)

* Imagem retirada do Flickr do Cabieca

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Top 4 séries que fizeram minhas férias

Eu sou você amanhã...

Pois é, as férias escolares mal começaram e já estão muito perto do fim. E, no meu caso específico, apesar de ter uma lista de coisas que deveria ter feito nesses quase 80 dias (lembrando o filme, poderia até fazer uma volta ao mundo! rs), não fiz metade do que estava nela. Descontando os 2 livros que consegui ler (e o terceiro que estou enrolando um bom tempo para terminar) e a atualização quase constante do “Meu Mundo” (rs), as outras coisas foram totalmente renegadas.

Ultimamente, nem vontade de fazer meus requerimentos de disciplinas eu estou. Todavia, teve uma coisinha que fiz durante essas férias, que é o principal tema desse post, e que não me arrependo de todo. Pelo contrário, estou até triste porque terei que deixar esse “vício” (na falta de uma palavra melhor) para me dedicar ao meu (assim espero!) último ano completo de faculdade.

Em dezembro passado, depois de mais de 2 anos como assinante do portal Terra, descobri que o site disponibiliza filmes completos e até seriados para QUALQUER pessoa que entrar no TerraTV. Achei demais! Filmes como “Olhos de serpente”, com o Nicolas Cage e até Piratas do Caribe estão lá. Claro que divididos em várias partes. Mas basta assistir o primeiro que, assim que termina seu tempo de exibição, o sistema deles automaticamente já exibe a seqüência.

Mas vamos ao que interessa: o que mais fiz nessas férias foi o que eu intitulei de “Top 4 séries que me fizeram descansar”. Sem mais delongas, vamos a elas:

1) Smallville: esse “vício” devo ao meu primo Wellington que, depois de me emprestar a 1a temporada completa, me lançou na saga incontrolável da compra de todas as temporadas seguintes. Já estão exibindo a 8a na TV a cabo. Aproveitei as férias para rever alguns episódios, já que a minha tentativa de baixar o final da 7a e o início da 8a temporadas não deu certo. Sobre a série: conta a história da juventude do Super-homem e as conseqüências que a descoberta dos seus poderes trazem para as outras pessoas a sua volta;

2) Lost: essa eu acompanho desde quando a Globo exibiu o 1o episódio. No TerraTV, é possível encontrar as 3 primeiras temporadas completas, dubladas e legendadas. Lógico que eu aproveitei e revi todos os episódios. A 4a temporada baixei toda. A 5a, começou recentemente. Sobre a série: um acidente aéreo numa ilha isolada do Pacífico deixa mais de 40 sobreviventes intrigados. Tudo nela é estranho. O desenrolar da história mescla momentos vividos na ilha, sobre o passado e o futuro dos sobreviventes;

3) Fringe: ainda está na 1a temporada, mas já me viciou totalmente. É uma criação do mesmo responsável por Lost (J. J. Abrams). Chega a ficar evidente que é uma seqüência em escala maior da série acima. A temática é simples: depois de se deparar com alguns acontecimentos aparentemente inexplicáveis, o FBI cria uma divisão especial para investigá-los. Teoricamente, o mundo é usado com um grande laboratório a serviço de experiências científicas complexas que logo são apelidadas de “O Padrão”;

4 ) Friends: o que posso falar?! Em novembro consegui completar a minha coleção (sim, eu tenho as 10 temporadas!). Era uma vontade antiga. Sempre ouvia as pessoas comentarem, mas nunca tive muita vontade de assistir. Quando consegui o estágio na Cásper, vi que o acervo de DVDs tinha também todas as temporadas de Friends. Comecei a assistir e viciei totalmente. Certo que o humor chega a ser bobo em alguns momentos, mas ainda consigo rir. Foi, disparado, a série que mais vi (ou revi!) nessas férias. E não me canso! rs
Logo mais postarei sobre as novidades que o início das aulas da faculdade trarão para esse blog.
H (a imagem foi proposital.. rs)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

História com "H" - V


Charles Monroe Schulz: Charles M. Schulz nasceu em Mineápolis (EUA), em 26 de novembro de 1922. Era filho de Dena Schulz, uma dona de casa, e Carl Schulz, um barbeiro alemão. Era um adolescente tímido e solitário, talvez por ser o mais jovem de sua classe na Central Hight School, na cidade de Saint Paul. Depois da morte da sua mãe, em fevereiro de 1943, alistou-se no Exército dos Estados Unidos, sendo enviado ao Acampamento Campbell, em Kentucky. No ano seguinte, foi para a Europa lutar na Segunda Guerra Mundial como líder da esquadra de infantaria da 20º Divisão Blindada dos Estados Unidos. Depois de deixar o exército em 1945, começou a trabalhar como professor de arte na Art Instruction Inc.

Os desenhos de Schulz foram publicados pela primeira vez por Robert Ripley em sua columa Ripley's Believe It or Not!. Suas primeiras tiras cômicas regulares, Li'l Folks, foram publicados entre 1947 e 1949 por St. Paul Pioneer Press. Esta vinheta também tinha um cachorro, de aspecto bastante semelhante ao Snoopy. Em 1948, Schulz vendeu sua historinha ao Saturday Evening Post.
Iniciou a série de desenhos do Snoopy (Peanuts) em 2 de outubro de 1950 e os desenhou por quase 50 anos, até se aposentar em virtude de sua doença, em 14 de dezembro de 1999. Seus personagens tiveram grande êxito porque retratavam a vida cotidiana e cada um dos seus personagens escondia uma mensagem atrás de si.

Schulz faleceu de infarto agudo do miocárdio no dia 12 de fevereiro de 2000, em Saint Rosa. Foi enterrado no Cemitério Plesant Hill, em Sebastopol.


E, nesse mesmo dia 12 de fevereiro, no ano de 1954, nascia, no vilarejo de Floresta (que só seria elevada a município em 1960, desmembrando-se de vez da cidade de Maringá), estado do Paraná, a pequena Maria de Lourdes Picolli. Primogênita do casal Ludovina Ricordi e Valdemar Picolli, perdeu a mãe logo cedo, sendo criada pela avó materna até a morte dessa. Com o novo casamento de seu pai, em 1959, com Angelina Piai e, consequentemente, com o nascimento de seus outros 5 irmãos (além de mais um do primeiro casamento de seu pai), aprende desde cedo os afazeres de casa, sendo vista, dessa forma, como uma segunda mãe para a maioria deles. Em meados da década de 1970, quando a família se muda de Maringá para São Paulo, aprende os ofícios da costura, conseguindo logo seu primeiro emprego remunerado no ramo. Case-se em dezembro de 1980, com Claudionor Leite, assumindo também o sobrenome do marido. Apesar das dificuldades financeiras nos primeiros anos, o casal teve dois filhos (um deles, essa bela pessoa que vos escreve! rs), Agamenon e Agda, respectivamente nos anos de 1983 e 1984.

Atualmente, apesar da vida financeira mais cômoda, ainda exerce informalmente a profissão de costureira. Segundo a própria, como um tipo de “hobby saudável”. Mora com marido e filhos numa casa modesta na zona oeste de São Paulo. Como toda baixinha invocada, possui um grande coração, uma fé exemplar e uma mão para cozinhar que Benza-Deus! rsrs


H (Parabéns, "véia"!)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Compositores - Howard Shore


Howard Leslie Shore nasceu no Canadá, em 18 de outubro de 1946 e formou-se em piano, composição e regência logo cedo, aos 24 anos. Seus primeiros trabalhos foram realizados para a TV americana em 1975, mais especificamente para o famoso show Saturday Night Live, que desde então revelou talentos humorísticos como Bill Murray, Dan Aykroyd, John Belushi, Adam Sandler, entre outros. No início da década de 80 começou a participar em produções cinematográficas de seu país natal, e tem seus trabalhos mais brilhantes feitos ao lado de seu amigo David Cronenberg, de quem se tornou seu principal colaborador. Na verdade, o que ocorre entre o compositor e o diretor é algo maior do que uma colaboração. Os filmes de Cronenberg e a música de Shore possuem unidade, uma complementaridade rara. A mente e as temáticas exploradas pelo diretor possuem um caráter ousado, perturbador, por vezes insano. Shore transforma esse caráter em música e faz cada partitura expressar a loucura ou a decadência de cada personagem de Cronenberg. A partir do sucesso dos filmes de Cronenberg, o compositor tornou-se popular nos Estados Unidos. Trabalhou com Martin Scorsese em Depois de Horas (1985); após alguns anos, Jonathan Demme, fã dos filmes de Cronenberg, fez amizade com o músico, que a partir daí, compôs belas trilhas para Filadélfia (1993) e o premiado O Silêncio dos Inocentes (1991) - sempre imprimindo um estilo frio, mas dotado de consistência melódica. A partir daí trabalhou em vários outros filmes, mostrando-se como um músico bastante versátil dentro do cinema norte-americano.

Existem muitos diretores de cinema que não gostam de música em seus filmes, enquanto que muitos produtores tentam economizar no orçamento de uma produção, restringindo os gastos com a parte musical. Justamente por isso é que o sintetizador tem sido a alternativa preferida por muitos, para substituir uma orquestra na execução de uma trilha sonora. Contrariando essa tendência, temos então a trilogia “O Senhor dos Anéis”, com partituras que foram executadas por nada mais nada menos do que duas grandes orquestras, respectivamente a Filarmônica de Londres e a Sinfônica da Nova Zelândia. Em todos os instantes do filme, a música participa de forma magistral, através de acordes inspiradíssimos de Shore. A verdade é que a música em “O Senhor dos Anéis” cumpre um papel preponderante quanto a promover a sustentação das cenas, bem como para garantir a construção do sentido de continuidade das imagens. A música de “O Senhor dos Anéis” cria uma atmosfera convincente de tempo e lugar, numa demonstração de que sem a música, seguramente as imagens perderiam o impacto junto ao público. Impossível não perceber a música no filme, mas nem por isso ela rouba a cena e tira os méritos da mesma, apenas auxilia no processo de reforçar as cenas. Como bem frisou o cineasta russo Tarkovski: “Bem usada, a música tem a capacidade de alterar todo o tom emocional de uma seqüência filmica; ela deve ser inseparável da imagem visual a tal ponto que, se fosse eliminada de um determinado episódio, a imagem não apenas se tornaria mais pobre em termos de concepção e impacto, mas seria qualitativamente diferente”.

Algumas de suas composições:

Depois de horas (1985)
Quero ser Grande (1988)
O Silêncio dos Inocentes (1991)
Filadélfia (1993)
Seven – os sete crimes capitais (1995)
The Wonders - o sonho não acabou (1996)
O Senhor dos Anéis – a sociedade do anel (2001)
Gangues de Nova Iorque (2002)
O Quarto do Pânico (2002)
O Senhor dos Anéis – as duas torres (2002)
O Senhor dos Anéis – o retorno do rei (2003)
O Aviador (2004)
Os Infiltrados (2006)
Dúvida (2008)


H (um dos maiores!)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Atos e julgamentos - O Leitor


“Não importa o que eu pense.. não importe o que eu sinta.. os mortos continuarão mortos”. Essa é uma das várias frases de efeito que transitam pelo filme “O Leitor”.

Fui assisti-lo ontem, com uma pessoa que adoro e por quem tenho um apreço tão grande que a considero como uma irmã mais velha: minha priminha Vivi’s. Ela é aficcionada por filmes tanto quanto eu sou. Quando a convidei, sabia que ela não resistiria a tentação de ver esse filme.
“O Leitor” é um filme bom. Melhor do que eu havia suposto. Não sei se essa frase vale muito para quem também gosta de cinema, mas para mim vale. Quem não gosta de spoilers, recomendo não continuar a leitura (apesar de que, não é minha real intenção falar muito sobre o filme em si). A história se desenrola na Alemanha pós Segunda Guerra e conta a relação (nesse caso, principalmente a sexual!) de Hanna Schmitz e do jovem Michael Berg. Tudo acontece durante poucos meses. Uma das excentricidades (e que dá nome ao livro e ao filme) é o fato de Hanna adorar que Michael leia qualquer livro antes de suas relações. (uma curiosidade: o único que ela rejeita é Lady Chatterley, de D. H. Lawrence!).
Acho que do filme é isso que tenho para falar. Quem quiser saber o restante da história, só assistindo. Apesar de não gostar muito de fazer comparações entre filmes distintos, abrirei uma exceção nesse caso e o compararei com “O Curioso Caso de Benjamin Button”.
Como disse no post sobre “O Curioso Caso...”, a parte que mais me chamou a atenção e, provavelmente, foi quando comecei a entender realmente o filme, foi a parte da digressão sobre “escolha” e “casualidades”. Já no “O Leitor”, a trama vai além das escolhas. Fala sobre as conseqüências de nossas escolhas e o quanto nós podemos suportar do julgamento alheio pelos nossos atos.
Nesse filme, a escolha já foi feita muito antes dele próprio começar (daí a frase inicial desse post). Logo, o que pesa mesmo são os nossos atos, sua repercussão, seu julgamento, e a força de vontade que precisamos para conviver com isso. Infelizmente, não posso contar a principal cena do filme, porque estragaria qual imagem que vocês possam fazer da história nos seus primeiros minutos.
É um filme triste. Choramos copiosamente (assim como a senhora que estava duas cadeiras ao meu lado). E, depois de vê-lo, me convenço que, se (e digo novamente SE!) Kate Winslet levar esse Oscar de melhor atriz, será mais pelo conjunto da sua obra do que pela sua interpretação nesse filme em particular. Mas posso estar enganado. Só acho que não foi a melhor interpretação da vida dela.
Agora, que venha “Frost / Nixon”!

H (feliz, como há muito tempo não ficava!)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Momento poesia XI



Convicção do não


Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna.

A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos 'bom dia', quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão, para os fracassos, chance, para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...

Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Luis Fernando Veríssimo)


H (quase lá.. mas ainda aqui)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sobre escolhas e casualidades - O Curioso Caso de Benjamin Button


Ontem tomei vergonha na cara e decidi, depois de muitas tentativas e várias outras desistências, ver pela segunda vez "O Curioso Caso de Benjamin Button". Claro que eu não vou falar sobre o filme, fazer uma resenha detalhada, comentar os figurinos, maquiagem e tals. Quem quiser saber maiores detalhes sobre esse (excelente) filme, pode ler o post que a Maristela escreveu sobre ele. Eu levaria pelo menos 1000 anos para conseguir chegar aos pés das conclusões que ela chegou. Eu não arriscaria escrever algo sobre ele.

Não. O que eu quero mesmo é falar sobre uma parte específica do filme, quando o personagem principal faz uma fantástica digressão sobre escolhas e casualidades. Na hora, comecei a pensar nas escolhas que me fizeram chegar até aquele instante, na última fila de uma sala de cinema, de óculos, assistindo aquele filme pela segunda vez.

Será que realmente temos esse poder nas mãos? Será que cabe a nós decidir qual o caminho que nossa vida irá tomar? Até onde os eventos que nos permeiam podem ser chamados de escolhas e quando eles passam a ser chamados de casualidades?

Isso nos leva a um denominador comum: destino. Na maioria das tragédias gregas (que, logo, será mais um "quadro" do meu blog), não importa quais sejam as escolhas feitas e/ou casualidades que aconteçam, o fim é sempre o mesmo. Que o diga Édipo: depois de saber do triste fim que seria o futuro de seu filho, Laio resolve amarrá-lo a uma árvore, deixando-o a própria sorte. Todos sabemos a história. Agora, será que se Laio tivesse decidido criar o filho, ignorando totalmente o futuro profetizado pelo Oráculo de Apolo, Édipo teria realmente seguido esse futuro?

E difícil dizer. Assim como também é difícil dizer se certa "escolha" que fizemos foi uma boa escolha. Porque é impossível voltar atrás para poder tomar uma outra "escolha". Acho que é por isso que acredito tanto em Destino. Acho que, até podem estar separadas duas ou três "casualidades" para todos nós. Como caminhos numa bifurcação. Seja qual for a nossa escolha, ela vai, no máximo, apenas adiar um fato ou acontecimento importante em nossas vidas.

Ou seja, no fim, todas essas "casualidades" nos levam para o mesmo lugar (seja ele qual for!). A escolha cabe a nós. Mas, a casualidade, já foi decidida muito tempo antes.

Domingo (08/02) darei mais um passo rumo ao meu desejo (se assim me for permitido! rs): assistir todos os concorrentes ao Oscar! Aguardem que logo falarei de "O Leitor".


H ("a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás.. mas só pode ser vivida olhando-se para frente")


* imagem retirada do blog Atropelei o calimero

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Criança não mais


Hoje, enquanto estava parado num trânsito totalmente atípico na Paulista, observei uma mulher que arrastava pela mão o filho que, apesar da baixa estatura, tinha uma mochila onde caberiam todos os volumes da Biblioteca Nacional. Enquanto observava essa cena, comecei a refletir (não sei explicar direito porquê) quando eu deixei de ser criança.

Deixar de ser criança vai além de conseguir finalmente ultrapassar a barreira dos 12 anos. É muito mais do que parar de brincar de carrinho, ficar na frente da TV assistindo desenho após desenho, fazer seus próprios rabiscos numa folha para depois ouvir sua mãe dizer que você é um artista.

Claro que deixar a infância para trás é um evento fisiológico também. Mas, acho que, especificamente no meu caso, foi mais uma revolução mental. Novas idéias aflorando para, assim, ajudar a substituir hábitos e maneiras de agir.

Porém, o que desencadeou essas idéias? Quando foi que o “Hzinho” ficou para trás, dando lugar para o “Hborrecente” (rs)? Será que foi a queda do muro de Berlim? Não, eu não era tão antenado assim. Logo, também posso descartar o fim da União Soviética e a Guerra do Golfo. Será que foi alguma conquista esportista? O Tetra do futebol!? Não. Só gostava porque a família toda se reunia, mas não significou nada para minha infância. Algum aniversário? Não. Algum marco escolar? Não.

Acho que o fato que realmente me fez crescer mentalmente a ponto de deixar de ser criança foi, num dia qualquer de setembro de 1995, quando a mãe de um amigo (que tinha acabado de conhecer quando nos mudamos para Leme), que era professora de história e, depois de ver minha revolta contra meu nome, me emprestou um livro sobre mitologia e história gregas. Ainda me lembro das palavras dela: “quando você terminar de ler esse livro, você vai entender que, seu pai pode até ter agido precipitadamente quando escolheu o seu nome, mas o seu nome não é um nome qualquer... ele tem uma história.”

Infelizmente, não me recordo o nome dela (acho que era Dona Regina, sei lá!). Contudo, uma coisa é certa: ela tinha toda a razão. Mas esse tema sobre as crises que tive com relação ao meu nome fica para um outro post. Em breve.


H (envelhecendo)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Da pré-história até hoje em dia...


O ser humano é preguiçoso por natureza. Chega a ser até viciante a forma como essa preguiça se espalha. Tão incontrolável quanto o reflexo de um bocejo.

Desde que o homem deixou de ser nômade, decifrou os segredos da agricultura e da pecuária, descobriu que não precisava mais ficar andando de caverna em caverna, correndo de predadores ou atrás de comida fresca, mal sabia ele, mas era dada a largada para a Era da Preguiça. A roda, a eletricidade, o motor a combustão, a geladeira, a comida enlatada...

Pense nos seus hábitos diários e você vai encontrar uma infinidade de não-fazeres. Como você vai e vem do trabalho? Prefere elevador a escada?? Quantos aparelhos eletrônicos você possui que utilizam controle remoto??? Fim de semana.. fazer o almoço ou ir no Mc?? No trabalho.. fazer o máximo de trabalho que conseguir em 7, 8 horas ou ficar na net verificando/mandando email??

Pois é. A “Síndrome de Jaiminho” (“eu quero evitar a fadiga”, lembram?) parece engraçada na TV. Mas na vida real é outra coisa. Já é considerada um dos grandes males do século XXI.

Claro que eu não sou uma exceção! Adoro não fazer nada o dia todo. E sabe o que isso me deu? Hipertensão. Barriga. Calvície (na verdade, esse foi herança por parte de pai.. esqueçam esse! rs).

Quando olho a minha volta, vejo que (a grande maioria de) nós nos tornamos verdadeiros “funcionários públicos”. E isso não é só em relação ao trabalho, mas também ao jeito mórbido que levamos (ou melhor, que deixamos de levar) nossas vidas.

E onde foi que tudo isso começou? Lá com aquele primitivo que, depois de plantar uma semente, colher os frutos, derrubar a árvore, fazer um cercado e capturar alguns animais selvagens, resolveu virar latifundiário, contratou trabalho escravo e viveu à base de sombra e água fresca...

Agora deu uma preguiça de continuar escrevendo esse post. Acho que vou terminá-lo outro dia.. rs


H (Todos temos um pouco da Bahia em nossas veias.. rs)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dica cultural III

Apesar do que está escrito, não é Psicose que passará...


Tudo que é bom sempre acaba cedo. Não porque durou menos do que aquilo que é "ruim", mas porque o tempo voa quando apreciamos o que estamos fazendo. Estou falando das minhas férias da Faculdade, mas essa reflexão serve para tudo.


Bom, depois de descobrir que não consegui as matérias "optatórias" que imaginei que conseguiria e, ainda por cima, fiquei sabendo que as aulas voltam dia 16 desse (agora) fatídico mês, fiquei quase totalmente desacreditado de boas notícias vindas da USP.


Como eu disse, foi quase. Sábado, pesquisando no site do Cinusp, descobri que, depois de passada a mostra Memória desenhada, com grandes filmes de animação, a partir de hoje até o dia 27 desse mês, o Cinusp transmite a mostra de Filmes de suspense. Desde grandes clássicos do tema até produções recentes e premiadas. Destaque para os dois que já relacionei na minha lista dos "50 melhores filmes que já vi" (O Silêncio dos Inocentes e Os Suspeitos), o maravilhoso Um Corpo Que Cai, do Hithcock e o ganhador do Oscar de 2008, Onde os Fracos Não Têm Vez, dos irmãos Coen.


Vale lembrar para quem não sabe que a entrada é gratuita. As sessões são diárias (exceto nos 3 dias de Carnaval) em 2 horários: às 16h e às 19h. Vale a pena conferir no site.


Programem-se e divirtam-se. Na próxima quinta-feira estarei lá para ver pela primeira vez em tela grande a agente Clarice Starling matando a mórbida curiosidade do Dr. Hannibal Lecter... ;]



H ("Thank you, Clarice... thank you")

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Compositores - Henry Mancini


Enrico Nicola Mancini nasceu em 16 de abril de 1924 em Cleveland, EUA. Mancini cresceu perto de Pittsburgh e estudou com Max Adkins, que também ensinou Billy Strayhorn. Adkins teve um papel chave no crescimento de Mancini como músico: ele apresentou-o a Benny Goodman, que encorajou Mancini a estudar em Juilliard. Mancini foi aceito, mas o ano era 1942, em plena 2ª Guerra Mundial. Após servir na Europa, ele mudou-se para Nova Iorque e foi trabalhar na banda de Tex Beneke como arranjador e pianista. Foi quando conheceu a mulher com quem se casaria. Henry e Ginny, que era bem relacionada com muitos dos jovens talentos que floresciam em Hollywood (inclusive o futuro parceiro de Mancini, o diretor e roteirista Blake Edwards), transferiram-se para a Califórnia. Já na Universal, Mancini compôs músicas para outros compositores, em trilhas de filmes como O Monstro da Lagoa Negra (1954). Sua grande chance veio ao ser contratado para compor a trilha do filme de Orson Welles A Marca da Maldade (1958). Henry quebrou o padrão estabelecido pelos europeus: A Marca da Maldade era sutil, temperado com metais de jazz, e inconfundivelmente americano. Ele sempre considerou-o um dos seus melhores scores.

Mas este era apenas o início: em breve, Edwards levaria Mancini para uma jornada de vôos cada vez mais altos, com Bonequinha de Luxo, A Pantera Cor-de-Rosa, Vício Maldito, A Corrida do Século, e muitos outros sucessos da dupla. Mancini também era um regente muito requisitado, conduzindo orquestras em mais de 50 performances por ano. Regeu, entre outras orquestras, a London Symphony, a Israel Philharmonic, a Boston Pops, a Los Angeles Philharmonic e a Royal Philharmonic Orchestra. Em 1966, 1980 e 1984 fez apresentações para a Família Real Britânica.

Mancini, com seu sorriso gentil e modos educados, foi um compositor único em uma profissão que já é secular. Bernard Herrmann influenciou praticamente a todos os seus colegas, John Barry criou temas memoráveis, Jerry Goldsmith compôs faixas que eram, ao mesmo tempo, dramáticas e melodramáticas, e emigrantes europeus como Max Steiner e Erich Wolfgang Korngold reinventaram a música sinfônica para o cinema. Mancini, durante a sua carreira, fez todas estas coisas, além de ser um pioneiro no uso da orquestra como propagadora de melodias inconfundíveis em sua mistura de jazz e ritmos pop.

Freqüentemente destacava-se de seus colegas ao criar canções estilizadas e maravilhosas, fadadas ao sucesso. Mancini não criava músicas apenas para acompanhar imagens. Com sucesso, mudou a arte e o formato dos álbuns de trilhas sonoras. Ele pegava uma faixa curta ouvida no filme, e a desenvolvia por completo em uma nova gravação feita especialmente para o álbum. Exemplo clássico: "Baby Elephant Walk", de Hatari, que chegou a ganhar versão com letras em português no Brasil, com o título de "Passo do Elefantinho". Por tudo isso, ele obteve um reconhecimento popular até hoje não alcançado por outros compositores do cinema.

Indicado 18 vezes ao Oscar, venceu 4 deles. Quando faleceu de câncer em 14 de junho de 1994, aos 71 anos, Henry Mancini deixou-nos um legado inestimável: clássicos da música popular, mais de 80 trilhas sonoras para o cinema, mais de 20 séries e programas de TV e mais de 90 álbuns lançados.

Algumas de suas composições:

* O Monstro da Lagoa Negra (1954)
* A Marca da Maldade (1958)
* Bonequinha de Luxo (1961)
* Hatari! (1962)
* Charada (1963)
* A Pantera Cor-de-Rosa (1963)
* A Corrida do Século (1965)
* Os Girassóis da Rússia (1970)
* Columbo (1971)
* A Garota de Petrovka (1974)
* Victor ou Victoria (1982)


H (quem nunca cantarolou o tema da Pantera?? rs)