O assunto que tentarei desenvolver neste post é, de longe, o mais presente, e, ao mesmo tempo, o mais discutível de todos que permeiam a minha existência. Não esperem dele uma resposta para suas auguras, pois não o será nem para as minhas! Ele será apenas uma análise, minha auto-análise, de uma maneira já esquecida por esse blog:
Ah, o amor! Essa antítese comportamental (como já dizia Camões) que anima e desgasta, conforta e agride. É o sentimento mais irracional e, em contrapartida, imperativo que alguém pode ter.
Sou do tipo de pessoa que se apaixona com certa facilidade. Não julguem, porém, que me aproveitei dessa facilidade para ser infiel com quem quer que seja! Contudo, também não posso dizer que nunca o fui. Mas, se a cometi (a traição), fiz consciente de que o modo como as coisas caminhavam não estava levando a lugar nenhum melhor que um abismo sentimental.
Eu, desde a minha infância, sempre fui um patético! Sim, um patético por completo. Patético porque, apesar da experiência acumulada a cada desilusão, constantemente pecava nos mesmos pontos, cometendo os mesmos erros.. sempre!
Lembro-me do cenário da minha primeira paixonite infantil: 10 anos, 4a série, mãos dadas durante o intervalo, lições (e não só as escolares!) compartilhadas; nada daquela estúpida malícia juvenil explodindo testosterona por todos os poros. Não. Era apenas a inocência e aquele insistente sorriso bobo na cara! Depois veio a mudança (de cidade) e com ela os amores adolescentes, repletos de enganos e sofrimento. Um tropeço maior que o anterior. Não direi que isso foi de todo mal, já que, a partir disso, consegui criar uma “blindagem”, retribuindo na mesma moeda a quem julgava merecedora de tal.
Mas, como nem tudo são flores no reino da arrogância, através dessa forma errada de agir, acabei por cometer erros ainda maiores, batendo de frente com entraves que eu não tinha (ainda) capacidade de enfrentar. Certa vez, no princípio dos meus 17 anos, cometi o maior de todos os pecados em relação ao amor: subestimei o afeto de uma pessoa que, depois de atentar contra si própria, me disse: “um dia, você também passará pelo que eu passei. Nesse dia, sentirei pena de você da mesma maneira que você está sentido agora por mim”.
Nos (quase) dez anos seguintes, tudo voltou a estaca zero. Aquela blindagem, por uma série de motivos (além do citado anteriormente), caiu por terra. A esperança por encontrar alguém parecido, poder compartilhar os mesmos gostos, chegava a ser sufocante. Contudo, o fim era o mesmo em todas as ocasiões: “eu não te amo mais!”.
Hoje, do alto (com 1,67m?! rs) dos meus 26 anos, aprendi que, além da efemeridade do amor, a sua busca (quase uma “caçada”) é, quase sempre, em vão. Talvez porque, para conseguir a felicidade, idealizamos um ser perfeito, nosso próprio boneco de barro, nossa princesa adormecida (ou, no caso das “calcinhas” de plantão, o príncipe encantado) esquecendo, porém, que não fomos nós os criadores do universo. Dessa forma, idealizar não é a melhor saída.
Se tem uma coisa que aprendi de todas as minhas "bad choices" é que o amor não é um jogo, já que para tanto alguém precisaria sair vitorioso sobre o outro. Tenho o amor como uma frágil relação, onde cada um cede algum espaço para chegar num equilíbrio (quase) eterno. O contrário disso, como eu disse, já conheço muito bem!
H (acho que consegui)