terça-feira, 30 de junho de 2009

Post-esclarecimento: férias

- Pô, mas eu tinha pedido uma Coca...!

Como eu disse antes, finalmente o período mais esperado por mim nos últimos 40 meses chegou. Não foi fácil, ainda mais quando uma das coisas que mais se detesta na vida é acordar cedo e, justamente para contrastar, a principal coisa que fiz nesses meses foi amaldiçoar meu despertador.

Mas vamos aos fatos: como terei tempo de sobra (que, na verdade, não é de sobra, mas na medida certa!), esse blog ganhará mais atenção. Farei pequenas mudanças, talvez no próprio layout do mesmo, já que não tenho mais tanta simpatia pelo preto e cinza.

Fora isso, estou analisando a estréia de um novo quadro. Ia deixá-lo para comemorar o post de número 200 ou o primeiro ano do blog, porém, como ele exige uma pesquisa elaborada de maneira como nunca fiz na vida, irei aproveitar esse mês de ventos favoráveis.

Para esse mês de julho também está marcado o "nascimento", se assim posso chamá-lo, de um novo blog sobre cinema. Um blog gerido a muitas mãos e que, pelo que fui avisado, terei o prazer de participar esporadicamente. Uma honra, certamente. Desde já, desejo sorte, muitos takes e ações para seus "diretores". Assim que estiver pronto, podem acreditar que anunciarei por aqui.

Ainda sobre novidades, inspirado por uma conversa que tive na semana passada com dois "senhores" sobre filmes, diretores e outros pormenores, resolvi praticar mais meu lado crítico (aproveitar que jornalista não precisa mais de diploma! rs) cinematográfico e, dessa forma, tornarei o quadro sobre dicas e resenhas de películas mais constante. Afinal, tenho 20 filmes "inéditos" na minha coleção e 30 dias pela frente.

Ah, já estava esquecendo: o Cabeceira do H também voltará, provavelmente ainda essa semana. Já tenho duas dicas de leituras prontas. Só falta por mãos à obra.

Ufa, acho que é isso.. rsrs Talvez eu tenha esquecido algum detalhe. Contudo, se o fiz é porque ele não passará disso: um mero detalhe.


H (FÉÉÉÉÉRIIIIAAAASSSS)

* Imagem retirada daqui

sábado, 27 de junho de 2009

Melancolia, férias e mais MJ


Esta noite estou triste e não sei a razão. / Vou, para espairecer minha melancolia, / Ouvir o mar”. [Ribeiro Couto].

Até que enfim, o momento mais esperado dos meus últimos três anos é chegado: Férias! E eu tinha tudo para estar pulando de felicidade. Mas, não sei explicar muito bem, sinto um grande vazio ao mesmo tempo. Acho que deve ser sinal da falta de planos "concretos" para esses próximos 30 dias.

Conversando a poucos minutos com uma amiga, ela me soltou essa pérola: "depois de tanto tempo seguindo com uma rotina, por mais chata que ela seja, acabamos acostumando com tudo. [...] é algo tão sistemático, que uma quebra nessa rotina desanda para um momento de desnorteio. [...] na verdade, eu acho que você acabou se viciando no seu trabalho".

Eu, viciado em trabalho!? Sem comentários, né Bekinha... !?

E, ainda no clima do post anterior, seguem os clipes de três das letras do Michael que eu mais gosto:






Ah, so informando vocês que, provavelmente na terça-feira, vou trazer um post-esclarecimento sobre os rumos do blog durante as minhas férias. Não vou adiantar nada agora. Vou é tirar esses dois dias para descansar um pouco, porque essa última semana foi só na base de aspirina e muita paciência.


H (bola pra frente)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

You're not alone.. never



A década de 1980, alcunhada por muitos (inclusive eu) como “a melhor de toda uma geração”, teve infindáveis características e personagens peculiares. Para os mais saudosistas, poderia citar aqui vários seriados, filmes, movimentos populares, hits e bandas.

Porém, de nada adiantariam. Porque essa década, especificamente essa década, foi palco para, senão o maior, um dos maiores artistas da música pop. Não foi à toa que lhe deram o “título” mais que merecido de Rei do Pop.

Diferentemente de tudo que já tinham surgido até então, ele compunha suas próprias músicas e fazia delas verdadeiros eventos performáticos. Se a intenção era deixar para trás aquela imagem de garotinho raquítico e indefeso, reflexo do seu convívio com os 4 irmãos mais velhos no grupo Jackson Five, ele estava no caminho certo. Mostrou que estava ali para ser mais, muito mais do que qualquer um antes dele.

Se aproveitando da recém criação do canal “jovem” MTV, seus videoclipes foram além de simples ilustrações de suas músicas. Eram produzidos com tal maestria que, por muitas vezes, foram tidos como verdadeiros filmes, tamanha era o valor dos gastos das suas superproduções.

Com o fim da Guerra Fria e a conseqüente nova ordem mundial, perceptível através da globalização, seus discos rodaram o mundo numa velocidade espantosa, batendo recordes de vendas seguidos.

Passada a euforia “Moonwalk”, suas músicas intercalavam um lirismo mais calmo, mensagens de união e respeito para com todos e respostas provocativas quanto sua doença.

É inconcebível que, nessa nossa época repleta de revelações-relâmpago, surgidas tão rapidamente quanto são esquecidas, seres insignificantes que não passam de cópias ocas umas das outras, um ícone como Michael Jackson tenha seu talento comparado com qualquer um. Não, ele não merece isso. Assim como Lady Di, John Lennon, Frank Sinatra, Ayrton Senna, Elvis Presley, entre outros, Michael era muito mais que um réles mortal. Era um gênio. E o era de maneira tão superior e definitiva que, na minha opinião, nunca existiu e nunca existirá alguém capaz de atingir tal nível de talento.

Para mim, podem dizer o que quiserem sobre suas peculiaridades, atitudes grotescas e escândalos sexuais. O Michael Jackson, aquele que tenho como ídolo desde o fim da década de 80, esse Michael Jackson que me fez rir e sonhar tantas vezes com suas músicas e videoclipes, será sempre o melhor artista da música que esse planeta mesquinho viu.

Nascido em 29 de agosto de 1958, Michael Joseph Jackson deixa um legado de 10 álbuns inéditos e muitos relançamentos. Está no Guiness Book com o disco mais vendido de todos os tempos (Thriller). Morreu o artista, o ícone, o mito, o imortal. Mas, que continuará vivo em cada uma de suas canções.


H (There are a better place.. somewhere)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Momento poesia XXI


Muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante... rs Não, não faz tanto tempo assim. Lá pelo idos de quando minhas únicas distrações na vida eram os fins de tarde na casa do Michel e os inícios de noite no Cine Alvorada (saudade daquele lugar!), sempre que tinha uma manhã livre, pedalava até a Biblioteca Municipal de Leme para satisfazer minha curiosidade por novidades literárias. Entre as várias caminhadas que fiz pelos corredores poerentos e enigmáticos daquele lugar, encontrei raridades que até hoje me fazem refletir sobre as voltas que a vida pode dar. Ou as peças que ela gosta de nos pregar.

Um desses achados, foi o livro Tarde Maior, do poeta Louzã de Oliveira. Até aquele momento, nunca tinha ouvido falar sobre ele e nem mesmo os funcionários da biblioteca conseguiram me ajudar com alguma informação relevante sobre o autor. Tudo parecia um mistério. Hoje, percebo que aquele livro e eu estavamos fadados a nos encontrar. Dele, trancrevo esse soneto (que tem muito a dizer sobre o instante presente):


Fantasia

Essa mulher que em vão tens procurado,
a todo o tempo, em todos os lugares,
não irás encontrá-la e, se a encontrares,
pouco te adiantará tê-la encontrado.

A vida não é um jogo equacionado,
em que as peças se encaixam sempre aos pares
no tabuleiro do ideal. Sonhares
não te garante o sonho realizado.

A mulher que ideaste foi criada
de imagens irreais e transportada
da fantasia para o pensamento.

O amor não é abstração, é a realidade
advinda da sútil fragilidade
de um efêmero acaso, de um momento.

(Louzã de Oliveira)


H (6.. 5.. 4.. 3..)

* Imagem retirada do blog Minha vida, meu jogo..... minhas regras

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Diretores - Billy Wilder

"Há algo surpreendente: quando reflito sobre os meus filmes, a minha atenção que, na hora estava deprimida, eu só fazia comédias. E quando estava feliz, rodava melhor as tragédias. Talvez inconscientemente estava tentando compensar cada um dos meus estados de ânimo." [B. W.]

Nascido em 22 de junho de 1906, na Polonia, Samuel Wilder (seu verdadeiro nome), filho de judeus, primeiramente pensou em seguir a carreira de advogado. Mas, com a mudança da família para Viena, abandonou a faculdade de Direito e decidiu-se pela carreira de jornalista. Anos mais tarde, já experiente, foi trabalhar num tablóide em Berlim.

Durante essa época, iniciou sua participação no mundo do cinema como roteirista, colaborando, inclusive, no roteiro de “People on Sunday” do diretor Robert Siodmak. Tudo parecia correr bem para Wilder e sua família até que, em 1933, com a ascensão nazista na Alemanha, mudou-se para a França, onde trabalhou na co-produção de alguns filmes “B”.

Em meados de 1935, mudou-se para os Estados Unidos. Os dois primeiros anos foram muito difíceis. Sem saber falar uma palavra sequer em inglês e vivendo em condições precárias, Billy Wilder (nome que assumiu assim que pisou em solo norte-americano), manteve-se ativo como roteirista, mas só começou a brilhar em 1938, quando formou dupla com Charles Brackett. A parceria foi tão boa que, a partir de 1942, a dupla começou a fazer filmes, com Brackett produzindo e Wilder na direção.

Assim, Billy Wilder estreou na direção com a comédia "A Incrível Suzana", dando início a uma filmografia impressionante, caracterizada principalmente pelos aspectos cínico e mordaz. A inteligência do texto de Wilder faz com que a maioria de seus trabalhos seja interessante. Seu trabalho com Brackett rendeu clássicos como “Farrapo humano” (1945; Oscar de Melhor Filme, Direção e Roteiro) e “Crepúsculo dos deuses” (1950; Oscar de Melhor Roteiro), após o qual, findou a parceria.

Seus filmes seguintes foram produzidos por ele mesmo, como “A montanha dos sete abutres” (1951), e as comédias “Quanto mais quente melhor” (1959) e “Se meu apartamento falasse” (1960), que lhe rendeu o Oscar de Melhor Filme e Melhor Direção. Aposentou-se em 1981.

Em 1988, durante a cerimonia do Oscar, recebeu o prêmio Irving G. Thalberg Memorial Award, por sua colaboração para com o universo da sétima arte. No início da década de 1990, depois de ser cotado para dirigir “A Lista de Schindler” e descartar imediatamente a possibilidade por estar muito velho para o trabalho e achar que o assunto era muito pessoal (os pais e os avós de Billy morreram no campo de concentração de Auschwitz durante o Holocausto), ele mesmo incentivou um diretor até então pouco conhecido (Steven Spielberg) a assumir a direção do longa, aceitando colaborar de maneira discreta no roteiro do filme.

Billy Wilder, uma das mentes mais brilhantes da história do cinema, morreu de pneumonia em 27 de março de 2002, aos 95 anos de idade, após enfrentar problemas de saúde, incluindo câncer, em Beverly Hills, Los Angeles. Em sua longa carreira de roteirista, cineasta e produtor (mais de 50 anos), deixou-nos um legado de mais de 60 filmes.

Alguns de seus filmes que recomendo:
* Fedora (1978)

H (Adoro a televisão. Antes dela, sempre dizia que o cinema era a arte mais vagabunda que existia. Agora já estamos em segunda lugar." [B. W.])

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Oscar® 2010 - 1a parte


Eu sei que ainda não é época, mas, como bom cinéfilo, venho acompanhando algumas prévias, lançamentos de trailers e divulgações de estréias para o segundo semestre.

Graças ao meu professor de Criação & Design, descobri um ótimo site com trailers exclusivos, recém saídos do forno. Além disso, tenho seguido alguns fóruns e blogs, a fim de aprimorar ainda mais meu senso crítico cinematográfico.

Bom, deixando as explicações antecedentes de lado, nesse post indicarei meus futuros candidatos a premiação máxima da telona. Porém, como não sou nenhuma mãe Dinah ou coisa parecida, não arriscarei em dizer as categorias. Isso, deixo para vocês.. rs Se errar em alguma indicação, pelo menos eles ficam como dicas para os apaixonados pela sétima arte.

Como vocês também devem ter reparado, esse post será dividido em duas partes. A segunda, deixarei para o mês de setembro (ou outubro), quando provavelmente já terá estreado o novo filme do mestre Clint Eastwood sobre o sul-africano Nelson Mandela. A partir daí, talvez eu faça até uma lista definitiva ou uma enquete com a participação de vocês.

Mas olha eu enrolando de novo! Se ninguém me parar, sigo mesmo.. Bom, explicações complementares passadas, vamos as indicações:


Rob Marshall. Quem assistiu o musical Chicago, vencedor de seis Oscars em 2002, nem deve se lembrar desse nome. Pois é, o diretor resolveu adaptar outra peça da Broadway: Nine. No elenco, grandes estrelas como Daniel Day-Lewis, Nicole Kidman, Penélope Cruz, Judy Dench, entre outros. Conta a história de um diretor de cinema que é perseguido por todas as mulheres de sua vida, da amante à sua falecida mãe, enquanto tenta fazer um novo filme. Querem apostar quanto que estará entre os papa-estatuetas do Teatro Kodak?!


Com nome parecido, mas trama bem diferente, Tim Burton apresenta sua mais nova produção: 9. Nesse filme de animação, num mundo pós-apocalíptico, um grupo de bonecos vê no pequeno boneco "9" as qualidades e liderança que podem levá-los a sobrevivência. Entre os atores que emprestam a voz, Elijah Wood e Jennifer Connelly. Marcado para estrear na "sugestiva" data de 09/09.


Com uma modesta produção, o filme australiano Last Ride, dirigido por Glendyn Ivin, parece ser uma boa aposta para Melhor Filme Estrangeiro. Narra a aventura de um pai em fuga pelo país com o filho depois de cometer um crime.


Na última sexta-feira, 19/06, Woody Allen lançou nos Estados Unidos sua mais recente produção Whatever Works. Conta a história de Boris Yellnikoff, um solitário mal-humorado que, por acaso, conhece uma jovem do sul com quem inicia um romance mais que particular, apesar dos impedimentos impostos pelos pais dela. O roteiro do filme, assinado também por Allen, data dos anos 70, quando tinha pensado em oferecer o papel protagonista a Zero Mostel, uma idéia que teve que descartar devido à morte do ator em 1977. O cineasta preferiu adiar o projeto até encontrar um ator que encaixasse no perfil de Mostel, até que Allen pensou em Larry David (co-criador da série "Seinfeld"), com quem tinha tido um breve contato em "A Era do Rádio" (1987) e "Contos de Nova York" (1989). O personagem de David, que tem constantes ataques de pânico, se considera um gênio. No entanto, esteve perto de ganhar o Prêmio Nobel de Física Quântica. Tem um alto conceito sobre si mesmo e uma opinião negativa sobre a raça humana. Muitos fãs encontrarão semelhanças do personagem com a maneira de ser do próprio diretor.


Apostando numa comédia negra com certa pitada de metafísica, o filme da roteirista e diretora Sophie Barthes tem enorme possibilidade de fazer sucesso. Narra a história de Paul Giamatti como o próprio Paul Giamatti – um triste e ansioso ator de teatro que em crise existencial, decide explorar o inovador método de “extração da alma” para buscar alívio dos encargos diários de sua vida e pressões de seu espírito. Giamatti apropriadamente se (com)funde com seu personagem, interpretando sua própria persona com ansiedade complicada e timing diferente de humor. Parte do prazer de assistir Cold Souls e ver Paul Giamatti lutando para compreender a sua alma. Não é possível ajudá-lo, mas é possível olhar de relance a nossa própria alma refletida num filme tão inteligente.


Public Enemies promete! Do mesmo diretor de O Informante e Colateral (Michael Mann), o filme conta a busca promovida pelo FBI (representado pelo agente interpretado por Christian Bale) à gangue liderada por John Dillinger (Johnny Depp). Tenho certeza, será um filme que o próprio Martin Scorcese sentirá uma ponta de inveja por não tê-lo feito.


E, por falar no Scorcese, dia 09/10 será lançado no Brasil seu mais novo trabalho: Shutter Island. Mais uma adaptação de um livro do autor norte-americano Dennis Lehane (em 2002, Clint Eastwood adaptou Sobre Meninos e Lobos; e em 2007, Ben Afleck adaptou Gone, baby, gone), conta a história de Teddy Daniels, detetive mandado para uma pequena ilha do litoral de Massachusset, para investigar o desaparecimento de uma paciente perigosa do Ashecliffe Hospital, uma clínica para doentes mentais. Se Leonardo DiCaprio interpretar o personagem tão bem quanto no livro, será uma indicação certa para o prêmio de Melhor Ator.



H (contagem regressiva: 10.. 9.. 8.. 7..)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Homenagem de um gato gorducho para outro

Um gordo gato laranja, de olhos grandes, preguiçoso, guloso e sarcástico até o último pêlo (a nova ortografia ainda não vale para esse mundo!).

Apesar de ter “nascido” numa segunda-feira (19 de junho de 1978), a detesta tanto quanto dietas e exercícios físicos. Uma das únicas coisas que o diverte são as trapalhadas de seu dono, Jon Arbuckle, principalmente quando esse tenta dar uma cantada na veterinária Liz Wilson.

Adora filosofar, muitas vezes enquanto fita o teto ou observa as pessoas pela janela da sala. Seu dono e seu “companheiro” Odie são os principais alvos de seu sarcasmo desmedido. Folgado e bonachão, tem como principal hobby assistir televisão e principais atividades, dormir e comer lasanha.

Criado pelo cartunista Jim Davis, o gato Garfield tem hoje a segunda tirinha mais publicada em jornais (mais de 2.500) pelo mundo, só perdendo para as da turma do Snoopy. Teve seu nome inspirado no avô de Jim, James Garfield Davis (que, por sua vez, foi inspirado no nome do vigésimo presidente norte-americano, James Garfield).

Seja em tiras, desenhos para TV e/ou filmes, a prerrogativa mor da "saga" Garfield é ironizar as pessoas que transformam os animais de estimação nos "donos da casa".

Quem quiser mais informações, pode acessar o site oficial do gato mais preguiçoso do planeta.

Essa é a primeira tira publicada.. reparem na diferença dos traços dele..

H (analisando bem, somos muito parecidos.. rs)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Minha simplicidade de volta, por favor..


No dia dos encalhados (13 de junho), pensando em recarregar minhas baterias para essas duas semanas de “pré-férias”, resolvi sair com a minha priminha Nathália, de 9 anos, para assistir um filme infanto-juvenil. Na verdade, uma seqüência de um filme infanto-juvenil.

Como já era sabido, o filme seria dublado. E, para um bom cinéfilo que se preste, se tem algo que é inadmissível, é um filme dublado. Mas, a existência desse post não é a crítica ao filme, até porque, como um adulto que sou, já tenho minhas manias e, dessa forma, analisar um filme desse gênero não iria além de um “bom” ou “ruinzinho”, etc.

Aquilo que eu gostaria de tratar nesse post é sobre a visão simplista que as crianças possuem. Quem me conhece sabe que adoro sair com meus “sobrinhos” (filhos dos meus amigos). Tento “falar a língua deles”, me inteirar sobre os assuntos que eles gostam etc. Mas, também aproveito para aflorar meu lado “educador”. Responder os “por quês” deles, sabe?!

Porém, logo que chegamos ao shopping, a Nathália conseguiu me pegar desprevenido. Foi mais ou menos assim: comentei que fazia muito tempo que não ia naquele shopping. Daí ela me perguntou “quanto tempo?”, no que eu respondi “desde que eu namorava a Maria (nome fictício)... aí o namoro terminou e nunca mais apareci aqui.”

A partir daí, começou o bombardeio de perguntas:
N – “Mas, quantas namoradas você já teve”
H – “Ah, não sei.. algumas”
N – “E por que vocês terminaram? Foi por ciúme?”
H – “Você tá perguntando dessa específica ou de todas elas?”
N – “De todas. Por que terminou?”
H – “Ai Nathy, é tão complicado de explicar isso... simplesmente acabou.”
N – “E não seria bem mais simples não acabar!?”

Agora, imaginem a minha cara diante de uma pergunta dessas! Realmente não soube o que responder. Para tentar por um ponto final no assunto, só consegui balbuciar um “talvez” e agradeci por já estarmos no piso da bilheteria.

Depois, durante o caminho de volta, me deu vontade de explicar as dificuldades e empecilhos que os adultos gostam de trazer à tona justamente quando estão enamoradas. Desabafar sobre as minhas próprias experiências. Contar como foram os começos, as esperanças, dúvidas, brigas, fins. Mas, quando me fiz de corajoso, ela se aninhou no meu braço, disse “que sono” e dormiu tranquilamente.

Foi melhor assim. Pelo menos não seria eu o responsável por estragar essa visão pueril da vida que ela ainda tem.

H (não precisando, mas querendo)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Momento poesia XX


Confronto

Bateu o Amor à porta da Loucura.
"Deixa-me entrar - pediu - sou teu irmão.
Só tu me limparás da lama escura
a que me conduziu minha paixão".

A Loucura desdenha recebê-lo,
sabendo quanto Amor vive de engano,
mas estarrece de surpresa ao vê-lo,
de humano que era, assim tão inumano.

E exclama: "Entra correndo, o pouso é teu.
Mais que ninguém mereces habitar
minha casa infernal, feita de breu,

enquanto me retiro, sem destino,
pois não sei de mais triste desatino
que este mal sem perdão, o mal de amar."


Carlos Drummond de Andrade



H (:[)

domingo, 14 de junho de 2009

Auto-história: o primeiro touro italiano

As lendas são tão constantes no universo dos carros esportivos quanto a evolução de uma geração para outra. E uma dessas lendas diz respeito a dois dos mais importantes financiadores de sonhos da Itália: Ferruccio Lamborghini e Enzo Ferrari. Tudo começou quando o primeiro exigiu explicações do comendador sobre os problemas que sempre enfrentava com seus ferraris. Diante do pouco caso feito por Enzo, Ferruccio, herdeiro de uma grande fábrica de tratores, decidiu se vingar. Um dia, faria o comendador ficar de queixo caído diante dele.

Assim, o primeiro Lamborghini saiu do forno em 1964. Era bom e tinha um motor forte. Mas não passava disso. Mas Ferruccio tinha um ás na manga. A idéia era fabricar um "superesportivo de rua", com motor central como o Ford Gt40. A tarefa não era fácil. E, para realizá-la, Giampaolo Dallara, Bob Wallace e Paolo Stanzani foram os responsáveis contratados para o projeto.

No Salão de Turim de 1965, ele foi apresentado ao público. Mas era só o chassi nu, uma amontoado de ferro com bancos, volante e motor. Mesmo assim, Ferruccio começou a receber encomendas e mais encomendas de aristocratas loucos para descobrirem o projeto final.

E que projeto final?! Ninguém, nem mesmo Ferruccio, sabia como ele seria! Aqui brilhou a estrela do jovem projetista Marcello Gandini, de apenas 25 anos, que foi contrato junto a Nuccio Bertone, dono da Carrozzeria Bertone. Com pouco mais de 6 meses para a finalização do projeto, o quarteto formado por Gandini, Dallara, Wallace e Stanzani, trabalhou dia e noite para ajustar todos os detalhes. O desenho da carroceria foi inspirado no próprio Ford GT40, na Ferrari 250 LM e no recém lançado De Tomaso Vallelunga.

Na abertura do Salão de Genebra de 1966, lá estava ele, a mais bela criação da Automobili Lamborghini SpA. Chamava-se P400 (cilindrada de 4,0) Miura (raça de touros espanhóis). Alguns que estavam presentes juram que o próprio Enzo Ferrari ficou durante um bom tempo analisando as linhas da nova sensação italiana. O Miura era leve (980 kg) e baixo (1,05 m). O conjunto ótico trazia faróis retráteis jamais vistos até então. A grade dupla sobre o capô escondia a tampa do tanque de combustível e o radiador. Já na parte traseira, para auxiliar no arrefecimento do motor, foi colocada uma "persiana de vidro".

O sucesso do carro no salão foi tão grande que a Lamborghini aceitou 17 encomendas durante o evento e logo a produção estava em curso. Apesar disso, havia uma necessidade grande de melhorias em relação ao projeto original, de modo a transformar um carro de corridas em um carro de passeio que pudesse ser utilizado no dia a dia. Os principais problemas eram o calor e o barulho excessivos do motor que estava posicionado atrás dos passageiros. Como solução foi colocada uma janela traseira vertical com vidro duplo e a cobertura fixa sobre o motor foi substituída por uma em persiana que permitia a saída de calor do compartimento. A distância entre-eixos foi ampliada, afastando um pouco o motor dos assentos, e foi aplicado material para isolamento acústico; outras mudanças foram dutos extras de ar em volta do motor e novos radiadores frontais montados verticalmente.

No entanto, conforto não era um termo muito recorrente ao Miura. Devido ao pouco espaço e baixa altura, entrar no habitáculo não era tarefa fácil. Os bancos não tinha regulagem de distância. Fora isso, o calor e o ruído dentro do carro eram insuportáveis.

Ao todo, de 1966 a 1973, foram lançadas 3 gerações do Miura (p400, P400 S e P400 SV), com pouco mais de 750 unidades produzidas. Pois é, não foi um recorde de vendas. Mesmo assim, o Miura foi considerado não só um dos modelos mais importantes da Lamborghini, mas um dos mais importantes da indústria automobilística como um todo. Um dos carros mais belos já produzidos, o Miura com suas inovações mecânicas e de design influenciou diversos automóveis da sua época e até hoje é admirado pela beleza das suas linhas.

No cinema, dois fimes que me lembrei foram Um Golpe à Italiana (1969) que, apesar de consagrar os pequenos mini-coopers, traz um Miura logo no início e O Fusca Enamorado (1977), como um dos coadjuvantes que é logo ultrapassado pelo fusquinha Herbie.

Agora, para quem curte ronco, segue o vídeo do Auto Esporte:


Mais informações:
Best Cars Web Site


H (Quero um de aniversário!)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Top 5 filmes para essa data

Certo, eu não estava disposto a voltar. Mas, uma ligação que acabei de receber me fez pensar em algumas coisas e aqui estou de volta.

Uma pessoa me pediu algumas dicas de filmes para essa data. Pensei bastante, revi minha DVDteca toda, consultei outros amigos e, depois de quase uma hora, cheguei a uma lista. Deixei alguns óbvios de fora (romances melosos, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, etc.) por motivos ainda mais óbvios. Selecionei apenas aqueles que realmente gostei. Nada de dramas adolescentes que todos já sabem como terminam. Segue a lista por ordem de lançamento do filme. As sinopses, como fiquei com preguiça de escrever, copiei daqui e daqui também:

1) Filhos do Silêncio (Children of a Lesser God), 1986: Baseado num sucesso da Broadway, o filme conta a história de amor de John Leeds, um idealista professor de deficientes e uma decidida moça surda, chamada Sarah. No início, Leeds vê Sarah como um desafio à sua didática. Mas logo o relacionamento dos dois transforma-se num romance tão passional que rompe a barreira do silêncio que os separa.


2) Escrito nas Estrelas (Serendipity), 2001: Você acredita em destino? Sara acreditava muito. Tanto que, quando topou com o grande amor de sua vida, Jonathan, pensou que não era o momento de ficarem juntos. Tudo porque os dois estavam namorando outras pessoas. Então Sarah sugeriu que os dois deixassem seu segundo encontro por conta do acaso. Ela colocou o nome e telefone num livro e o vendeu numa loja de livros usados, e Jonathan colocou suas informações numa nota de cinco dólares e passou adiante. Se ele achasse o livro ou ela encontrasse a nota, então seria um sinal do destino. Alguns anos se passaram e Sarah estava de casamento marcado com outro quando.... E isso é só o começo de uma história que pode não fazer você acreditar em destino, mas certamente vai fazer você torcer para que ele leve os dois personagens a um final feliz.


3) Igual a tudo na vida (Anything Else), 2003: Nova York. Um casal de namorados está em crise. Jerry e Amanda vivem juntos. Ela não quer mais contato físico com ele, que vive enlouquecido com a situação. Jerry é escritor de programas de TV e ouve as histórias e conselhos de David, um veterano roteirista com a cabeça cheia de teorias. Amanda hospeda a mãe cantora de boteco no apartamento onde mal cabem os dois. A mãe de Amanda é outra doida de carteirinha. Jerry e Amanda combinam ir para um hotel onde tentarão salvar o namoro. Mas Amanda parece não estar nem ai com o pobre rapaz que está mais confuso que cego em tiroteio. Entre mortos e feridos, será que alguém vai se salvar?


4) Closer, perto demais (Closer), 2004: Paixão, drama, amor e abandono marcam a história de dois casais, cujas relações se complicam quando o homem do primeiro casal se apaixona pela mulher do outro casal.


5) De Repente é Amor (A lot like love), 2005: Casal encontra o verdadeiro amor... mas exatamente no momento mais errado de suas vidas.


Apreciem.


H (without envy)

Muito além de uma comemoração varejista

Perdão, esse lugar está reservado?

Dia dos namorados. Mais uma data criada para "ajudar" o comércio numa época de poucas vendas. E, além disso, ajudar a germinar na cabeça da (o) sua (seu) namorada (o) a idéia de que, apesar de ter um (a) ótimo (a) namorado (a), ela (e) ainda merece algum mimo (entenda-se como presente caro!) para saber o tamanho da sua importância para a outra pessoa.

Na semana passada, no dia em que fiquei sem meus fones de ouvido, pude ouvir uma conversa entre duas amigas sobre uma festa em que elas foram e acabaram "traindo" seus respectivos namorados. E, num momento típico de programa de auditório vespertino, uma delas solta a frase: ".. apesar disso, eu não consigo viver sem o meu namorado". É por essas e outras que nunca acreditei naquela famosa frase do filme Love Story "amar é nunca ter que pedir perdão". Amar é muito mais que isso. É sentir saudade; sentir falta de um sorriso, de um abraço, de uma demonstração de entendimento mesmo quando nenhuma palavra foi pronunciada.

Eu poderia ficar aqui, parágrafo após parágrafo, falando sobre o que é o amor. Porém, só vou dizer mais isso: nos meus 26 anos de vida, já amei muitas pessoas "desconhecidas". Já desejei por várias vezes estar com essas pessoas mais até do que com meus familiares. Talvez isso seja "ter uma namorada": enxergar em uma pessoa desconhecida algo que te faz pensar na sua vida futura; perceber que alguém te completa, te "cegando" de tal forma, que logo todas as imperfeições do mundo deixam de existir. Na verdade, até o mundo deixa de existir em alguns momentos.. rs

Pode parecer que eu odeio o dia dos namorados. Não é verdade. Apenas tento evitá-lo o máximo que posso. Apesar disso, essa será a primeira vez nos últimos 5 anos que passarei sozinho. Opção própria e sem arrependimentos.

Sou um romântico assumido sim. Infelizmente, mas sou. E adoro estar com alguém, principalmente para celebrar datas como essa (sem mimos!). Mas, como ultimamente não tenho tido sorte em encontrar uma parceira que corrobore com esse desejo ou, ainda pior, que nem sequer saibam o que é "um namorado", eu simplesmente enxergo esse dia como ele realmente é: 12 de junho, o centésimo sexagésimo terceiro dia do ano de 2009. Um dia comum. Nublado e frio.


H (feliz e sozinho.. graças a mim)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Post convidado: a imutabilidade do talento - 1a parte


Há uns anos atrás, li os clássicos da filosofia, nomes importantes como Platão, Sócrates, Anaximandro, Tales de Mileto, Anaxímenes, mas dentre todos estes gregos pirados na batata, ficaram fixos no meu tico e teco Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia. O primeiro dizia sobre a constância do movimento, usando a seguinte analogia: “Um homem entra e conhece o rio. Na segunda vez que entra, não é o mesmo homem”. Calma gente, não pensemos lorotas! O que ele queria dizer sobre a mudança é que, a medida que o homem avança no caminho do conhecimento, ele se movimenta aprendendo mais e mais, tornando-se algo novo. Já o segundo (o Parmênides, para não perdermos o raciocínio), dizia da imutabilidade, isto é, o ser é imutável em sua essência.

Concordo com o Heráclito, o ser humano é um animal em constante mudança neste processo que é a vida. Só que também concordo com o Parmênides no tema da imutabilidade do ser. Por mais alterações que um indivíduo tenha por meios externos ou por mudança interior (tema da liberdade dos atos), a sua essência (valores, qualidades, característica) não alteram. Tá bom! O uso desta metáfora cansativa com princípios de mayêutica (pesquisem no google ou começarão a me chamar de nerd!) é para discutirmos o foco do título da matéria: a imutabilidade do talento de algumas pessoas.

Este discutível tema que abrangem várias áreas do conhecimento como esportes (não quero que os corinthianos me batam), políticas (tão pouco os petistas me fuzilem), religião (entre outras ) se aplica no caso ao talento de alguns caras (ou minas) no mundo da sétima arte. Vamos meter bronca nestes caras!

Freddie Prinze Jr.: Conhecido por papéis teens como Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, Scooby-doo (ele é o Freddie, que coisa não?), Amor ou amizade, Louco por você entre outras idiotices água com açúcar, faz o mesmo tipo de galã que irrita a qualquer ser humano. Não muda em nada: atuação, fisionomia e até penteado! Casado com Sarah Michelle Gellar (Da série Buffy, Segundas intenções, O grito), o sujeito vive preso ao tipo eterno adolescente, chegando a estrelar uma série na Warner como ele mesmo. Isto que é versatilidade! Por que não foi indicado?

Michael Madsen: Irmão de Virgínia Madsen (Duna, Número 23), este cinqüentão com trejeitos de Mickey Rourke com James Dean, Madsen é da gangue do Tarantino, isto é, atores que são presenças certas no filme do diretor. Dentre os seus “marcantes” trabalhos estão: Cães de aluguel , A experiência 1 e 2, Telma & Louise, Free Willy 1 e 2, Kill Bill Vol.1 e 2, Sin City entre outras “maravilhas”. Como Freddie Prinze jr., este sujeito não muda a expressão ou aparência em nenhum filme, seja o gênero que for. Admito que ele fica bem no papel de bandido, mercenário etc, mas se ele estudou para atuar, não é apenas para o mesmo tipo. Se liga!

Rache Leigh Cook: Bonitinha, meiguinha, tudo inha! Ela ficou conhecida por alguns trabalhos como Louco por ela, O implacável (filme com Stallone que não implacou nada), Texas Ranger (Western teen que fracassou) e Josie e as gatinhas (sem comentários). Ela é sem sal, com uma presença tão sem graça que até a Maysa do Silvio Santos convenceria melhor! Só recebeu indicação a prêmios patéticos como MTV Movie Awards.

Collen Camp: a carreira desta infeliz foi tão boa que até eu sou capaz de esquecer. Revelada como jovem talento no Programa do ator Dean Martin nos anos 60, ela foi cantora e atriz. No tipo loira bonitinha, com ares de coitada que apanha do marido, os maiores destaques da carreira foram: Bruce Lee no jogo da morte, no qual ela interpreta a namorada de Lee; Loucademia de polícia 2, onde interpreta a esposa do Tacobary; A Madrasta, ao lado de Betty Davis e Quanto mais idiota melhor, onde faz a esposa de um produtor (que versatilidade). A última aparição dela foi em 2004, no filme Em Boa Companhia (com Dennis Quaid, Scarlett Johanson) onde interpreta uma secretária (com uns 40kg a mais do que no início de carreira).

Pois é. Isto porque não citei Steven Seagal, Van Damme e companhia ilimitada. Nos vemos.


Diogo De La Torres Kubota

terça-feira, 9 de junho de 2009

Diretores - Bernardo Bertolucci

"O cinema é uma maravilhosa máquina do tempo: é possível apresentar aos jovens de hoje os jovens da década de 60 que tinham um objetivo pelo qual lutar."

Bernardo Bertolucci nasceu em Parma, Itália, em 16 de março de 1941. Filho de um crítico literário e poeta, Attilio Bertolucci, Bernardo fez vários filmes amadores enquanto adolescente e, poeta desde a infância, ganhou em 1960, um prêmio nacional pela coletânea de poemas ''In Search of Mystery''.

No ano seguinte, Bertolucci abandonou a Universidade de Roma para ser assistente do diretor Pier Paolo Pasolini no seu filme “Accattone”. Tinha o diretor como uma figura paternal, de grande influência. Além de Pasolini, Jean-Luc Godard foi outro que influenciou seus primeiros filmes.

Em 1962, Bertolucci estreou na direção com ''A Morte'', um drama policial de pouco impacto de crítica e público. Mas logo em seu segundo filme, “Antes da revolução”, já obteve reconhecimento e muitos elogios da crítica, chegando a ganhar um prêmio na França. A película se baseia na relação de um jovem com as questões sociais de sua época. Possui vários elementos que refletem o próprio Bertolucci, e foi co-estrelado por Adriana Asti, esposa do diretor na época.

Na década de 1960, entre outros trabalhos, Bertolucci ainda dirigiu documentários sobre petróleo, e assinou a história do clássico faroeste ''Era Uma Vez no Oeste''. A década seguinte foi a mais significativa de sua carreira. Em 1970, dirigiu ''A Estratégia da Aranha'' (baseado em texto de Jorge Luis Borges), sobre um filho buscando informações sobre o assassinato de seu pai antifascista. Foi aqui também que Bertolucci, buscando tornar-se um diretor popular, substituiu o cinema poesia pelo cinema espetáculo, mas sem abandonar seus dilemas. Nessa época, inclusive, a psicanálise pela qual passava, começou a manifestar-se intensamente na tela, levando Bertolucci a dizer para seu psicanalista: ''seu nome deveria aparecer nos créditos dos meus filmes''.

Já nos Estados Unidos, seguiu-se sua tríade de sucesso: “O Conformista” (1970), que chegou a ser indicado para o Oscar® de melhor roteiro; “O Último Tango em Paris” (1972), que escandalizou meio mundo e deu a Bertolucci mais uma chance de concorrer ao Oscar®, desta vez como diretor; e “1900” (1976), um filme monumental e muito ambicioso, que tirou de um crítico alemão a seguinte frase: ''Bertolucci tenta harmonizar Marx e Freud''.

Um dos nomes mais importantes do cinema mundial nos últimos 30 anos, Bertolucci faz um cinema de forte apelo visual, caracterizado principalmente pelas temáticas política (esquerdista) e humana (com ênfase no sexo). Sua consagração veio em 1987, com “O Último Imperador”, que recebeu nove Oscars®, incluindo os de melhor filme e melhor diretor. O filme retrata a vida real de Pu-Yi, o último representante da realeza chinesa e destaca-se por sua suntuosidade visual.

Bertolucci é um cineasta ousado, que gosta de movimentos de câmera sofisticados, roteiros inteligentes e não tem medo de experimentar, mesmo quando trabalha com grandes orçamentos. Está em plena atividade e certamente vai virar o século à procura de um novo "clássico" para a sua já ampla coleção.

Alguns de seus filmes que recomendo:

H (foi difícil!)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Do inferno ao céu em 24 horas


Se tem uma coisa que não desejo nem ao meu pior inimigo, foi algo que me aconteceu nessa quinta-feira enquanto, inocentemente, eu tentava ir até a faculdade entregar meu trabalho final da matéria de arquivística.

Como eu só iria para entregar o trabalho nas mãos da professora, e já imaginava que gastaria, no máximo, uma hora no trajeto, então resolvi ficar 30 minutos a mais no trabalho (acreditem, não foi por gosto!) e corri para o ponto de ônibus, torcendo para pegá-lo antes das 18h.

Ah, se arrependimento matasse! Fiquei quase uma hora de pé esperando o maldito do busão! Ainda tinha a frustração de ver um "Terminal Lapa" passar depois do outro até somar um número que desisti de contar após os primeiros 20 minutos de desespero.

Vocês devem estar rindo do meu sofrimento, né!? Se parasse só nisso, até eu riria. Mas, como desgraça pouca é bobagem, o que estava por vir me deixou ainda mais desanimado. Como já estava conformado com a demora do busão, resolvi pegar meu fone de ouvido para me distrair um pouco. E quem disse que consegui achar o tal do fone?!

Juro que pensei em entregar os pontos de vez! Rezei (mesmo sabendo que seria impossível) milhares de vezes para o ônibus passar vazio. E como vcoês acham que ele veio? Lotado, lógico!

Depois de ouvir uma "conversa" entre duas alunas das sociais sobre os respectivos namorados, não só me inspirei para o post especial do dia dos namorados, como também descobri que tenho um pavor ainda maior do que envelhecer: enfrentar um busão sem meus fones! Inclusive, só fui encontrá-los no dia seguinte, no trabalho.

Alguns dias atrás, assim que percebeu o nível do ruído que saía dos meus fones, minha avó me falou: "meu filho, você ainda vai ficar surdo ouvindo música nessa altura!". Não se preocupa não, Dona Angelina.. no futuro, eu compro um aparelho auditivo com Bluetooth.. rs


H (não vivo sem música)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Seja espontâneo!

Desligue o PC e vá fazer algo útil!

Como passei um bom tempo parado na fila indiana que os ônibus gostam de formar próximo ao Masp, resolvi percorreu meu olhar pelos arredores. E qual não foi a minha surpresa quando, de repente, me deparo com uma dupla de músicos de rua fazendo performances dignas de Andre Rieu e Jimmy Hendrix. Era tão empolgante que até tirei os fones de ouvido para ouvi-los melhor. Porém, como nem tudo na vida é perfeito, nesse exato momento, a fila começou a andar. Que pena. Só porque eu queria ver o sósia do Hendrix colocar fogo na guitarra dele! rs

Bom, algum tempo depois, já na Avenida São João, e ainda com a imagem dos sósias na cabeça, vi uma frase pichada num muro: "Por uma vida sem catracas!". Passei a refletir sobre isso e logo uma coisa que tem me incomodado há algum tempo começou a tomar forma definitiva. Talvez incomodado não seja bem a palavra. Mas que tem me feito pensar bastante, isso tem: espontaneidade. Quanto tempo não vejo alguém sendo o que realmente é!

Muitas vezes por imposição alheia, temos que reprimir nossas vontades. Às vezes até por medo de como seremos vistos. Sim, eu falo por experiência própria. Até dentro da minha casa, por inúmeras vezes precisei omitir certos aspectos da minha personalidade com receio de como meus pais aceitariam isso.

Já pensou como seria bom rir das piadas que você realmente achasse engraçadas? E não soltar aquela gargalhada falsa só porque foi o seu chefe quem a contou! Dizer para uma pessoa desconhecida que passa por você na rua o quanto ela é bonita sem se importar com os comentários e/ou reações adversas que possam surgir daí para frente?!

Mas, a minha favorita mesmo é essa: trampar no que realmente gosta, fazendo seu trabalho com tanto gosto que faria o seu salário parecer tão supérfluo quanto moeda de 1 centavo?! Francamente, essa vida em sociedade me deixa muito triste às vezes. Não temos espaço nem oportunidade para sermos sinceros com aquilo que nos incomoda, autonomia para dizermos bobagens nas melhores e, principalmente, nas piores horas.

É, mas quem vendeu a própria liberdade por um punhado de metal e um amontoado de papéis cunhados de valiosos, como nós, acho que o termo "instinto" já entrou em desuso antes mesmo da nossa criação.

Um dia ainda quero ver o "sistema" falhar para, assim, conseguir o lado obscuro que cada um.. rs


H ("natural como a sede".. rs Maldito curso de Criação & Design! rs)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Post-esclarecimento


Como vocês podem ter reparado nos últimos dois posts, não fiz nenhuma explicação inicial como sempre faço.


Um dos principais motivos é porque não sou fã de posts muito longos. E, como já previa, eles realmente ficaram imensos. Por isso, exclui as delongas e fui direto ao assunto. Claro que algumas coisas são auto-explicáveis, mas uma informaçãozinha de vez em quando é sempre bem vinda.


O "post convidado", na verdade, é o trecho de um conto que o Michel escreveu depois de ler um livro do Fernando Sabino, "Encontro Marcado". Infelizmente, eu não tenho o conto completo. Aliás, acho que ele nem chegou a concluí-lo. Sei que foi um dos primeiros textos dele, por isso a descrição simples e até repetitiva em alguns instantes. Porém, como encontrei-a esses dias entre os meus "arquivos", então resolvi postá-la.


Já o post anterior, é um dos novos quadros que já tinha citado algumas semanas atrás. A previsão (e a intenção) era estreá-lo no fim de junho. Contudo, como ele já estava pronto e combinou justamente com a data que seria o aniversário da Marilyn Monroe, então decidi adiantar a sua inauguração. Provavelmente, aos poucos, esse quadro irá substituir o "História com 'H'", que tenho a intenção de deixar reservado apenas para ocasiões importantes. Mas, como tudo que me cerca, isso também é relativo.


Com os trabalhos finais da faculdade a caminho, além da minha alegria mais que exagerada pela chegada das minhas tão sonhadas férias, é possível que o blog passe por longos períodos de jejuns.


Mas isso não é o importante. Bom mesmo foi saber que três dos blogs que mais curto e acompanho há um bom tempo, voltaram. Que bom! Minhas inspirações ganharam um sopro de revida.. rs


Alê, Fabiana e Maristela.. ainda bem que vocês voltaram! ;]



H (faltam 25)
* Imagem retirada do blog Estou estupefacta

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ícones da 7a arte: a loira mais quente do pedaço!

"Eu sei que eu pertenço ao público e ao mundo, não por ser talentosa ou mesmo bonita, mas porque eu nunca pertenci a nada e a ninguém." [M. M.]

Marilyn Monroe nasceu em 1º de junho de 1926, em Los Angeles. Como a identidade de seu pai era desconhecida, recebeu o nome de Norma Jean Baker. Filha de Gladys Pearl Monroe, vítima de problemas psicológicos que logo a impediram de permanecer no emprego (era editora de filmes da RKO). A certidão de nascimento diz que o segundo marido de Gladys, Martin Edward Mortensen, é que é o pai biológico de Marilyn, mas até hoje isso é um mistério.

Impossibilitada de ficar com a mãe, Marilyn passou grande parte de sua infância em casas de família e orfanatos até que, em 1937, ela mudou-se para a casa de Grace Mckee Goddard, amiga da família. Em 1942, o marido de Grace foi transferido para a costa leste, e o casal não tinha condições financeiras para levá-la, na época com dezesseis anos. Para não voltar ao orfanato, Marilyn só tinha uma opção: casar-se com Jimmy Dougherty, de 21 anos, a quem estava namorando há seis meses. Segundo Jimmy, ela era uma menina doce, generosa e religiosa e que gostava de ser abraçada. Até então, Norma Jean amava Jimmy e eles estavam muito felizes juntos, até que ele entrou para a Marinha e foi transferido para o Pacífico Sul, em 1944.

Então, ela começou a trabalhar na fábrica Radio Plane Munition, em Burbank, na Califórnia. Alguns meses depois, o fotógrafo Davis Conover a viu enquanto estava tirando fotos de mulheres que estavam ajudando durante a guerra, para a revista Yank. Ele não acreditou na sua sorte, pois ela era um "sonho" para qualquer fotógrafo. Norma Jean posou para uma seção de fotos e ele começou a lhe enviar propostas para trabalhar como modelo. As lentes adoravam Norma Jean, e em dois anos ela tornou-se uma modelo respeitável e estampou seu rosto em várias capas de revistas. Porém, quando ela já havia começado suas aulas de teatro, mirando um estrelato ainda maior, seu marido Jimmy retorna do fronte.

Eles se separaram em junho de 1946. Dois meses depois, ela assinou seu primeiro contrato com a Twentieth Century Fox, em que ganhava U$125 por semana. Pouco tempo depois, tingiu seu cabelo de loiro (pois é, eles não eram naturais.. rs) e mudou seu nome para Marilyn Monroe, que era o sobrenome da sua avó materna.

Sua habilidade para a comédia, a sua sensualidade e a sua presença no ecrã, levaram-na a conquistar papéis em filmes de grande sucesso, tornando-a numa das mais populares estrelas de cinema dos anos 50. Apesar de sua beleza deslumbrante, suas curvas e lábios carnudos, Marilyn era mais do que um símbolo sexual: ela era querida no mundo inteiro.

Em janeiro de 1954, Marilyn casou com o jogador de baseball Joe DiMaggio, em São Francisco, na Califórnia. Eles namoravam há dois anos quando Joe pediu a seu agente que organizasse um encontro para os dois jantarem e a pediu em casamento. Durante sua lua de mel em Tóquio, Marilyn fez uma performance para os militares que estavam servindo na Coréia. A sua presença causou quase um motim, e Joe estava claramente incomodado com aqueles milhares de homens desejando sua mulher. Infelizmente, a fama de Marilyn e sua figura sexual tornaram-se um problema em seu casamento. Nove meses depois, Marilyn e Joe se divorciaram. Eles atribuíram a separação a "conflitos entre carreiras", e permaneceram bons amigos.

Disposta a livrar-se da imagem de furacão loiro, ela se muda para Nova York, para estudar na conceituada escola de atores de Lee Strasberg. Esse, justamente o responsável pelo casamento de Marilyn com o dramaturgo Arthur Miller, em junho de 1956. Logo ela foi reconhecida pelo seu trabalho em Quanto Mais Quente Melhor, de 1959, quando venceu o Globo de Ouro de "Melhor Atriz em Comédia". Enquanto eles estavam casados, em 1961, Arthur escreveu o papel de "Roslyn Taber" de Os Desajustados, especialmente para Marilyn. Estavam também no elenco Clark Gable e Montgomery Clift. Infelizmente, o casamento deles terminou em janeiro de 1961 e esse foi o último filme por completo em que Marilyn atuou.

Nessa época, os boatos dos encontros amorosos entre Marilyn e John F. Kennedy já se tornavam constantes nos jornais, chegando a envolver o alto escalão do FBI e até a Máfia.

Apesar de suas ilusões, Marilyn sabia que Kennedy desejava apenas a estrela cintilante de cinema, não a mulher que era. Ele pretendia livrar-se dela com elegância. Porém, concedeu a Marilyn um último momento de glória. Em seu aniversário, ela cantou com voz lasciva "Feliz aniversário, senhor presidente", metida num vestido que, reza a lenda, era tão apertado que foi costurado no próprio corpo da atriz. John Kennedy disse: "Já posso me retirar da política, depois de ter ouvido este feliz aniversário cantado para mim de modo tão doce e encantador."

Seu fim aconteceu na manhã do dia 5 de agosto de 1962. Aos 36 anos, Marilyn faleceu enquanto dormia em sua casa em Brentwood, na Califórnia. A notícia foi um choque, propagado pela mídia, explorando sobretudo o caráter misterioso em que o fato se deu, prevalecendo a versão oficial de overdose pela ingestão de calmantes. O brilho e a beleza de Marilyn faziam parecer impossível que ela tivesse deixado a todos. Ninguém sabe de fato o que aconteceu naquela noite. As gravações de seus telefonemas e outras evidências desapareceram. O relatório da autópsia foi perdido. Toda a documentação do FBI sobre sua morte foi suprimida e os amigos de Marilyn que tentaram investigar o que acontecera receberam ameaças de morte. Durante sua carreira, Marilyn atuou em 30 filmes e deixou por terminar Some things Got to Give. Seu nome representa ainda hoje mais que uma estrela de cinema e rainha do glamour, sendo para muitos um ícone, sinônimo de beleza e sensualidade, brilho e energia, que encantaram o mundo.

Algumas de suas interpretações:

* Como Agarrar um Milionário (1953)
* Os Homens Preferem as Loiras (1953)
* O Pecado Mora ao Lado (1955)
* Quanto Mais Quente Melhor (1959)
* Os Desajustados (1961)


H (Nasci na época errada!)